Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

São João Bosco

31 de Janeiro



Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!
Em todo jovem mesmo no mais infeliz, há um ponto acessível ao bem e a primeira obrigação do educador é buscar esse ponto, essa corda sensível do coração, e tirar bom proveito”.
A prática desse sistema é toda apoiada sobre as palavras de São Paulo, que diz: A caridade é paciente, é benigna, tudo sofre, tudo espera e suporta qualquer incômodo”.
“Consideremos (nossos alunos) como filhos, pondo-nos a seu serviço, e não dominando”.
“Familiaridade com os jovens especialmente no recreio, sem familiaridade não se demonstra afeto, e sem essa demonstração não pode haver confiança. Quem quer ser amado deve demonstrar que ama. O mestre visto apenas na cátedra é mestre e nada mais, mas, se está no recreio com os jovens torna-se irmão…”
“Meus caros jovens, eu vos amo de todo coração, basta-me saber que sois jovens para que vos ame profundamente”.
“Essa querida juventude foi sempre terno objeto de minhas ocupações, dos meus estudos, do meu ministério sacerdotal e da nossa congregação”.
“Fiz tudo quanto soube e pude pelos jovens, que são o amor de toda minha vida”.
“Conseguir-se-á mais com um olhar de bondade com uma palavra animadora, que encha o coração de confiança, do que com muitas repreensões que só trazem inquietações e matam a espontaneidade”.
“Que os jovens não sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados…”
“Que, sendo amados nas coisas que lhe agradam, aprendam a ver o amor nas coisas que naturalmente pouco lhe agradam…
“O meu sistema? Simplicíssimo: deixar aos jovens plena liberdade de fazer o que mais lhe agrada. O problema é descobrir neles germes de boa disposição e procurar desenvolve-los”.
“Geralmente os professores tendem a ser comprazer como os alunos que se sobrassem nos estudos e na capacidade, e na explicação têm vista só esses…”
“Eu sou do parecer oposto. Creio que seja dever de todo professor olhar mais os mais fracos dar aula…”
“Basta que sejais jovens para que eu vos ame.”
“Nossa vida é um presente de Deus e o que fazemos dela é o nosso presente a Ele.”
“Deus nos colocou no mundo para os outros”
“Dai-me almas, ficai com o resto”
“Descansaremos no céu”
“Foi ela (Maria Auxiliadora) quem tudo fez”
“Quem confia em Maria jamais será iludido”.
“Amai esta vossa mãe celeste, recorrei a ela de coração”.
“Em todo perigo, invocai Maria; eu vos asseguro que sereis ouvidos”.
“Um sustentáculo grande para vós, uma arma poderosa contra as insídias do demônio tende, caros jovens, na devoção a Maria santíssima”.
“Maria foi verdadeiramente constituída por Deus auxílio dos cristãos”.
“Eu recomendo que diga todas as noites, antes de se deitar, três vezes a seguinte oração: querida mãe, virgem Maria, fazei que eu salve a minha alma”.
“Maria nos mantenha todos firmes e nos guie pelo caminho do céu”.
“Maria protege todos os seus devotos, em todas as necessidades, mas os protege especialmente na hora da morte”.
“Amai, honrai e servi a Maria”.
“Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.”
“O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele”
“Ganhai o coração dos jovens por meio do amor”
“A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos.”
“Suporta de bom grado os defeitos alheios, se queres que os outros suportem os teus.”
“Tudo eu daria para ganhar o coração dos jovens e assim poder apresentá-los como presente ao Senhor.”
“Se queres fazer-te bom pratica apenas três coisas e tudo andará bem. Ei-las: alegria, estudo e piedade.”
                                          

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

São Timóteo

                                                   

26 de Janeiro

Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: "A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!" (II Timóteo 1,2).

Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.

Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.

Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.

São Timóteo, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Paulo

                                                                          
O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: "Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'. Saulo então diz: 'Quem és, Senhor?'. Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão'. Trêmulo e atônito, disse Saulo: 'Senhor, que queres que eu faça?' respondeu-lhe o Senhor: 'Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'".

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.

São Paulo de Tarso, rogai por nós!
                                                                               
O dia 25 de janeiro é festejado por ser aniversário da cidade de São Paulo, que em 2012 completa 458 anos de fundação. Para os católicos, porém, a festa tem um sentido especial, pois, nesta data, celebra-se a conversão do apóstolo Paulo, patrono da maior arquidiocese do país.
O ponto alto da festa é no próprio feriado de 25 de janeiro, quando se realiza, às 9h, na Catedral da Sé, missa solene em honra ao apóstolo São Paulo. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, e concelebrada por demais bispos e padres que estiverem presentes. O prefeito municipal, Gilberto Kassab, já confirmou sua participação na missa.
Perseguidor dos cristãos, o apóstolo São Paulo teve sua vida mudada após um encontro pessoal com Cristo, na estrada a caminho de Damasco. Daquele momento em diante, tornou-se pregador do evangelho, anunciador da palavra do Mestre e exemplo para os cristãos de um autêntico “discípulo-missionário”.
Para melhor celebrar sua festa patronal, a Arquidiocese preparou um folheto, já enviado às paróquias, que convida todas as comunidades e famílias a celebrarem o tríduo em honra a São Paulo apóstolo. Nestes três dias de preparação, temas específicos (frases da oração ao padroeiro) guiam as reflexões da comunidade: no primeiro dia, o tema é “Ó São Paulo, ensina-nos a acolher a palavra de Deus”; no segundo, “Ó São Paulo, conduze-nos ao encontro com Jesus” e, por fim, no terceiro dia, “Ó São Paulo, infunde em nós coragem e ardor missionário”.
Para o cardeal dom Odilo, “temos muito para aprender dele [de São Paulo apóstolo], de sua fé firme e profunda, de seu amor a Jesus Cristo, sua dedicação ao anúncio do Evangelho, seu ardor missionário, sua dedicação aos pobres”.
O cardeal insiste de forma especial para que todos procurem se informar, em sua paróquia, de que forma e, em que horários, será celebrado o tríduo.
A missa do 25 de janeiro na Catedral da Sé começa com uma homenagem daqueles que ajudaram a construir a cidade ao apóstolo que dá nome a ela. Crianças vestidas com roupas típicas representando os diversos imigrantes (como os italianos, japoneses, portugueses entre outros), e migrantes (gaúchos, nordestinos, sertanejos, indígenas) levarão flores até a imagem do apóstolo São Paulo.
Antes da missa acontece, em frente ao Páteo do Colégio, um ato cívico, com deposição de flores em frente ao monumento em homenagem aos fundadores da cidade, o beato padre Anchieta e padre Manoel da Nóbrega.
Após a celebração na catedral, será realizado, na sede da prefeitura, ato cívico de entrega da medalha 25 de janeiro, conferida a uma autoridade de destaque (a exemplo do ano passado, em que foi entregue ao ex-vice-presidente da república José Alencar).

