Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Maria e o Advento

                                                                    
Enquanto as cidades vão tomando ares de espera natalina, e no momento em que inauguramos pelas ruas de nossa capital o “circuito dos presépios” para que recordemos o importante fato que celebramos no Natal, uma companhia no Advento sempre se torna presente: Maria! Além dos textos da liturgia própria deste tempo, temos também algumas solenidades marianas marcantes.
Uma delas é a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Bem no coração do Advento, no dia 8 de dezembro, rendemos louvores a Deus pela pureza da Virgem Maria, aurora da salvação. «Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha, que tira nossos pecados» (Missal Romano). Preparando-nos para o Santo Natal, devemos reconhecer que Deus, em seu amor e liberalidade, olhou com carinho para Maria, escolhendo-a e preparando-a para ser a mãe de seu Filho, dispensando-lhe graças especiais. O anjo a saudou como «cheia de graça» (Lc 1,28).
É verdade de fé, proclamada e definida pelo bem-aventurado Pio IX, em 1854, «que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original; essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis» (Bula Ineffabilis Deus).
Com efeito, Maria foi também redimida pela graça de Cristo, como todo ser humano. Entretanto, o modo pelo qual Maria foi redimida é todo especial, porque Deus a preservou de contrair a mancha do pecado original desde o primeiro instante de sua concepção. Deus a redimiu em vista dos méritos de Cristo. É o que expressa o Concílio Vaticano II com estas palavras: «Em vista dos méritos de seu Filho foi redimida de um modo mais sublime…» (Lumen gentium, 52).
Nossa Senhora, desde o seu primeiro instante de vida, é toda bela («tota pulchra»), é toda voltada para Deus! Nós, muitas vezes, clamamos com São Paulo: «Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero» (Rm 7,19). Essa dilaceração não tomou conta do coração da Virgem porque, «já bem antes da aurora, o Senhor veio ajudá-la» (Sl 45,6). A vida de Maria foi totalmente íntegra e o seu coração pôde amar sempre a Deus sem divisões nem distrações. Ela soube corresponder à especial graça que lhe fora concedida, de modo que a existência da humilde mulher de Nazaré foi sempre «sim» para Deus e, em Deus, «sim» para os outros. Ela realizou em sua vida aquilo a que todo homem é chamado – ser para Deus e para o irmão.
A escolha de Deus tem sua razão de ser: Maria foi preservada de todo o pecado a fim de que se apresentasse como «a santa morada do Altíssimo» (Sl 45,5). Mas podemos dizer mais: Deus quis iniciar uma nova história e realizar uma nova criação. Na linguagem de São Paulo, Deus quis «recapitular tudo em Cristo» (Ef 1,10). E, assim como uma mulher foi solidária com o primeiro Adão no início da história do pecado, o plano divino dispôs que, no reinício da história, estivesse presente, ao lado do novo Adão, Cristo, a nova Eva, Maria.
A Imaculada Conceição de Maria integra, desse modo, a «recapitulação» ou o novo início da história em Cristo. Todos nós somos chamados a fazer parte dessa nova história, história de graça e de santidade, de misericórdia, amor e perdão, de justiça e de paz. Maria Santíssima é inspiração e ajuda para nós. Ela é toda de Deus e, por isso, toda dos filhos de Deus.
Nós, enquanto aqui caminhamos, com a graça que Deus nos concede, somos chamados a lutar para vencer o pecado em nós e inserir-nos na nova história inaugurada pelo novo Adão, que teve sempre a seu lado a nova Eva. A graça divina quer nos retirar da velha vida e revestir-nos da nova. Por isso exorta o Apóstolo: «Precisais renovar-vos, pela transformação espiritual de vossa mente, e vestir-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade» (Ef 4,23-24).
Que o tempo do Advento seja-nos propício, a fim de reconhecermos as maravilhas que Deus fez em sua serva, maravilhas que deseja fazer também em cada um de nós. Aliás, é bem isso que a Igreja nos recorda sempre: aquilo que se diz de Maria, se diz da Igreja e vice-versa: “ela é o tipo da Igreja na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo” (LG 63).
Esperando com Maria, desejo que a celebração do Natal, na liturgia e na vida, transforme o nosso coração e renove a nossa vida. Ao dizer sim como a mãe de Jesus, poderemos ser membros ativos da nova criação e da nova história desejada por Deus.
Que o Ano Sacerdotal ajude os presbíteros a serem pastores conforme o coração de Jesus, pastores que, sob o único Pastor, conduzam o povo de Deus às pastagens verdejantes do Reino da santidade e da graça, cuja luz resplendeu radiante em Maria Santíssima. Que todo o nosso povo, vivenciado o tempo do Advento possa, ao modo de Maria, meditar os acontecimentos e as graças de Deus, conservando tudo em seus corações (cfr. Lc 2, 41-51).
E que ao vermos o espírito de Natal ocorra em nós as preocupações com os mais pobres, com os sinais em nossas casas e, contemplando os presépios pelas ruas e praças de nossa cidade, os corações se abram para continuamente encontrarmos a cada dia Aquele que veio a nós por Maria, a Imaculada Conceição e Senhora de Guadalupe.
 
D. Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Poema da Paz


O dia mais belo? Hoje.

A coisa mais fácil? Equivocar-se.

O obstáculo maior? O medo.

O erro maior? Abandonar-se.

A raiz de todos os males? O egoísmo.

A distracção mais bela? O trabalho.

A pior derrota? O desalento.

Os melhores professores? As crianças.

A primeira necessidade? Comunicar-se.

O que mais faz feliz? Ser útil aos demais.

O mistério maior? A morte.

O pior defeito? O mau humor.

A pessoa mais perigosa? A mentirosa.

O sentimento pior? O rancor.

O presente mais belo? O perdão.

O mais imprescindível? O lar.

A estrada mais rápida? O caminho correto.

A sensação mais grata? A paz interior.

O resguardo mais eficaz? O sorriso.

O melhor remédio? O optimismo.

A maior satisfação? O dever cumprido.

A força mais potente do mundo? A fé.

As pessoas mais necessárias? Os pais.

A coisa mais bela de todas? O amor.

Madre Teresa de Calcutá

Celebrando o Tempo do Advento


                                                                           
A palavra Advento vem do latim “adventus” que significa chegada, vinda. É o tempo de preparação para a solenidade do nascimento de Jesus Cristo, que se iniciou no dia 27 de novembro e termina em 24 de dezembro. Esse tempo litúrgico forma o Ciclo do Natal, que se encerra com a festa do Batismo de Jesus.

A duração do Advento é de quatro semanas e se compõe de duas partes: do primeiro Domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, destaca-se a parte escatológica, a vinda do Senhor no final dos tempos. Do dia 17 a 24 de dezembro, prepara-se a vinda de Jesus na história da vida e do mundo, que é seu Natal.

Nas celebrações, a cor litúrgica é roxa, lembrando o convite de João Batista, que pede conversão, mudanças profundas na nossa vida: ”Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas.” (Lucas 3,4-6) As leituras bíblicas deste tempo apresentam a figura de Isaías, João Batista e Maria que são os modelos para nos preparar a vinda do Senhor.

Dentro da teologia e espiritualidade do Advento, os textos bíblicos falam da dupla vinda de Cristo: a primeira, no Natal, e a segunda, na Parusia, o fim dos tempos. A vinda de Cristo é esperada pela Igreja com oração e vigilância: “Vem, Senhor Jesus”, como São Paulo nos fala.

A espera de Cristo é uma das promessas messiânicas já cumprida parcialmente. Nossos pais na fé esperaram e não alcançaram, mas ouviram por Isaias que um tempo novo de esperança e de paz chegaria. Todo o Antigo Testamento está voltado, pelo anúncio dos profetas, para o mistério do Cristo que virá. Para nós hoje é viver na Igreja toda esta centralidade de Cristo na história da salvação, celebrando o grande mistério: vem a nós o esperado das nações, o anunciado pelos profetas, o revelado por seu Pai.

Nessa caminhada do Advento, além de Isaías e João Batista, a Liturgia apresenta outra figura importante: Maria. O evangelho de Lucas narra a anunciação, quando Maria diz sim ao convite de Deus e aceita ser mãe de Jesus que se encarna em seu seio e passa a “habitar entre nós”.

Maria é celebrada no dia 8 de dezembro, na festa de sua imaculada conceição. A Virgem Imaculada diz sim e vive o seu silencio na escuta do próprio Deus que chega. Do dia 17 a 24 de dezembro, a Liturgia nos marca bem a figura de Maria, a “cheia de graça”, a “bendita entre todas as mulheres” , a “nova Eva”.

Após o pecado de Adão e Eva, Deus mostra para Eva uma nova mulher, uma segunda Eva, que dará à luz um filho. Ele é o “filho das promessas”, o novo Adão, Jesus Cristo, que reerguerá a humanidade decaída por causa da desobediência dos primeiros pais. Maria é presença exemplar no Tempo do Advento, na palavra e na oração, aquela que transformou a espera em presença viva do próprio Cristo.

O Advento é tempo de oração da Igreja, que ora e suplica para que Cristo seja conhecido entre todos os povos, seja sinal de esperança e sinal de salvação para todos num mundo marcado por guerras, violências, divisões, incredulidades, soberba, auto-suficiência. O Advento é um tempo de espiritualidade que deve nos comprometer na tarefa pela construção de “novos céus e novas terras”.

A Igreja nos exorta a vivermos em vigília e oração, para que esse tempo da graça seja proveitoso para nós, realizando-se o que reza a Liturgia: “Ó céus, que chova sobre nós, que suas nuvens derramem a justiça. Abra-se a terra e brote para nós a salvação.”

Padre José Cipriano Ramos

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Advento, o tempo da esperança

                               

O tempo favorável para a preparação do nosso coração
O Ano Litúrgico gira em torno das duas grandes festas do mistério de nossa salvação: o Natal e a Páscoa. A fim de nos prepararmos bem para essas duas solenidades de máxima importância, a Santa Igreja, com seu amor de mãe e sua sabedoria de mestra, instituiu o Advento, que nos predispõe para o Natal e a Quaresma, que nos prepara para a Páscoa. Praticamente um mês e meio de Advento-Natal e três meses de Quaresma-Páscoa. O tempo chamado “Comum”, durante o ano, ajuda-nos a caminhar com a Igreja nas estradas da história, iluminados por esses mistérios de nossa fé e conduzidos pelo Espírito Santo.


Iniciamos o tempo do Advento, que assinala também o início de um novo Ano Litúrgico. Proclamaremos, aos domingos principalmente, o Evangelho de Lucas. Um novo ano que queremos que seja um aprofundamento de nossa vida cristã na história como discípulos missionários. Iniciamos com a expectativa da vinda do Messias até o anúncio que o Senhor Jesus é Rei.
Neste tempo é que a Igreja nos incentiva a colaborar com a Coleta pela Evangelização no terceiro domingo do Advento, preparada nos domingos anteriores. É a nossa corresponsabilidade de levar adiante a encarnação da Boa Notícia no tempo que chamamos hoje. O tema deste ano: “Ele veio curar nossos males”.
                                                    
No decurso dos quatro domingos do Advento, o povo cristão é convidado para preparar os caminhos para a vinda do Rei da Paz. O Cristo Senhor, que há dois mil anos nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judéia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Escritura: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).

No Advento temos a oportunidade de nos aprofundar na expectativa do “Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos” e na semana que antecede a festa natalina a preparação próxima para celebrar o “Senhor que nasceu pobre no Oriente”. Entre essas duas vindas, o cristão celebra, a cada dia, o seu coração que se abre para o “Senhor que vem” em sua vida e renova a sua existência.
Celebrar o Natal é reconhecer que “Deus visitou o seu povo” (cf. Lc 7, 16). Tal reconhecimento não se pode efetivar somente com nossas palavras. A visita de Deus quer atingir o nosso coração e transformar-nos desde dentro. A tão desejada transformação do mundo, a superação da fome, a vitória da paz e a efetiva fraternidade entre os homens dependem, na verdade, da renovação dos corações. Somos convidados, em primeiro lugar, a aprender a “estar com Jesus”, e então nossa vida em sociedade verá nascer o Sol da Justiça. Nesse sentido, o Santo Padre Bento XVI chamou a atenção para a relevância social da comunhão pessoal com Cristo: “O fato de estarmos em comunhão com Jesus Cristo envolve-nos no seu ser « para todos », fazendo disso o nosso modo de ser. Ele compromete-nos a ser para os outros, mas só na comunhão com Ele é que se torna possível sermos verdadeiramente para os outros, para a comunidade” (Carta encíclica Spe Salvi, n. 28).