Aniversário de São Paulo ‘inaugura’ ano repleto de atividades
Em 2012, a Arquidiocese de São Paulo possui um calendário repleto de atividades e trabalhos que motivam e incentivam o clero, os leigos, as pastorais, os movimentos e as novas comunidades que atuam nesta grande metrópole.
Uma data importante, logo no inicio do ano, é o dia 25 de janeiro, aniversário de 458 anos da capital paulista. Nessa data, comemora-se a Conversão do apóstolo Paulo, patrono da arquidiocese desde 2008.
Um tríduo prepara para a missa solene, que será presidida pelo cardeal dom Odilo Scherer, no dia 25, às 9h, na Catedral da Sé. Como nos anos anteriores, a recomendação é para que o tríduo seja celebrado nas paróquias, comunidades e famílias entre os dias 22 e 24 de janeiro. O folheto do triduo pode ser acessado aqui.
Já de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, em Itaici (SP), acontece um seminário sobre liturgia e os 50 anos do Concílio Vaticano 2º. Promovido pela CNBB, o seminário tem o objetivo de “retomar as intuições e a teologia litúrgica na Constituição Sacrosanctum Concilium, nas demais constituições e decretos do Vaticano 2º e documentos pósconciliares, no contexto da renovação da liturgia da América Latina e Caribe, à luz de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, em busca do rosto e do lugar da liturgia na vida e na missão da Igreja como serviço à vida plena em Cristo e ao acontecimento do Reino de Deus”. As inscrições para o seminário podem ser feitas aqui.
Em missa na Catedral da Sé no dia 22 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, às 15h, será lançada a Campanha da Fraternidade 2012 – cujo tema é “Fraternidade e saúde pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Eclo, 38,8).

Em março, ocorre o encontro arquidiocesano com as coordenações pastorais das regiões, setores, vicariatos, pastorais, movimentos, associações, novas comunidade e demais organismos pastorais. O evento acontece no dia 3, das 8h30 às 13h30.
No mês de abril, celebra-se a Páscoa. A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos, no dia 1º de abril, seguindo-se o tríduo pascal, de 5 a 7, e a festa da ressurreição, no dia 8.
Oportunamente, serão publicados os horários das celebrações do cardeal na Catedral da Sé. No último domingo do mês de março, comemora-se o Bom Pastor e, no Dia Mundial de Oração pelas vocações, haverá uma vigília de oração que se inicia no sábado, 28.
Além de comemorar o Dia do Trabalhador em 1º de maio, celebra-se São José Operário, com missa na catedral às 9h. A 111º Romaria da Arquidiocese à Aparecida acontece no dia 6 e, no dia 27, é dia de Pentecostes, com missa voltada para os jovens crismados e crismandos na catedral às 15h.
Marcando os 70 anos do 4º Congresso Eucarístico Nacional realizado em São Paulo em 1942, a festa de Corpus Christi será celebrada conjuntamente por toda a Arquidiocese de São Paulo, no dia 7 de junho. Concentrada a partir das 9h no largo Santa Ifigênia, uma procissão sairá pelas ruas do centro da cidade até a praça da Sé, onde será celebrada uma missa campal em frente à Catedral Metropolitana.
Antes, um tríduo, entre 1 e 7, prepara a celebração (cada paróquia deve escolher três dias dentro desse período). Oportunamente, será publicado material para o tríduo eucarístico aqui no site. No dia 3, ocorre um encontro eucarístico dos catequistas, com celebração na catedral às 11h.
O Congresso Eucarístico, realizado em São Paulo em 1942, no mês de setembro, teve como tema “Vinde todos a mim”. Na ocasião, um altar foi montado no Vale do Anhangabaú e as solenidades aconteciam ao entardecer. Na missa de encerramento, mais de meio milhão de pessoas estiveram presentes, vindas de todos os estados do país.
Considerado um dos maiores eventos na história da Igreja no Brasil, o Congresso de 1942 contou com a participação do núncio apostólico e legado pontifício dom Bento Aloisi Masella, e do interventor federal Fernando Costa, representando o presidente da República, além de aproximadamente 60 arcebispos e bispos, numeroso clero, autoridades, representações de outros Estados e de alguns países da América do Sul.
O dia 25 de janeiro é festejado por ser aniversário da cidade de São Paulo, que em 2012 completa 458 anos de fundação. Para os católicos, porém, a festa tem um sentido especial, pois, nesta data, celebra-se a conversão do apóstolo Paulo, patrono da maior arquidiocese do país.
O ponto alto da festa é no próprio feriado de 25 de janeiro, quando se realiza, às 9h, na Catedral da Sé, missa solene em honra ao apóstolo São Paulo. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, e concelebrada por demais bispos e padres que estiverem presentes. O prefeito municipal, Gilberto Kassab, já confirmou sua participação na missa.
Perseguidor dos cristãos, o apóstolo São Paulo teve sua vida mudada após um encontro pessoal com Cristo, na estrada a caminho de Damasco. Daquele momento em diante, tornou-se pregador do evangelho, anunciador da palavra do Mestre e exemplo para os cristãos de um autêntico “discípulo-missionário”.
Para melhor celebrar sua festa patronal, a Arquidiocese preparou um folheto, já enviado às paróquias, que convida todas as comunidades e famílias a celebrarem o tríduo em honra a São Paulo apóstolo. Nestes três dias de preparação, temas específicos (frases da oração ao padroeiro) guiam as reflexões da comunidade: no primeiro dia, o tema é “Ó São Paulo, ensina-nos a acolher a palavra de Deus”; no segundo, “Ó São Paulo, conduze-nos ao encontro com Jesus” e, por fim, no terceiro dia, “Ó São Paulo, infunde em nós coragem e ardor missionário”.
Para o cardeal dom Odilo, “temos muito para aprender dele [de São Paulo apóstolo], de sua fé firme e profunda, de seu amor a Jesus Cristo, sua dedicação ao anúncio do Evangelho, seu ardor missionário, sua dedicação aos pobres”.
O cardeal insiste de forma especial para que todos procurem se informar, em sua paróquia, de que forma e, em que horários, será celebrado o tríduo.
A missa do 25 de janeiro na Catedral da Sé começa com uma homenagem daqueles que ajudaram a construir a cidade ao apóstolo que dá nome a ela. Crianças vestidas com roupas típicas representando os diversos imigrantes (como os italianos, japoneses, portugueses entre outros), e migrantes (gaúchos, nordestinos, sertanejos, indígenas) levarão flores até a imagem do apóstolo São Paulo.
Antes da missa acontece, em frente ao Páteo do Colégio, um ato cívico, com deposição de flores em frente ao monumento em homenagem aos fundadores da cidade, o beato padre Anchieta e padre Manoel da Nóbrega.
Após a celebração na catedral, será realizado, na sede da prefeitura, ato cívico de entrega da medalha 25 de janeiro, conferida a uma autoridade de destaque (a exemplo do ano passado, em que foi entregue ao ex-vice-presidente da república José Alencar).