Enquanto todos se voltam para o lucro comercial neste tempo que antecede o Natal, os católicos se preparam para que em seu coração haja espaço para o Verbo Encarnado, que veio para salvar a todos. O festival de presépios feitos por artistas e espalhados pela cidade e os presépios das paróquias querem ajudar a cidade a ter um novo olhar e a repensar sobre o que exatamente celebramos no Natal. Dependerão do encontro com “Ele” as mudanças sonhadas para a sociedade hodierna!
                                                        

O Advento constitui precisamente o tempo favorável para a preparação do nosso coração. Deixemo-nos transformar por Cristo, que mais uma vez quer nascer em nossa vida neste Natal. Celebrar bem a solenidade do Natal do Senhor requer que saibamos apresentar a Deus um coração bem disposto, pois “não desprezas, ó Deus, um coração contrito e humilhado” (Sl 51, 19). Um coração que busca com sinceridade a conversão é fonte de inestimável comunhão com o Senhor e com os irmãos. Por isso mesmo, a oportunidade das celebrações penitenciais se multiplicam pelas paróquias, dando a todos a oportunidade de uma renovação interior. Neste tempo de Advento não tenhamos medo de Cristo. “Ele não tira nada, Ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira” (Bento XVI, homilia da Missa de início do ministério petrino, 24/4/2005).
                                        

Como servidor do rebanho de Cristo que me foi confiado, não poderia deixar de insistir nisso: a vida verdadeira, que todos desejamos, só o Amor no-la pode dar. “O ser humano necessita do amor incondicional. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: « Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, Nosso Senhor » (Rom 8,38-39)” (Carta encíclica Spe Salvi, n. 26).

Que o tempo do Advento predisponha nossos corações a acolher com intensidade o “Amor que move o sol e as outras estrelas” (Dante, Divina Comédia, Paraíso, XXXIII, 145), e que, por pura bondade, manifestou-se com inigualável força no nascimento do frágil Menino de Belém para também mover com suavidade e força a nossa vontade para o Bem.

 
Dom Orani João Tempesta

Conferências do Simpósio O Dom do Celibato serão publicadas em livro.

                                                                       
O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, anunciou nesta quarta-feira, 23, que futuramente será publicado um livro com as conferências realizadas durante o Simpósio O Dom do Celibato. Realizado desde o dia 21, na capital mineira, o Simpósio terminou nesta quarta.
O arcebispo avaliou positivamente o encontro. “É importante que a sociedade compreenda o celibato como um dom”, comentou dom Walmor.
O arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, também salientou a importância do encontro. Disse que o conceito de celibato é rico e exige, para sua melhor compreensão, uma abordagem interdisciplinar.
O arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, ressaltou que o celibato não deve ser compreendido como fardo. “É uma opção de vida que se faz, um dom”, explicou.
O Simpósio Nacional O Dom do Celibato, realizado na PUC Minas, foi concluído com uma oração, presidida pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, cardeal William Joseph Levada, que esteve presente nos três dias do encontro.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Símbolos da Jornada Mundial da Juventude na Arquidiocese de Mariana

                                                                   
Empolgante, maravilhoso, emocionante, divino, abençoado, estes foram alguns dos adjetivos que mais podiam ser ouvidos durante o encerramento das atividades da passagem da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora pela Arquidiocese de Mariana após a missa de encerramento na noite desta terça-feira, 22, na Catedral da Sé, em Mariana.
jmj_mariana08Completamente tomada pelos fiéis, sobretudo, em grande número pelos jovens, a Celebração Eucarística que coroou este histórico momento para a Arquidiocese foi marcado por vários instantes de fortes emoções. Nem a chuva que impediu a realização do evento na Praça da Sé desanimou os grupos que esperavam ansiosos por esse momento. Pelo contrário, a transferência da celebração para dentro da Catedral fez com que o calor humano se somasse à fé dos cristãos que cantavam e rezavam fervorosamente regidos pela animação do vigário episcopal da Região Norte, padre José Eudes do Nascimento. Atitude esta que pôde ter sido presenciada ao longo de toda a celebração.
Tal manifestação contagiava de forma positiva não apenas a assembleia, mas também os sacerdotes, seminaristas e demais celebrantes que acompanhavam a missa, assim como o presidente da celebração, o arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, que manifestava claramente sua gratidão e felicidade em poder vivenciar esse momento diante do seu povo. “É assim que queremos acolher as jovens e os jovens que aqui se congregam nesse momento em que recebemos a Cruz e o Ícone, símbolos que vão agrupando jovens pelo mundo inteiro e no Brasil, nesta longa preparação para a realização da Próxima Jornada Mundial da Juventude”, comentou o arcebispo.
Antes da missa, que teve início às 18h50, os símbolos da JMJ haviam sido introduzidos na primaz cidade histórica de Minas Gerais, Mariana, no meio da tarde, sendo recebidos por diversos jovens na Praça São Pedro. De lá, partiram em caminhada pelas históricas ruas do município em direção à Praça Gomes Freire. Em seguida, foram encaminhados para a Catedral da Sé, local da celebração de encerramento que marcava a passagem dos símbolos pela Arquidiocese.
“Quando a gente olha para a cruz a gente logo se lembra de dor, sofrimento, morte. Mas também a cruz é um símbolo de esperança, conforto de vida e ressurreição, jmj_mariana07porque na cruz Jesus vence todos os inimigos e até a própria morte. Cruz, sinal de vida e sinal de morte, é o que nós relembramos na Eucaristia: mistério da morte e ressurreição de Jesus, mas nós queremos associar a morte de Cristo, os sofrimentos, à paixão à morte de todos os seres humanos, especialmente dos jovens. Quantos jovens morrendo no vigor da idade por causa das drogas, dos acidentes, das guerras, da violência, a matança e extermínio de jovens. Mas também queremos associar a ressurreição de Jesus nossa esperanças, alegrias, a vibração da juventude, o entusiasmo, o vigor, para que assim associados a Cristo em sua morte possamos também ser associados a ele na vitória da ressurreição”, disse dom Geraldo durante a celebração.
O arcebispo, ao longo de sua reflexão dizia do amor de Nossa Senhora para com seu filho Jesus, fonte de inspiração para os cristãos. “Nossa Senhora, aos pés da cruz ela se tornou nossa mãe, mãe de toda a humanidade e dos discípulos(as) de Jesus Cristo. Acompanhou seu filho ao longo de toda vida, inclusive no momento supremo da cruz quando ele entregava sua vida pela redenção da humanidade. Jesus nos deu Maria para ser nossa mãe”.
Já no final da missa, houve a entrada da Cruz Arquidiocesana e do Ícone de Nossa Senhora. Ambos se tratam de uma réplica que percorrerão todas as paróquias da Arquidiocese de Mariana até a realização da 38ª Jornada Mundial da Juventude que será realizada em 2013 no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, dom Geraldo abençoou os dois símbolos que serão levados aos 79 municípios que compõem a Arquidiocese. “Que assim possamos viver de forma muito intensa a preparação para a Jornada Mundial da Juventude. E, mais do que isso, que nossa Igreja possa dar maior apoio à juventude, e de modo muito especial, para a Pastoral da Juventude (PJ) e aos movimentos juvenis de nossa Arquidiocese”, concluiu.
jmj_mariana061Entoando o refrão “no peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus”, a multidão ressoava fortemente o canto enquanto os símbolos percorriam o corredor central da igreja sendo levados ao altar montado especialmente pra eles na Praça da Sé. Lá, a juventude acompanhou o show da Banda Dominus (Belo Horizonte) que encerrou as atividades que cercaram a passagem da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora da Jornada Mundial da Juventude pela Arquidiocese de Mariana, regados com muita festa e alegria.
Os símbolos foram levados para a Diocese de Caratinga ao final das atividades e ainda permanecem na Província Eclesiástica de Mariana até o próximo dia 25, percorrendo as Dioceses de Governador Valadares e Itabira/Coronel Fabriciano, respectivamente. De lá seguem para a Diocese de Leopoldina (MG), na Província de Juiz de Fora.