Aniversário de São Paulo ‘inaugura’ ano repleto de atividades
Em 2012, a Arquidiocese de São Paulo possui um calendário repleto de atividades e trabalhos que motivam e incentivam o clero, os leigos, as pastorais, os movimentos e as novas comunidades que atuam nesta grande metrópole.
Uma data importante, logo no inicio do ano, é o dia 25 de janeiro, aniversário de 458 anos da capital paulista. Nessa data, comemora-se a Conversão do apóstolo Paulo, patrono da arquidiocese desde 2008.
Um tríduo prepara para a missa solene, que será presidida pelo cardeal dom Odilo Scherer, no dia 25, às 9h, na Catedral da Sé. Como nos anos anteriores, a recomendação é para que o tríduo seja celebrado nas paróquias, comunidades e famílias entre os dias 22 e 24 de janeiro. O folheto do triduo pode ser acessado aqui.
Já de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, em Itaici (SP), acontece um seminário sobre liturgia e os 50 anos do Concílio Vaticano 2º. Promovido pela CNBB, o seminário tem o objetivo de “retomar as intuições e a teologia litúrgica na Constituição Sacrosanctum Concilium, nas demais constituições e decretos do Vaticano 2º e documentos pósconciliares, no contexto da renovação da liturgia da América Latina e Caribe, à luz de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, em busca do rosto e do lugar da liturgia na vida e na missão da Igreja como serviço à vida plena em Cristo e ao acontecimento do Reino de Deus”. As inscrições para o seminário podem ser feitas aqui.
Em missa na Catedral da Sé no dia 22 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, às 15h, será lançada a Campanha da Fraternidade 2012 – cujo tema é “Fraternidade e saúde pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Eclo, 38,8).

Em março, ocorre o encontro arquidiocesano com as coordenações pastorais das regiões, setores, vicariatos, pastorais, movimentos, associações, novas comunidade e demais organismos pastorais. O evento acontece no dia 3, das 8h30 às 13h30.
No mês de abril, celebra-se a Páscoa. A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos, no dia 1º de abril, seguindo-se o tríduo pascal, de 5 a 7, e a festa da ressurreição, no dia 8.
Oportunamente, serão publicados os horários das celebrações do cardeal na Catedral da Sé. No último domingo do mês de março, comemora-se o Bom Pastor e, no Dia Mundial de Oração pelas vocações, haverá uma vigília de oração que se inicia no sábado, 28.
Além de comemorar o Dia do Trabalhador em 1º de maio, celebra-se São José Operário, com missa na catedral às 9h. A 111º Romaria da Arquidiocese à Aparecida acontece no dia 6 e, no dia 27, é dia de Pentecostes, com missa voltada para os jovens crismados e crismandos na catedral às 15h.
Marcando os 70 anos do 4º Congresso Eucarístico Nacional realizado em São Paulo em 1942, a festa de Corpus Christi será celebrada conjuntamente por toda a Arquidiocese de São Paulo, no dia 7 de junho. Concentrada a partir das 9h no largo Santa Ifigênia, uma procissão sairá pelas ruas do centro da cidade até a praça da Sé, onde será celebrada uma missa campal em frente à Catedral Metropolitana.
Antes, um tríduo, entre 1 e 7, prepara a celebração (cada paróquia deve escolher três dias dentro desse período). Oportunamente, será publicado material para o tríduo eucarístico aqui no site. No dia 3, ocorre um encontro eucarístico dos catequistas, com celebração na catedral às 11h.
O Congresso Eucarístico, realizado em São Paulo em 1942, no mês de setembro, teve como tema “Vinde todos a mim”. Na ocasião, um altar foi montado no Vale do Anhangabaú e as solenidades aconteciam ao entardecer. Na missa de encerramento, mais de meio milhão de pessoas estiveram presentes, vindas de todos os estados do país.
Considerado um dos maiores eventos na história da Igreja no Brasil, o Congresso de 1942 contou com a participação do núncio apostólico e legado pontifício dom Bento Aloisi Masella, e do interventor federal Fernando Costa, representando o presidente da República, além de aproximadamente 60 arcebispos e bispos, numeroso clero, autoridades, representações de outros Estados e de alguns países da América do Sul.
O dia 25 de janeiro é festejado por ser aniversário da cidade de São Paulo, que em 2012 completa 458 anos de fundação. Para os católicos, porém, a festa tem um sentido especial, pois, nesta data, celebra-se a conversão do apóstolo Paulo, patrono da maior arquidiocese do país.
O ponto alto da festa é no próprio feriado de 25 de janeiro, quando se realiza, às 9h, na Catedral da Sé, missa solene em honra ao apóstolo São Paulo. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, e concelebrada por demais bispos e padres que estiverem presentes. O prefeito municipal, Gilberto Kassab, já confirmou sua participação na missa.
Perseguidor dos cristãos, o apóstolo São Paulo teve sua vida mudada após um encontro pessoal com Cristo, na estrada a caminho de Damasco. Daquele momento em diante, tornou-se pregador do evangelho, anunciador da palavra do Mestre e exemplo para os cristãos de um autêntico “discípulo-missionário”.
Para melhor celebrar sua festa patronal, a Arquidiocese preparou um folheto, já enviado às paróquias, que convida todas as comunidades e famílias a celebrarem o tríduo em honra a São Paulo apóstolo. Nestes três dias de preparação, temas específicos (frases da oração ao padroeiro) guiam as reflexões da comunidade: no primeiro dia, o tema é “Ó São Paulo, ensina-nos a acolher a palavra de Deus”; no segundo, “Ó São Paulo, conduze-nos ao encontro com Jesus” e, por fim, no terceiro dia, “Ó São Paulo, infunde em nós coragem e ardor missionário”.
Para o cardeal dom Odilo, “temos muito para aprender dele [de São Paulo apóstolo], de sua fé firme e profunda, de seu amor a Jesus Cristo, sua dedicação ao anúncio do Evangelho, seu ardor missionário, sua dedicação aos pobres”.
O cardeal insiste de forma especial para que todos procurem se informar, em sua paróquia, de que forma e, em que horários, será celebrado o tríduo.
A missa do 25 de janeiro na Catedral da Sé começa com uma homenagem daqueles que ajudaram a construir a cidade ao apóstolo que dá nome a ela. Crianças vestidas com roupas típicas representando os diversos imigrantes (como os italianos, japoneses, portugueses entre outros), e migrantes (gaúchos, nordestinos, sertanejos, indígenas) levarão flores até a imagem do apóstolo São Paulo.
Antes da missa acontece, em frente ao Páteo do Colégio, um ato cívico, com deposição de flores em frente ao monumento em homenagem aos fundadores da cidade, o beato padre Anchieta e padre Manoel da Nóbrega.
Após a celebração na catedral, será realizado, na sede da prefeitura, ato cívico de entrega da medalha 25 de janeiro, conferida a uma autoridade de destaque (a exemplo do ano passado, em que foi entregue ao ex-vice-presidente da república José Alencar).