Show com a Danda Dominus.







terça-feira, 22 de novembro de 2011

Barbacena acolhe com grande alegria e emoção os símbolos da Jornada Mundial da Juventude.

 
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Neste dia histórico para a Arquidiocese de Mariana, 21 de novembro, os jovens de Barbacena e Região receberam com grande entusiasmo, alegria e emoção os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Uma grande multidão presente no Santuário de Nossa Senhora da Piedade rezava, cantava e esperava com grande fé a Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. Por volta das 14 horas aconteceu a entronização destes símbolos no Santuário, e depois de muita aclamação vibrante foi feita a oração de acolhida.
cruz_jmj_barbacena_2011_02A celebração inicial que foi presidida pelo vigário episcopal da Região Pastoral Mariana Sul, padre Valter Magno de Carvalho, teve como meditação o Evangelho de Mc 10, 37-42, e vários cantos e preces, animados pelos jovens da paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Barbacena. Este momento abriu a programação da visita dos símbolos na Arquidiocese de Mariana. O presidente da liturgia introdutória lembrou as palavras do Beato Papa João Paulo II: “Queridos jovens, confio a vocês o sinal do Ano Jubilar da Redenção: a cruz de Cristo! Levai-a pelo mundo como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção”. Com estas palavras, padre Valter lembrou a todos a entrega de João Paulo II entregando este sinal da vitória de Cristo sobre a morte e o sinal de esperança de um mundo novo, mais justo e fraterno.
 Juntamente com a cruz, lembra o padre Valter em sua reflexão, o papa ofereceu no ano de 2003 uma cópia do ícone de Nossa Senhora e disse: “De hoje em diante, juntamente com a cruz de Cristo, este ícone acompanhará as Jornadas Mundiais da Juventude. Será um sinal da presença materna de Maria junto aos jovens, chamados, como o apóstolo São João, a acolhê-la em suas vidas”.
 A celebração transcorreu num clima de muita fé, alegria, emoção e vibração de todos jovens, famílias, religiosas, religiosos, padres, seminaristas e toda a comunidade cruz_jmj_barbacena2011_03católica que compareceu para este grande encontro com Cristo. Ao final desta celebração inicial, o vigário episcopal acolheu em nome do arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, que presidirá a missa de encerramento da visita em Barbacena, a todos os presentes, dizendo que este dia seja para todos oportunidade de manifestação do amor a Jesus Cristo na presença de Maria.
Neste momento, acontece momento de oração com a presença dos religiosos(as) e Casas de formação da vida religiosa e diocesana presentes na cidade de Barbacena e Região Pastoral Mariana Sul. Outros grupos de Jovens farão seu momento de prece, seguida de uma uma caminhada com os símbolos para a Matriz de São Sebastião, em Barbacena, onde acontecerá a Celebração da Eucaristia às 19h30 que será presidida por dom Geraldo. Após a missa, seguem os momentos de oração e o encerramento das atividades na cidade de Barbacena por volta das 23 horas.

cruz_jmj_barbacena2011_04Cruz segue para Ouro Branco
Encerrandas as celebrações na Região Mariana Sul, os símbolos seguem para a Região Mariana Oeste, onde os jovens da paróquia Sagrada Família, de Ouro Branco, se prontificaram a passar toda a madrugada em vigília. Desta maneira, todos poderão acompanhar e ver de perto estes símbolos que tanto significam para a juventude católica e para todos os fiéis.
Na paróquia Sagrada Família os momentos de oração terão início a partir da 1 hora, durante toda esta madrugada de segunda para terça-feira, encerrando esse momento com uma missa, às 6h30, que será presidida pelo pároco, padre Luciano Ferreira de Oliveira. Após a celebração, os símbolos seguem para a Região Norte, onde serão acolhidos nas cidades de Ouro Preto e Mariana.
Acompanhe a programação da peregrinação da Cruz da Jornada Mundial da Juventude e do Ícone de Nossa Senhora nesta terça-feira, 22:

 OURO PRETO - 22 de novembro
10h - CHEGADA DA CRUZ (Saramenha – saída para Ouro Branco)
10h15 – Concentração da juventude na Rodoviária
10h30 – Caminhada para a Praça Tiradentes
11h – Atividade na Praça Tiradentes
12h - Carreata para  Passagem de Mariana
12h20 - Acolhida da Cruz em Passagem de Mariana
13h20 – Carreata para a Praça São Pedro em Marina

MARIANA
13h30 – Chegada da Cruz na Praça São Pedro
14h às 16h -  Momentos de oração
16h – Concentração para caminhada
16h30 – Caminhada (Praça São Pedro – Praça da Sé)
18h30 – Grande Celebração da Eucarístia presidida por dom Geraldo.
20h – Show com a Banda Cristucada (Belo Horizonte)
21 novembro, 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora no Templo

21 de Novembro




A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:

"Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente".