Aniversário de São Paulo ‘inaugura’ ano repleto de atividades
Em 2012, a Arquidiocese de São Paulo possui um calendário repleto de atividades e trabalhos que motivam e incentivam o clero, os leigos, as pastorais, os movimentos e as novas comunidades que atuam nesta grande metrópole.
Uma data importante, logo no inicio do ano, é o dia 25 de janeiro, aniversário de 458 anos da capital paulista. Nessa data, comemora-se a Conversão do apóstolo Paulo, patrono da arquidiocese desde 2008.
Um tríduo prepara para a missa solene, que será presidida pelo cardeal dom Odilo Scherer, no dia 25, às 9h, na Catedral da Sé. Como nos anos anteriores, a recomendação é para que o tríduo seja celebrado nas paróquias, comunidades e famílias entre os dias 22 e 24 de janeiro. O folheto do triduo pode ser acessado aqui.
Já de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, em Itaici (SP), acontece um seminário sobre liturgia e os 50 anos do Concílio Vaticano 2º. Promovido pela CNBB, o seminário tem o objetivo de “retomar as intuições e a teologia litúrgica na Constituição Sacrosanctum Concilium, nas demais constituições e decretos do Vaticano 2º e documentos pósconciliares, no contexto da renovação da liturgia da América Latina e Caribe, à luz de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, em busca do rosto e do lugar da liturgia na vida e na missão da Igreja como serviço à vida plena em Cristo e ao acontecimento do Reino de Deus”. As inscrições para o seminário podem ser feitas aqui.
Em missa na Catedral da Sé no dia 22 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, às 15h, será lançada a Campanha da Fraternidade 2012 – cujo tema é “Fraternidade e saúde pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Eclo, 38,8).

Em março, ocorre o encontro arquidiocesano com as coordenações pastorais das regiões, setores, vicariatos, pastorais, movimentos, associações, novas comunidade e demais organismos pastorais. O evento acontece no dia 3, das 8h30 às 13h30.
No mês de abril, celebra-se a Páscoa. A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos, no dia 1º de abril, seguindo-se o tríduo pascal, de 5 a 7, e a festa da ressurreição, no dia 8.
Oportunamente, serão publicados os horários das celebrações do cardeal na Catedral da Sé. No último domingo do mês de março, comemora-se o Bom Pastor e, no Dia Mundial de Oração pelas vocações, haverá uma vigília de oração que se inicia no sábado, 28.
Além de comemorar o Dia do Trabalhador em 1º de maio, celebra-se São José Operário, com missa na catedral às 9h. A 111º Romaria da Arquidiocese à Aparecida acontece no dia 6 e, no dia 27, é dia de Pentecostes, com missa voltada para os jovens crismados e crismandos na catedral às 15h.
Marcando os 70 anos do 4º Congresso Eucarístico Nacional realizado em São Paulo em 1942, a festa de Corpus Christi será celebrada conjuntamente por toda a Arquidiocese de São Paulo, no dia 7 de junho. Concentrada a partir das 9h no largo Santa Ifigênia, uma procissão sairá pelas ruas do centro da cidade até a praça da Sé, onde será celebrada uma missa campal em frente à Catedral Metropolitana.
Antes, um tríduo, entre 1 e 7, prepara a celebração (cada paróquia deve escolher três dias dentro desse período). Oportunamente, será publicado material para o tríduo eucarístico aqui no site. No dia 3, ocorre um encontro eucarístico dos catequistas, com celebração na catedral às 11h.
O Congresso Eucarístico, realizado em São Paulo em 1942, no mês de setembro, teve como tema “Vinde todos a mim”. Na ocasião, um altar foi montado no Vale do Anhangabaú e as solenidades aconteciam ao entardecer. Na missa de encerramento, mais de meio milhão de pessoas estiveram presentes, vindas de todos os estados do país.
Considerado um dos maiores eventos na história da Igreja no Brasil, o Congresso de 1942 contou com a participação do núncio apostólico e legado pontifício dom Bento Aloisi Masella, e do interventor federal Fernando Costa, representando o presidente da República, além de aproximadamente 60 arcebispos e bispos, numeroso clero, autoridades, representações de outros Estados e de alguns países da América do Sul.

Mensagem do Papa - 46º Dia Mundial das Comunicações Social


Mensagem
Silêncio e palavra: caminho de evangelização
Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Social
Terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Amados irmãos e irmãs,
Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
Grande parte da dinâmica atual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Onipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort.  ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.
 Bento XVI.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

                                                                        
A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar acabam de lançar o subsídio “Hora da Família” 2012. O tema deste ano é: “A Família: o trabalho e a festa”. O subsídio apresenta reflexão sobre temas familiares para a Semana Nacional da Família que, este ano será de 12 de 18 de agosto.
O subsídio foi construído com a participação de representantes da Comissão para a Vida e a Família, membros dos Regionais da CNBB e assessores especializados. A Semana Nacional da Família é um evento anual que faz parte do calendário de, praticamente, todas as paróquias do Brasil e teve o início em 1992. O subsídio começou a ser editado desde a vinda do papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e passou a ser publicado anualmente. Atualmente está em sua 16ª edição com uma tiragem de 200 mil exemplares.
“Neste ‘Hora da Família’ contém as Celebrações da Família e as 10 catequeses preparatórias para o 7º Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá em Milão (Itália), de 30 de maio a 3 de junho, de 2012, com a presença do papa Bento XVI. Neste subsídio queremos auxiliar os encontros da Pastoral Familiar que acontecerão em todo o país, mas de uma maneira mais particular, na Semana Nacional da Família”, disse um dos assessores da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca.
O subsídio “Hora da Família 2012” está disponível em cada Regional da CNBB ou diretamente na Secretaria Nacional da Pastoral Familiar (SECREN).

Bento XVI: "Seremos transformados pela vitória de Jesus"

                                                                          
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos tem sido o foco do Angelus desta manhã, 22 de janeiro. O Papa Bento XVI começou lembrando o lema da Semana, extraído de uma frase de São Paulo: Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo nosso Senhor (cf. 1 Cor 15,51-58).
"Somos chamados a contemplar a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, ou seja a sua ressurreição, como um evento que transforma radicalmente os que crêem nEle e lhes dá acesso a uma vida incorruptível e imortal", disse o Santo Padre.
Os subsídios para a Semana de oração foram preparados por um grupo polonês. A este respeito, o Papa recordou a "longa história de lutas corajosas" que tem caracterizado a história da Polónia, um país que em muitas circunstâncias, tem "demonstrado grande determinação, animado pela fé".
Mérito do povo polaco foi ter percebido uma "dimensão espiritual" no seu desejo de liberdade, entendendo que "a verdadeira vitória só pode acontecer se acompanhada por uma profunda transformação interior."
Alcançar a unidade de todos os cristãos pode acontecer "se nos permitimos transformar na imagem de Cristo", cuja "vida nova" é a "verdadeira vitória". Ciente de sua fraqueza, os crentes acolherão esta unidade como um “dom” que, como destacava o Beato João Paulo II, “se torna um grande compromisso”.
"O tempo que dedicaremos à oração para a plena comunhão dos discípulos de Cristo nos permitirá entender mais profundamente como seremos transformados pela sua vitória, pelo poder da sua ressurreição", continuou o Santo Padre.
Antes de passar para a recitação do Angelus, Bento XVI fez um convite para a próxima quarta-feira para a solene celebração das Vésperas da Festa da Conversão de São Paulo na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, que também estarão presentes representantes de outras Igrejas e Comunidades cristãs. Será o último evento da semana de oração.
Após o Angelus, o Papa recordou que, em vários países do Extremo Oriente estão celebrando o Ano Novo Lunar. "Na atual situação mundial de crise económica e social desejo a todos aqueles povos que o ano novo seja realmente marcado pela justiça e pela paz, traga alívio aos sofredores, e especialmente os jovens, com seu entusiasmo e sua movimentação ideal, possam oferecer uma nova esperança para o mundo ", desejou o Santo Padre.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

São Sebastião

20 de Janeiro                                                                           
O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

São Sebastião, rogai por nós!
Viva São Sebastião!!!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Santo Antão

17 de Janeiro


Pai do monaquismo cristão, Santo Antão nasceu no Egito em 251 e faleceu em 356; viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar. Com apenas 20 anos, Santo Antão havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã. Ao entrar numa igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou para uma vida religiosa. Enfim, Santo Antão foi passo-a-passo buscando a vontade do Senhor. Antão deparou-se com outra palavra de Deus em sua vida “Não vou preocupeis, pois, com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”(Mt 6,34). O Espírito Santo o iluminou e ele abandonou todas as coisas para viver como eremita. Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente a orar e contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também.

Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram serpentes que estavam por lá e , por isso, ninguém se aproximava. A imaginação humana vê coisas onde não há. Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, o pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges. Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. O número de monges foi crescendo, mas o interessante é que quando iam se aconselhar com ele, chegavam naquele lugar vários monges e perguntavam: "Onde está Antão?". E lhes respondiam: "Ande por aí e veja a pessoa mais alegre, mais sorridente, mais espontânea; este é Antão".

Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza.

Santo Antão, rogai por nós!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dom Lorenzo Baldisseri fala da JMJ RIO2013 e suas expectativas

                                                                        
O novo Secretário da Congregação para os Bispos, dom Lorenzo Baldisseri, concedeu uma entrevista, na semana passada, para a Rádio Vaticano. Nesta entrevista, dom Lorenzo fala dos preparativos para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, em 2013, e de suas expectativas para o grande evento.
“Eu estive presente no momento de lançamento, no início da peregrinação dos Símbolos da JMJ pelo Brasil, que aconteceu em setembro de 2011, em São Paulo. Foi magnífico. Soube depois que, em poucos dias de peregrinação, mais de 500 mil pessoas haviam acolhido a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, uma coisa extraordinária. Isso mostra o quanto o povo brasileiro está vivendo a preparação da a Jornada Mundial da Juventude”, disse dom Lorenzo Baldisseri, se referindo a peregrinação dos Símbolos por São Paulo, que, somente no Bote Fé, juntou, no Campo de Marta, na capital paulista, mais de 100 mil pessoas, segundo a arquidiocese local.
Falando sobre sua expectativa para a participação popular, dom Lorenzo afirmou que o evento superará todas as estimativas. “Eu creio que será um evento tão grande, que superará todas as expectativas. Se em Madri contou com a participação de dois milhões de pessoas, no Brasil será, certamente, quatro ou cinco milhões. Porque não é só o Brasil, com sua população imensa e proporção continental, mas haverá toda a mobilização da América Latina”.
Sobre a participação do papa Bento XVI, dom Lorenzo Baldisseri disse que a JMJ de 2013 será “um banho de espiritualidade”, e uma “benção da parte desta Jornada”, para com o povo do Brasil. “Com a presença do Santo Padre, o papa Bento XVI, estamos preparando aqui, sobretudo a arquidiocese do Rio de Janeiro, anfitriã oficial, um grande espetáculo que será um sucesso, dando um entusiasmo, não só aos jovens, que são os atores principais, mas também a todo o povo de Deus. Podemos dizer que a JMJ dará um impulso muito forte a evangelização do país”, finalizou o Secretário da Congregação para os Bispos, dom Lorenzo Baldisseri.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Missa deve ser o “ponto mais alto” da oração cristã, diz Papa