A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

CRISTO REI

 

Cristo Rei

Neste domingo, encerrando o Ano Litúrgico dedicado ao Evangelista Mateus, celebramos com toda a Igreja a festa de Cristo Rei do Universo. É também, no Brasil, o dia dos cristãos leigos e leigas e ainda o dia em que encerramos o Ano Catequético. Esperamos que todos os trabalhos e reflexões possam ter nos ajudado a animar e redescobrir ainda mais novos caminhos para a missão catequética em nossa pátria.
A festa litúrgica do encerramento do ano nos remete ao final da existência e à direção última, mas também nos faz ver a necessidade de Cristo reinar também hoje em nossas vidas, em nossa história, nos relacionamentos e na vida das pessoas.
Evidentemente que não se trata de um reinado à moda dos reinos ainda existentes ou recordados na história, mas um reino espiritual, pois Jesus mesmo diz perante o Governador Romano, Pôncio Pilatos: “O meu reino não é deste mundo.”
Falamos de um reino escatológico, do final dos tempos, quando Cristo Jesus, princípio e fim, atrairá todas as nações a si e Ele reinará como o “ALFA” e o “OMEGA” de toda a história.
Com efeito, enquanto peregrina na terra, a Igreja, povo de Deus, estará sempre a caminho do reinado do amor, que já existe em plenitude na eternidade, mas aqui ela será combatida e perseguida, como foi seu fundador, o Cristo Senhor.
No final dos tempos, Cristo Jesus reinará não só como Rei de toda a história, mas como o Senhor absoluto de todo o Universo.
Esse Cristo glorioso, escatológico e vencedor é recordado por São Paulo na Carta aos Filipenses, Capitulo 2, 9 a 11: “Por isso, Deus o exaltou acima de todo nome, para que, em nome de Jesus Cristo, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra e toda língua confesse: “Jesus Cristo é o Senhor” para glória de Deus Pai.”
Assim, embora o Reino de Deus, reino de amor e fraternidade, já esteja presente na Igreja, povo de Deus, compete a nós cristãos implementar esse Reino, vivendo os ensinamentos de Cristo.
O tempo presente, porém, é o tempo do Espírito e do testemunho e, ainda marcado pela tristeza e saudades do reino, mas é um tempo de esperança e vitória no Cristo que vem vindo, vem chegando, na medida em que nós vivermos o seu mistério.
O Servo de Deus João Paulo II, no ano de 1980, ensinou com clareza: “A realeza de Cristo, que nasce da morte no Calvário e culmina no acontecimento dela inseparável, a ressurreição, recorda-nos aquela centralidade, que a ele compete por motivo daquilo que é e daquilo que fez. Verbo de Deus e Filho de Deus, primeiro que tudo e acima de tudo, «por Ele — como repetimos no Credo — todas as coisas foram feitas». Ele tem um intrínseco, essencial e inalienável primado na ordem da criação a respeito da qual é a suprema causa exemplar. E depois que «o Verbo se fez homem e habitou entre nós» (Jo. 1, 14), também como homem e Filho do homem, consegue um segundo título na ordem da redenção, mediante a obediência ao desígnio do Pai, mediante o sofrimento da morte e consequente triunfo da ressurreição. Convergindo n’Ele este duplo primado, temos portanto não só o direito e o dever, mas também a satisfação e a honra de confessar o Seu excelso senhorio sobre as coisas e sobre os homens, que pode ser chamado, com termo não certamente impróprio nem metafórico, realeza. «Humilhou-se a Si mesmo, feito obediente até à morte e morte de cruz. Por isso é que Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todo o nome, para que, ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre, nos céus, na terra e nos infernos, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor» (Flp. 2, 8-11). Eis o nome de que nos fala o Apóstolo: é o nome do Senhor e serve para designar a inigualável dignidade, que só a Ele pertence e O coloca a Ele só — como escrevi no princípio da minha primeira Encíclica — no centro, mesmo no vértice do cosmos e da história. Ave Dominus noster! Ave rex noster!”
Nós, cristãos, nesse tempo de missão, de testemunho, somos chamados a ser a presença de Cristo na sociedade, por nossa fraternidade, unidade, perdão, amor aos mais fracos, marginalizados, desprotegidos e àqueles sem vez e sem voz, e dando passos para que o Reino se implante nos corações e nas vidas das pessoas e em seus relacionamentos.
É justamente aí que os cristãos leigos, presença e testemunho do evangelho no mundo, poderão exercer melhor sua vocação e ser fermento no meio da massa, quando, como Igreja, povo de Deus, unidos entre nós, forem sinais e exemplos de vida cristã em todos os segmentos da sociedade e anunciarem, com renovado ardor, o Cristo Senhor através de suas vidas e sua presença social.
Que a Solenidade de Cristo Rei nos leve ao compromisso do reino de Cristo, do qual somos participantes, artífices, membros, discípulos, apóstolos, profetas. Que a paz de Cristo, Rei da paz, impere nos corações e nos ajude a ser mais humanos, compassivos, fraternos e pacíficos.
D. Orani João Tempesta, O. Cist
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

                                                           
Um dos estados de vida que é santificado por Nosso Senhor Jesus Cristo é o estado matrimonial. Assim como Jesus abençoa um Sacerdote com uma Sacramento especial, assim também abençoa o homem e a mulher que se unem para formar uma família. Para isso Jesus instituiu o Sacramento do Matrimônio, ou Casamento.
1) Do Casamento Natural ao Sacramento do Matrimônio
Deus criou nossos primeiros pais como esposos e os uniu para toda a vida. Deste modo, Deus instituiu o casamento natural
Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gn 2,24); quando Jesus veio ao mundo para nos salvar, elevou este casamento natural à dignidade de Sacramento, ou seja, deu a esta união do homem e da mulher um valor sagrado, com as graças correspondentes para a missão que recebem. Por isso, São Paulo compara o casamento à união de Jesus Cristo com a sua Igreja, esposa de Cristo. Assim como Jesus ama a Igreja e morre por ela, os esposos amam-se e vivem um pelo outro. (Efésios, V,22)
2) O nome e a finalidade do Casamento
Este Sacramento recebe o nome de Matrimônio, ou seja, função de ser mãe, significando a grandeza e o valor da maternidade. Onde se diz "maternidade" leia-se "filhos". Hoje em dia a instituição familiar está sendo destruída pelo neo-paganismo. O pior é que muitos padres, querendo parecer modernos, têm vergonha de pregar o verdadeiro matrimônio. Inverteram os fins do Matrimônio para ficar de acordo com o mundo.
Mas basta examinarmos as características próprias do casamento para compreendermos que quando a Igreja ensina que o fim principal do casamento são os filhos, ela está simplesmente sendo verdadeira, não tem medo da verdade porque sabe que só a Verdade é fonte de verdadeira liberdade. É assim que devemos ensinar que:
-          o fim principal do casamento é a procriação
-          o amor mútuo é também um fim, porém subordinado, no sentido de depender do fim principal. Assim também o equilíbrio da concupiscência que proporciona o casamento.
Se os fins forem invertidos, como faz o Novo Catecismo da Igreja Católica, abre-se as portas para todas as aberrações e para a destruição da família. Vejam no quadro abaixo as razões:

Diferenças entre o casamento católico e união livre atual
Casamento Católico
União livre
Os dois se unem para formar  uma sociedade, a família. Não é uma soma, mas algo de novo com características próprias.
Os dois se unem para fazer uma experiência em comum. Soma de interesses particulares.
Se é uma sociedade, então a família tem
objetivo próprio e os meios para alcança-los.
Não sendo uma sociedade, cada um tem seu objetivo próprio. O meio de alcança-lo é o outro. É a origem das brigas e desavenças.
Toda sociedade é voltada para o seu próprio crescimento. Ela busca necessariamente os frutos.
Os interesses particulares de cada um não exigem frutos exteriores. Os filhos são "programados" quando há interesse dos dois em tê-los.
Sendo uma sociedade, solenemente constituída diante de Deus e da Igreja, os dois são obrigados a cumprir as regras do contrato. Daí o bem da Fidelidade.
Não sendo uma sociedade, as regras são puramente pessoais, promessas feitas um ao outro, laços frágeis que se rompem com facilidade. A fidelidade é fictícia.
Toda sociedade supõe a intenção de perdurar no tempo. Daí a indissolubilidade do casamento decretada por Deus.
Uma experiência é em si mesma uma realidade passageira, temporária, mesmo se este tempo chega a ser longo.
Os membros dessa sociedade unem seus esforços e interesses pelos objetivos e frutos da sociedade. É o fundamento do verdadeiro amor.
Os pares unidos experimentalmente se amam por paixão sentimental que é passageira e sujeita a variações. Não é verdadeiro amor por falta de fundamento sólido.
A família é um todo, o casal e os filhos são suas partes. O bem do todo é mais importante do que o bem das partes. Cada um deve renunciar ao seu próprio interesse quando este for contrário ao interesse do todo.
A união sem vínculo matrimonial é um amontoado de interesses particulares impostos como supremos. Mais cedo ou mais tarde haverá choques de interesses.

Quando dois jovens resolvem se casar devem preparar-se com muito cuidado para receber este Sacramento. Devem procurar se conhecer para ver se, de fato, estão prontos para viver o resto de suas vidas na companhia um do outro, se existe verdadeiro amor entre eles e não pura paixão sentimental, que logo desaparece. Por isso devem rezar, pedir luzes à Deus, ouvir os conselhos dos pais e do diretor espiritual.
Fundando uma nova família com a bênção divina, os dois devem medir a grande responsabilidade que assumem diante de Deus e a grande graça de receber esta missão especial de colaborar com Deus na Criação de novos dos seus filhos, de levá-los à Fé pelo Santo Batismo, de educá-los e amá-los de modo verdadeiro, exigindo sempre o caminho reto e a vida religiosa.
3) O Ministro, a Matéria e a Forma
O ministro do Sacramento do Matrimônio são os próprios noivos. O Padre é a testemunha principal, que assiste a este juramento solene que os noivos fazem diante de Deus. Este juramento é um contrato que os dois assinam, pelo qual eles selam esta união para toda a vida, com a finalidade de ter os filhos que Deus quiser lhes dar.
A matéria do Sacramento é a aceitação do contrato.
A forma do Sacramento são as palavras que eles dizem para significar que aceitam o contrato: o "sim".
Como para todos os Sacramentos dos vivos, os noivos devem estar em estado de graça para se casar, de modo a poder receber todas as graças do Sacramento. Para isso, devem fazer uma boa Confissão antes da cerimônia e se aproximar da Santa Comunhão juntos.
                                            
4) A Cerimônia
O Padre começa fazendo o anúncio do casamento e pedindo que, se alguém souber de algo que impeça os noivos de se casarem que o diga nesta hora, sob pena de pecado mortal.
Depois o Padre lê para o noivo a fórmula do contrato: "Sr. NN aceita a Sra. NN aqui presente como legítima esposa, conforme manda a Santa Madre Igreja, até que a morte vos separe? R/Sim."
Lê para a noiva a mesma fórmula e ela responde o Sim.
Então o Padre cobre as mãos dos noivos com a estola e eles dizem, um depois do outro: "Eu, NN, recebo a vós, NN, por minha legítima esposa (por meu legítimo esposo), conforme manda a Santa Madre Igreja Católica, Apostólica, Romana."
Em seguida o Padre completa: "Eu vos uno no Matrimônio, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém." Benze as alianças e reza as orações finais.
Durante a Missa, o sacerdote dá a Bênção nupcial.
Pelo Sacramento do Matrimônio, Jesus Cristo une os esposos num vínculo santo e indissolúvel, ou seja, que nunca poderá ser desfeito, a não ser pela morte de um dos dois. O divórcio é condenado no Evangelho. Jesus Cristo instituiu o Sacramento do Matrimônio e quis que fosse indissolúvel, para proteger os filhos e preservar as famílias, base da sociedade cristã. As famílias católicas, protegidas e fortalecidas pela graça do Sacramento, vivendo pela Fé profunda que os pais transmitem aos filhos, pela oração que todos fazem uns pelos outros e para Deus, tendo o Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora como centro de todos os interesses e atenções, conseguirá atravessar todas as dificuldade da vida presente, ajudando uns aos outros a alcançar o Céu.
                                                          