                                                                        
Bento XVI afirmou no Vaticano nesta quarta-feira, 11 de janeiro, que a missa é fundamental para o cristianismo e alertou para a necessidade de a comunhão eucarística ser preparada com a confissão das faltas.
A participação na eucaristia é “indispensável para a vida cristã” e deve constituir o “ponto mais alto” da oração, mas exige que os fiéis estejam “devidamente preparados, também com o sacramento da Penitência”, disse o Papa na audiência geral.
A catequese de Bento XVI incidiu sobre o momento “particularmente solene” da oração que Jesus, segundo a Bíblia, rezou durante a sua última ceia, refeição que marca a instituição da eucaristia, o mais importante dos sete sacramentos do catolicismo.
Na ceia com os 12 apóstolos, o gesto de Jesus de “partir o pão e oferecer a taça [com vinho] na noite antes de morrer torna-se o sinal da sua auto-oferta redentora, em obediência à vontade do Pai”, sublinhou.
Ao rezar uma prece de louvor e de bênção naquela refeição, referiu o Papa, Jesus “também pede a força para os seus discípulos, especialmente Pedro”, que a tradição católica vê como o primeiro chefe da Igreja e antecessor direto de Bento XVI.
“A oração de Jesus, quando se aproxima a prova também para os seus discípulos, ampara a sua debilidade, o seu esforço de compreender que o caminho de Deus passa pelo mistério pascal da morte e ressurreição, antecipado na oferta do pão e do vinho”, observou.
A eucaristia, prosseguiu, “é alimento dos peregrinos que se torna força também para quem está cansado, exausto e desorientado”, e a “oração é particularmente por Pedro, para que, uma vez convertido, confirme os irmãos na fé”.
“Unimo-nos assim à oração que ele [Cristo] continua a fazer para que a nossa vida não se perca apesar nas nossas fraquezas e infidelidades, mas que seja transformada pela força da sua morte e ressurreição”, apontou.
O Papa saudou os artistas de circo presentes na audiência e assistiu durante alguns minutos a uma exibição circense.
Ao recordar a celebração litúrgica do batismo de Jesus, que em Portugal se assinalou segunda-feira, Bento XVI salientou a importância do primeiro dos sacramentos cristãos na vida dos jovens, doentes e recém-casados.
Bento XVI dirigiu-se aos fiéis em várias línguas, incluindo o português: “Ao participar na Eucaristia, vivemos de forma sublime a oração que Jesus fez, e continua a fazer, por todos e cada um de nós para que o mal não triunfe na nossa vida, mas seja vencido em nós graças à força transformadora da morte e ressurreição de Cristo”.
“Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, desejando-vos que o ponto mais alto da vossa oração seja uma digna participação na Eucaristia para poderdes, também vós, transformar as cruzes da vossa vida em sacrifício livre de amor a Deus e aos irmãos”, concluiu.

São Bernardo

                                                                               
O santo de hoje nasceu no ano de 1605 em Corleone, Sicília, na Itália. Como é belo poder perceber o testemunho de hoje! Como a misericórdia de Deus fez maravilhas a partir do arrependimento!

São Bernado foi crescendo numa vida longe do relacionamento com Deus e com a Igreja. Logo, distante de si e do amor aos irmãos, o orgulho foi tomando conta do seu coração. Então, decidiu entrar para a vida militar; não para servir a sociedade, mas para dominá-la. De fato, ele estava longe de Deus. Resultado: numa das muitas discussões que viraram briga, ele acabou num duelo, ferindo de morte um companheiro seu da vida militar. Foi neste momento trágico de sua história que ele abriu o coração para Deus, pois sua consciência foi pesando. Embora ele tenha fugido e recorrido a um chamado “direito de asilo”, não foi preso, mas estava preso a uma vida de pecado. Quem poderia resgatá-lo? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado que veio nos assumir na nossa fragilidade e nos revelar este amor que redime, que salva e é a nossa esperança.

Assim, arrependeu-se e começou a busca de uma vida em Deus, uma vida de Igreja, sacramental. Discerniu um chamado à vida religiosa, buscou a família franciscana e ali tornou-se irmão religioso, fiel às regras. De fato, se antes expressava arrogância, agora comunicava paz, penitência, luta contra o pecado.

Ele foi se santificando também no serviço ao próximo. "Santidade sem serviço aos outros pode ser apenas um ideal, mas, no concreto, esta luta, este bom combate é para sermos melhores em Deus, melhores uns para os outros".

Religioso, capuchinho, modelo de vida na pobreza, na castidade e na obediência. Este santo do século XVII nos convida, neste novo milênio, a sermos sinais no poder que a misericórdia divina tem de, com a nossa ajuda e nosso sim, fazer-nos santos.

São Bernardo, rogai por nós!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mariana celebra centenário de nascimento de Dom Oscar de Oliveira

                                                                                          
Nesta segunda-feira, dia 9 de janeiro, a Arquidiocese de Mariana (MG) celebra o nascimento de Dom Oscar de Oliveira, que esteve à frente da Arquidiocese no período de 1960 a 1988. Nascido na cidade de Entre Rios de Minas cumpriu de modo exemplar seu apostolado episcopal em Mariana.
Para bem exaltar o momento, logo mais, às 18h30, será celebrada missa em sua homenagem na Catedral da Sé. Presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Geraldo Lyrio Rocha, a celebração eucarística contará com a presença de boa parte do clero arquidiocesano, familiares e de vários outros convidados.
É extensa a lista de benfeitorias que a arquidiocese ficou devendo à operosa administração de Dom Oscar. Entre elas, aprontou duas novas dioceses (Itabira e São João Del Rei), criou cerca de 30 paróquias, sagrou e benzeu uma centena de igrejas e altares, construiu o prédio do seminário Menor, Comunidade da Filosofia onde funciona a FAM (Faculdade Dom Luciano Mendes de Almeida), escolas e hospitais em expressivo número, a cripta na Catedral, onde ainda ressuscitou o belo órgão de Dom Frei Manoel da Cruz, abriu quatro novos museus, instituiu a Gráfica e Editora Dom Viçoso, expandiu o Evangelho pelos ares com a Rádio Emissora de Congonhas, fez circular semanalmente o jornal “O Arquidiocesano”, ensinou como professor e escritor, foi um dos padres conciliares do Vaticano II, visitou regularmente as paróquias, crismou milhares de fiéis, ordenou seis bispos e uma centena de padres, soube ser amigo do seu clero e do seu povo.
Depois de tanta fadiga apostólica, neste volumoso e fecundo apostolado, Dom Oscar usufruiu digno e merecido descanso em sua amada terra natal, como arcebispo emérito, onde faleceu no dia 24 de fevereiro de 1997.
Para mais informações sobre as comemorações em homenagem aos cem anos do nascimento de Dom Oscar, entre em contato com a paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Mariana, através do telefone (31) 3557-1216.


Tributo a Dom Oscar de Oliveira
Há 50 anos, retornava à sua diocese natal Dom Oscar de Oliveira, para assumir como bispo coadjutor do arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, com direito a sucessão. O momento delicado, principalmente pelo receio de magoar a quem deu tanto de si por esta Igreja Particular, promovendo uma grande obra de evangelização, como o fez Dom Helvécio, aquele momento delicado mereceu de Dom Oscar uma cautela especial, sem descuidar das transformações que previam-nas inevitáveis doravante, fossem pelas alterações culturais e sociais que o mundo atravessava, fossem pelo prenúncio de um novo tempo, com a convocação do Concílio Ecumênico, que fizera o Beato João XXIII na solenidade da Conversão de São Paulo naquele ano.

À sua diocese natal retornava Dom Oscar de Oliveira cheio de planos, com o ardor missionário acendrado, disposto a continuar a obra daquele a quem acompanharia até os seus derradeiros dias, findo o seu combate. De volta à sua casa, o prelado entrerriense conhecia bem a seara que o aguardava e, sem nenhum temor, confiante na graça de Deus e na intercessão de Maria - como, aliás, já trazia em seu brasão expressa a máxima do Abade de Claraval, “Ipsa Duce” – imediatamente colocou-se a peregrinar pela vasta arquidiocese primaz de Minas, reencontrando-se com seus colegas, conhecendo de perto a realidade de cada paróquia e as necessidades de cada comunidade. No ano seguinte, após o falecimento de seu predecessor, a 25 de abril de 1960, Dom Oscar assume a cátedra marianense.

As instabilidades que assombravam aquele momento, não apenas no meio eclesiástico, mas em todos os setores, contudo não prejudicaram o ministério do novo arcebispo de Mariana. E quando tentaram impor-lhe alguma pecha que não condizia com sua conduta, logo se via nele o lídimo sucessor dos Apóstolos, primando pela missão de conduzir sua Igreja Particular à unidade com a Igreja Católica, constituindo um só rebanho e um só pastor a caminho da Jerusalém Celeste.

Exerceu especial zelo na reorganização dos seminários e fomentou a Obra das Vocações Sacerdotais. Preparou a criação de duas dioceses sufragâneas e erigiu novas paróquias. Construiu um novo prédio para o Seminário Menor, escolas, faculdades e hospitais. Na Sé, reuniu os restos mortais dos bispos de Mariana na cripta que fez construir no subsolo do templo e conseguiu a restauração do bicentenário órgão de tubos. Não se descurou da formação do clero. Nas visitas pastorais, nos retiros anuais, reuniões das foranias, bem como pelos temas abordados semanalmente em seus artigos em “O Arquidiocesano”, traçava sempre as linhas-mestras para o constante aperfeiçoamento de seu presbitério, atentando-o da missão do sacerdote no mundo hodierno e das atualizações necessárias, consonantes com as orientações pós-conciliares.

Dom Oscar destacou-se, também, no cuidado para com o acervo histórico da arquidiocese, alertando sobre sua importância e orientando sobre a sua preservação. Abriu museus, organizou o arquivo eclesiástico, reunindo na Cúria os livros de registros paroquiais, evitando que desaparecessem. Teve atenção para com os veículos de comunicação, reconhecendo-os como valiosos auxiliares no processo de evangelização, através da Rádio Difusora de Congonhas e do jornal “O Arquidiocesano”, fundando a Gráfica Dom Viçoso, que também comemora seus 50 anos em 2009.

Escritor apreciado e sensível poeta, publicou diversos livros, além de artigos em jornais e revistas. Foi recebido pela Academia Mineira de Letras e pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto Histórico de Minas Gerais e de São Paulo, além de outras instituições congêneres.

Cumprindo a uma disposição canônica, Dom Oscar renunciou ao governo da arquidiocese, ao completar 75 anos de idade, sendo substituído por Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, que tomou posse a 28 de maio de 1988. Dom Oscar retirou-se para sua terra natal, Entre Rios de Minas, onde faleceu a 24 de fevereiro de 1997.

“Et erit in pace memória ejus”. Na cripta da Sé Catedral de Mariana descansam os restos mortais de Dom Oscar de Oliveira, à espera da feliz ressurreição no Senhor. Seu nome, no entanto, pompeia rutilante na lembrança de tantos que o evocam como lídimo pastor, dedicado cura das almas, cultor do belo, mecenas das artes, glória fúlgida do episcopado brasileiro “cuja memória permanecerá em paz” pelos séculos futuros, pelo bem que fez neste mundo.

Bento XVI orienta como educar os filhos na fé e na vida

                                                                        
Bento XVI presidiu na Capela Sistina, na manhã deste domingo, 8 de janeiro, uma solene liturgia, durante a qual administrou o Sacramento do batismo a 16 bebês. Esta tradicional cerimônia comemora o dia do Batismo do Senhor e representa a última celebração do Natal.
Como o vem fazendo desde 2008, o Pontífice proferiu a sua homilia de um trono disposto em uma das paredes laterais da capela, a fim de – como explica o Vaticano –não cobrir os frescos do “Juízo Final” do gênio renascentista Michelangelo Buonarroti.
No início da celebração, o Papa se dirigiu diretamente às mães e pais, dando-lhes as boas-vindas: “Recebo com alegria, em nome da grande família, que é a Igreja, estas crianças tão queridas” – disse. Em seguida, como previsto no rito, pediu aos pais que dissessem o nome das crianças e fez o sinal da cruz na testa de cada um dos bebês.
Após as leituras, na homilia, Bento XVI destacou que “educar é tarefa exigente, difícil, árdua para as nossas capacidades; mas torna-se uma missão maravilhosa, se cumprida em colaboração com Deus, o primeiro e verdadeiro educador”.
Inspirado na primeira Leitura, uma passagem de Isaías, o Papa disse que “Deus quer nos dar coisas boas para beber e comer, coisas que nos fazem bem; mas às vezes, nós usamos mal nossos recursos, os utilizamos em coisas que não servem ou que são até mesmo nocivas. Deus quer-nos dar, sobretudo, a Si mesmo”.
Nesta perspectiva – recordou o Pontífice – as verdadeiras nascentes são “a Palavra de Deus e os Sacramentos. Os adultos são os primeiros a dever se alimentar nestas fontes, para poder orientar os mais jovens em seu crescimento. Os pais devem dar muito, mas poder dar, precisam, por sua vez, receber, caso contrário, se esvaziam, se esgotam”.
“Os pais não são a fonte, como também nós sacerdotes não somos a fonte: somos como canais através dos quais deve passar a seiva vital do amor de Deus”.
Evocando o Evangelho, Bento XVI chamou a atenção para a figura de João Batista, “grande educador dos seus discípulos porque os conduziu ao encontro com Jesus, de quem deu testemunho. Não se exaltou, nem quis ter os discípulos presos a ele”.
“O verdadeiro educador não prende as pessoas a si mesmo, não é possessivo. Quer que o filho, ou o discípulo, aprenda a conhecer a verdade e estabeleça com esta uma relação pessoal”.
Enfim, referindo-se à segunda Leitura, da I Carta de São João, o Papa citou que saber que é o Espírito Santo, o Espírito de Deus, que dá testemunho de Jesus, Cristo, Filho de Deus, é de grande conforto na tarefa de educar na fé, para sabermos que não estamos sós e que o nosso testemunho é sustentado pela fé. E lembrou o valor da oração:
“È muito importante para vós pais, e também para os padrinhos e madrinhas, crer fortemente na presença e na ação do Espírito Santo, invocá-lo e acolhe-lo em vós, mediante a oração e os Sacramentos. A oração e os Sacramentos nos oferecem aquela luz de verdade graças à qual podemos ser ao mesmo tempo suaves e fortes, usar doçura e firmeza, calar e falar no momento certo, chamar a atenção e corrigir de modo justo”.
Nova fonte batismal
Na cerimônia de batismo presidida pelo Papa na manhã deste domingo, a Capela Sistina exibiu uma nova fonte batismal preparada especialmente pelo Departamento de Celebrações Litúrgicas. A escultura representa uma árvore com raízes afundadas na rocha e em meio às suas folhas, vê-se o nascer do sol. Uma pedra proveniente da área do Rio Jordão, doada pela Terra Santa, foi encastoada na nova fonte batismal confeccionada em bronze, e as duas semi-esferas que retratam o sol têm forma de concha.
Os autores da obra são o teólogo Padre Salvatore Vitiello e o arquiteto Alberto Cicerone.