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O SACRAMENTO DA ORDEM


 A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado.
[Sobre a instituição e a missão do ministério apostólico por Cristo ver os números 874-896. Aqui apenas se trata da via sacramental pela qual se transmite este ministério].
 I. Porquê este nome de sacramento da Ordem?
 A palavra Ordem, na antiguidade romana, designava corpos constituídos no sentido civil, sobretudo o corpo dos que governavam, Ordinatio designa a integração num ordo. Na Igreja existem corpos constituídos, que a Tradição, não sem fundamento na Sagrada Escritura , designa, desde tempos antigos, com o nome de táxeis (em grego), ordines (em latim): a liturgia fala assim do ordo episcoporum – ordem dos bispos –,do ordo presbyterorum - ordem dos presbíteros – e do ordo diaconorum –ordem dos diáconos. Há outros grupos que também recebem este nome de ordo: os catecúmenos, as virgens, os esposos, as viúvas...
 A integração num destes corpos da Igreja fazia-se através dum rito chamado ordinatio, acto religioso e litúrgico que era uma consagração, uma bênção ou um sacramento. Hoje, a palavra ordinatio é reservada ao acto sacramental que integra na ordem dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos, e que ultrapassa a simples eleição, designação, delegação ou instituição pela comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite o exercício dum «poder sagrado» (sacra potestas)  que só pode vir do próprio Cristo, pela sua Igreja. A ordenação também é chamada consecratio consagração –, porque é um pôr à parte e uma investidura feita pelo próprio Cristo para a sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração consecratória, constituem o sinal visível desta consagração.
II. O sacramento da Ordem na economia da salvação
O SACERDÓCIO DA ANTIGA ALIANÇA
 O povo eleito foi constituído por Deus como «um reino de sacerdotes e uma nação consagrada» (Ex 19, 6) . Mas, dentro do povo de Israel, Deus escolheu uma das doze tribos, a de Levi, segregada para o serviço litúrgico  o próprio Deus é a sua parte na herança . Um rito próprio consagrou as origens do sacerdócio da Antiga Aliança . Nela, os sacerdotes são «constituídos em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados» .
 Instituído para anunciar a Palavra de Deus e para restabelecer a comunhão com Deus pelos sacrifícios e a oração, aquele sacerdócio é, no entanto, impotente para operar a salvação, precisando de repetir sem cessar os sacrifícios, sem poder alcançar uma santificação definitiva  a qual só o sacrifício de Cristo havia de conseguir.
. Apesar disso, no sacerdócio de Aarão e no serviço dos levitas, assim como na instituição dos setenta «Anciãos» , a liturgia da Igreja vê prefigurações do ministério ordenado da Nova Aliança. Assim, no rito latino, a Igreja pede, na oração consecratória da ordenação dos bispos:
«Senhor Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] por vossa palavra e vosso dom instituístes a Igreja com as suas normas fundamentais, eternamente predestinastes a geração dos justos que havia de nascer de Abraão, estabelecestes príncipes e sacerdotes, e não deixastes sem ministério o vosso santuário...».
 Na ordenação dos presbíteros, a Igreja reza:
«Senhor, Pai santo, [...] já na Antiga Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo. Do mesmo modo, as graças abundantes concedidas a Aarão. Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros...».
 E na oração consecratória para a ordenação dos diáconos, a Igreja confessa:
«Senhor, Pai santo, [...] é o novo templo que se edifica quando estabeleceis os três graus dos ministros sagrados para servirem ao vosso nome, como já na primeira Aliança escolhestes os filhos de Levi, para o serviço do templo antigo».
                                                   
O SACERDÓCIO ÚNICO DE CRISTO
 Todas as prefigurações do sacerdócio da Antiga Aliança encontram a sua realização em Jesus Cristo, «único mediador entre Deus e os homens» (1 Tm 2, 5). Melquisedec, «sacerdote do Deus Altíssimo» (Gn 14, 18), é considerado pela Tradição cristã como uma prefiguração do sacerdócio de Cristo, único «Sumo-Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec» (Heb 5, l0; 6, 20), «santo, inocente, sem mancha» (Heb 7, 26), que «com uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que foram santificados» (Heb 10, 14), isto é, pelo único sacrifício da sua cruz.
 O sacrifício redentor de Cristo é único, realizado uma vez por todas. E no entanto, é tornado presente no sacrifício eucarístico da Igreja. O mesmo se diga do sacerdócio único de Cristo, que é tornado presente pelo sacerdócio ministerial, sem diminuição da unicidade do sacerdócio de Cristo: «e por isso, só Cristo é verdadeiro sacerdote, sendo os outros seus ministros».

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Conselhos do Papa aos Sacerdotes

                                                                      
A fim de que os sacerdotes possam crescer de acordo com Jesus, segundo o Papa Bento XVI, pelo menos três condições devem ser respeitadas: a primeira é ser fascinado por Ele, por Suas palavras, por Suas ações e por Sua própria pessoa.

O Papa deu três sugestões ou conselhos durante as Vésperas celebrada sexta-feira, novembro 4, na abertura do ano acadêmico das Universidades Pontifícias.

Lembrando o aniversário de 70 anos de instituição, por Pio XII, da Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais, o Papa Bento XVI centralizou sua reflexão sobre o ministério sacerdotal, mas observou que suas palavras são igualmente aplicáveis a outros, pois é "importante para todos, de fato, aprender sempre mais para permanecer com o Senhor."

"Existem algumas condições para que haja uma crescente harmonia com Cristo na vida do sacerdote", afirmou o Papa:
1 -"o desejo de colaborar com Jesus para propagar o Reino de Deus,
2 - "a gratuidade no serviço pastoral "
3 - "e a atitude de servir ".


O Bispo de Roma reiterou que no sacerdócio "existe um encontro com Jesus e o ser fascinado, impressionado com suas palavras, seus gestos e sua própria pessoa. Significa ouvir distintamente, no meio de tantas vozes, a voz Dele. É como ser atingido pela irradiação de bondade e de amor que emana dele, se sentir envolvido e participante a ponto de querer ficar com Ele como os dois discípulos de Emaús ".
O ministro do Evangelho é o único que deixa-se prender por Cristo, continuou o Santo Padre, "que sabe ficar com ele, que entra em sintonia, em amizade íntima com Ele, para que tudo seja feito, como agrada a Deus '".
Depois, Bento XVI falou sobre a vocação sacerdotal para ser "administradores dos Mistérios de Deus, não por interesse vergonhoso, mas com um espírito generoso".

"O convite do Senhor para o ministério não é fruto de mérito especial, mas é um dom a ser acolhido que se corresponde dedicando-se não apenas a um projeto individual, mas ao de Deus, totalmente generoso e desinteressado", disse o Papa. "Nunca devemos esquecer - como sacerdotes - que a única subida legítima rumo ao ministério do pastor não é aquela do sucesso, mas a da Cruz."
Por fim, o Santo Padre encorajou os sacerdotes a viverem como servos, tanto no sentido de ser modelo para os fiéis como servos dos sacramentos.

"É uma vida, então, profundamente marcada por estes serviços: o atencioso cuidado com o rebanho, a celebração fiel da liturgia, e pela prontidão para com todos os irmãos, especialmente os pobres e necessitados", disse o Santo Padre.

"Ao viver essa caridade pastoral no modelo de Cristo e com Cristo, em qualquer lugar que o Senhor chamar, cada sacerdote poderá realizar plenamente a si mesmo e sua vocação".