No Ângelus, Papa recorda que ao sermos filhos, somos todos irmãos
Após celebrar a missa do Batismo do Senhor na Capela Sistina, o Pontífice se deslocou ao balcão de seu escritório de trabalho para rezar a oração do Angelus com os milhares de fiéis que o aguardavam na Praça São Pedro.
Neste domingo, Bento XVI propôs aos presentes uma reflexão sobre o nosso ‘ser filhos de Deus’ partindo do nosso ser ‘simplesmente filhos’, uma condição que é comum a todos nós.
“Ninguém nos pergunta antes se queremos ou não nascer, mas durante a vida, podemos desenvolver uma atitude livre em relação à vida, vivendo-a como um dom e em certo sentido, ‘transformando-nos em filhos’. Este momento marca o amadurecimento pessoal nosso e no relacionamento com nossos pais, a quem passamos a ser ‘agradecidos’. É uma passagem que nos torna capazes de ser pais – não biológica, mas moralmente”.
Per explicar a paternidade de Deus, o Papa disse aos 40 mil fiéis na Praça que "assim como de nossos pais, somos também todos filhos de Deus, amados e queridos por Ele; e que também neste relacionamento podemos ‘renascer’, isto é, transformamo-nos naquilo que somos. Isto ocorre mediante um “sim” profundo com o qual se acolhe a vida como um dom do Pai, um Genitor que não se vê mas no qual se crê; Pai imensamente bom e fiel de todos os irmãos da humanidade".
Bento XVI encerrou a sua reflexão explicando que a fé em Deus Pai se baseia em Jesus Cristo, cuja pessoa e história nos revelam o Pai.
Após rezar a oração mariana, o Papa fez saudações em francês, inglês, alemão, polonês, italiano e espanhol.
“Celebramos hoje a festa do batismo do Senhor no Rio Jordão, na qual se revela o mistério do novo batismo da água e do Espírito. Peço-lhes que se recordem do dia em que fomos iluminados sacramentalmente em Cristo e começamos nossa existência como filhos de Deus. Que aquele compromisso e a fé que proclamamos não deixem de ressoar em nossos corações e em nossas vozes” – disse em espanhol.
Antes de deixar os fiéis, o Papa concedeu a todos a sua bênção.

Santa Sé dá indicações sobre o Ano da Fé

                                                                           
Nesta quinta-feira, 5, a Santa Sé divulgou um comunicado que antecipa o conteúdo da nota que dará indicações sobre o Ano da Fé. Instituído pelo papa Bento XVI por meio da Carta Apostólica Porta Fidei, o Ano da Fé terá inicio no dia 11 de outubro desse ano e terminará no dia 24 de novembro de 2013.
O comunicado lembra ainda que o Ano da Fé coincide com o 50º aniversário do Concilio Vaticano II, que a partir da luz de Cristo quis aprofundar a íntima natureza da Igreja e o seu relacionamento com o mundo contemporâneo. Depois do Concílio, a Igreja se empenhou na recepção e aplicação do seu rico ensinamento, em continuidade com toda a tradição, sob a orientação segura do Magistério.
“Para facilitar a execução adequada do Concílio, os Sumos Pontífices convocaram várias vezes o Sínodo dos Bispos propondo à Igreja orientações claras por meio de diversas Exortações apostólicas pós-sinodais. A próxima Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, no próximo mês de outubro, terá como tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, esclareceu o comunicado da Santa Sé.
Em sua introdução, a nota confirma que “o Ano da fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, a fim que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado, capazes de indicar a tantas pessoas que buscam a porta da fé”.
O texto enfatizou também que durante o Ano da Fé o papa deseja colocar em foco o encontro com Jesus e a beleza da fé Nele.
“Com a promulgação de tal Ano, o Santo Padre tem a intenção de colocar ao centro das atenções eclesiais aquilo que, desde o início de seu Pontificado, lhe está mais ao coração: o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé Nele. Por outro lado, a Igreja está bem ciente dos problemas que hoje a fé deve enfrentar e sente quanto é atual a pergunta que Jesus mesmo fez: ‘Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?’ (Lc 18, 8), destacou o comunicado.
A nota com as indicações para o Ano da Fé será divulgada no próximo sábado, 7, e será composta por uma introdução e algumas indicações pastorais.
As indicações pastorais da nota terão a intenção de favorecer “seja o encontro com Cristo por meio de autênticos testemunhos de fé, seja o conhecimento sempre maior dos seus conteúdos”. O comunicado desta quinta-feira ressaltou que estas indicações pastorais, por sua vez, não pretendem excluir outras propostas que o “Espírito Santo quiser suscitar” entre os membros do clero e os fiéis nas várias partes do mundo.
Secretaria especial e site para o Ano da Fé
“Junto ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização será instituída uma especial Secretaria para o Ano da Fé para coordenar as diversas iniciativas propostas pelos vários Dicastérios da Santa Sé ou qualquer evento de relevância para a Igreja”. O comunicado esclareceu ainda que esta secretaria “poderá também sugerir propostas para o Ano da Fé” e disporá de “um site especial a fim de oferecer cada informação útil” sob esse aspecto.
Por fim, a Santa Sé salientou também que as indicações oferecidas na nota têm o objetivo de convidar cada membro da Igreja a empenhar-se no Ano da Fé para redescobrir e “dividir aquilo que o cristão tem de mais precioso: Cristo Jesus, Redentor do homem, Rei do Universo, ‘autor e consumador da fé’ (Heb. 12: 2)”.