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O SACRAMENTO DA EXTREMA UNÇÃO

                                                                  
Depois de termos estudado os Sacramentos que significam o nosso nascimento espiritual (Batismo), crescimento espiritual (Crisma), alimento espiritual (Eucaristia) e remédio espiritual (Confissão), falta estudarmos o Sacramento que nos prepara para a morte, antes de chegarmos à Ordem e ao Matrimônio.
Este Sacramento que nos prepara para a morte se chama Extrema-unção.
Do mesmo modo que na doença e em perigo de morte precisamos de um fortalecimento especial para o corpo, precisamos igualmente fortalecer a alma, deixando-a pronta para essa passagem terrível que é a morte, quando estaremos diante de Nosso Senhor Jesus Cristo para sermos julgados dos nossos atos.
Para nos ajudar a ir para o Céu, nesse momento da doença grave, Jesus Cristo, o amigo dos doentes, vem-nos em auxílio e institui o Sacramento da Extrema-unção. Nós sabemos que Jesus instituiu o Sacramento da Extrema-unção por causa da Epístola de São Tiago, Apóstolo: “Alguém dentre vós está enfermo? Mande chamar os Presbíteros (Padres) da Igreja e orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará e os pecados que tiver cometido ser-lhes-ão perdoados” (S. Tiago, V 14).
Esta carta de São Tiago nos mostra que os Apóstolos já administravam o Sacramento da Extrema-Unção, ou seja, eles só podem ter aprendido isso do próprio Jesus Cristo.
Todo católico que, por doença, acidente ou velhice avançada, estiver em perigo de morte, deve receber a Extrema-Unção. Mesmo as crianças com doenças graves e em perigo de morte podem recebê-la, desde que já tenham alcançado a idade da razão.
Normalmente, devemos receber a Extrema-Unção já tendo recebido a absolvição dos pecados. Ao menos devemos ter o arrependimento de todos os nossos pecados. Ajudado pelo Padre, o doente se encherá de confiança ao pensar que Jesus Cristo, o vencedor da doença e da morte, lhe traz auxílio e faz com que sua doença lhe sirva para sua salvação e a salvação de muitos outros. A Extrema-Unção deve ser dada a tempo para que o doente receba o Sacramento ainda plenamente consciente, para que possa acompanhar as oração do Padre e dos familiares.
Sabemos que os Sacramentos que imprimem caráter (Batismo, Crisma e Ordem) nunca podem ser recebidos mais de uma vez. A Extrema-Unção não imprime caráter. Ela perde seu efeito sacramental quando a doença desaparece e o doente se recupera. Se, depois disso, essa pessoa voltar a ficar doente, com perigo de morte, ela poderá receber novamente a Extrema-Unção. Mas, enquanto durar a doença, o Sacramento, já recebido uma vez, se mantém na alma e faz daquela pessoa uma alma consagrada a Deus, para que Ele tenha por ela um cuidado todo especial. Por isso, não se deve receber mais de uma vez a Extrema-Unção durante a mesma doença. Uma só vez basta para que os efeitos atuem durante todo o tempo que durar aquela doença.
Como deve ser administrada a Extrema Unção
O Sacerdote unge o doente com o óleo dos enfermos que é a matéria do Sacramento da Extrema-Unção. Esta unção deve ser feita seis vezes: nos olhos, nas narinas, nos ouvidos, na boca, nas mãos e nos pés. Para cada unção o Padre repete a forma do Sacramento da Extrema-Unção. Temos então:
matéria: o óleo dos enfermos - é um dos óleos consagrados pelo Bispo na Quinta-feira Santa, na Missa Crismal (assim chamada por causa da benção dos óleos). Deve ser obrigatoriamente de oliveira, ou seja, azeite doce.
forma: Por esta santa unção e por sua grande misericórdia, Deus te perdoe tudo que fizeste de mal pela ... vista (ouvido, olfato, gosto e palavras, tato, passos)
A Graça Sacramental da Extrema Unção
A parte visível do Sacramento, a matéria e a forma, significam a parte invisível, que é a graça sacramental. Antigamente, usava-se muito o azeite para curar as doenças. Por isso a Igreja usa o óleo dos enfermos para fazer um gesto que se faz para passar o azeite nas feridas. O Padre unge, ou seja, passa o óleo no corpo do doente, e esse gesto, junto com as palavras da forma sacramental, realizam aquilo que eles significam: não a cura do corpo, mas a cura da alma. A alma que recebeu a Extrema-Unção tem seus pecados perdoados e está fortalecida para enfrentar a morte. Além disso, se Deus achar que ela não deve morrer, o Sacramento ajudará também na cura da doença e a pessoa ficará boa.
Efeitos da Extrema Unção
- aumenta a graça santificante restabelecida pela Confissão;
- perdoa os pecados que não puderam ser confessados (se houver contrição);
- destrói as penas temporais devidas aos pecados já perdoados (se houver disposição para isso);
- traz saúde para o corpo, se isso for bom para a alma.
Conclusão
Quando temos alguém na família com uma doença muito grave, perto da morte, devemos rezar para que ela queira chamar o Padre, para que faça uma boa Confissão e receba a Extrema-Unção. Não devemos ter medo de ver um Padre entrar na casa de um doente, ao contrário. Ele não traz a morte, como muitos pensam, mas a vida, que é a presença de Jesus na alma do doente. Com a graça de Deus no coração, o doente recupera as forças da alma, passa a rezar, a se preparar para ir para o Céu. É verdade que a morte é muito triste, mas também é verdade que pela morte vamos para o Céu, para ver a Deus na felicidade eterna.
                                                                         

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

São Leão Magno

o

10 de Novembro

O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de "Magno", que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade. São Leão Magno nasceu em Toscana (Itália) no ano de 395 e depois de entrar jovem no seminário, serviu a diocese num sacerdócio santo e prestativo.

Ao ser eleito Papa, em 440, teve que evangelizar e governar a Igreja numa época brusca do Império Romano, pois já sofria com as heresias e invasões dos povos bárbaros, com suas violentas invasões. São Leão enfrentou e condenou o veneno de várias mentiras doutrinais, porém, combateu com intenso fervor o monofisismo que defendia, mentirosamente, ter Jesus Cristo uma só natureza e não a Divina e a humana em uma só pessoa como é a verdade. O Concílio de Calcedônia foi o triunfo da doutrina e da autoridade do grande Pontífice. Os 500 Bispos que o Imperador convocara, para resolverem sobra a questão do monofisismo, limitaram-se a ler a carta papal, exclamando ao mesmo tempo: "Roma falou por meio de Leão, a causa está decidida; causa finita est".

Quanto à dimensão social, Leão foi crescendo, já que com a vitória dos desordeiros bárbaros sobre as forças do Império Romano, a última esperança era o eloquente e santo Doutor da Igreja, que conseguiu salvar da destruição, a Itália, Roma e muitas pessoas. Átila ultrapassara os Alpes e entrara na Itália. O Imperador fugia e os generais romanos escondiam-se. O Papa era a única força capaz de impedir a ruína universal. São Leão sai ao encontro do conquistador bárbaro, acampado às portas de Mântua. É certo que o bárbaro abrandou-se ao ver diante de si, em atitude de suplicante, o Pontífice dos cristãos e retrocedeu com todo o seu exército.

Dentre tantas riquezas em obras e escritos, São Leão Magno deixou-nos este grito: "Toma consciência, ó cristão da tua dignidade, já que participas da natureza Divina".

Entrou no Céu no ano de 461.


São Leão Magno, rogai por nós!