Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

quinta-feira, 29 de março de 2012

Celebrado Setenário das Dores em Mariana


Com fé e piedade, ao som da música harmoniosa do coro Mestre Vicente, na Catedral de Mariana, os fiéis celebraram o Setenário das Dores de Nossa Senhora, de 24 a 30 de abril.
Todos os dias os fiéis lotaram a Catedral, participando assiduamente das cerimônias. O Setenário foi presidido pelo pároco da paróquia Nossa Senhora da Assunção, padre Nédson Pereira de Assis, e pelo vigário paroquial, padre Geraldo Buziani, sendo cada dia a pregação à cargo dos seminaristas.




segunda-feira, 26 de março de 2012

Semana Santa em Mariana-MG

                                                                   
Celebrando a Semana Santa refletimos sobre o mistério redentor do Filho de Deus. Vivamos com intensidade este tempo favorável oferecido pela Liturgia para a renovação de um compromisso com a Igreja, e com a vida humana. Confira a programação completa da Semana Santa de Mariana 2012.
Programação
Confissões:
Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Cabanas)
- Dia 20 de março 18:00h às 21:30h
- Dia 04 de abril 08:00h às 11;30h
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
- Dia 22 de março 18:00h às 21:30h
Matriz do Sagrado Coração de Jesus(Bairro Colina)
- Dia 23 de março 18:00h às 21:30h
- Dia 27 de março 14:00h às 16:30h
- Dia 03 de abril 14:00h às 16:30h
Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção
- Dia 22 de março 18:00h às 21:30h
- Dias 26 a 29 de março após a celebração das 06:30h e de 18:30h às 20:30h
Santuário de Nossa Senhora do Carmo
- Dias 02 de abril à 05 de abril 08:00h às 11:30h
Setenário das Dores
Primeira dor
“ Professia de Simeão” – Lc. 02, 25-35
Dia 23 de março: Gruta de São Judas (Bairro São Cristóvão)
Dia 24 de março: Catedral Metropolitana
Segunda dor
“Fuga para o Egito” – Mt. 12,13-14
Dia 24 de março: Escola Dom Luciano Mendes de Almeida (Bairro Santa Ifigênia)
Dia 25 de março: Catedral Metropolitana
Terceira dor
”Perda do Menino Jesus no Templo” – Lc. 02, 41-48
Dia 25 de março: Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Bairro Rosário)
Dia 26 de março: Catedral Metropolitana
Quarta dor
“Encontro com Jesus no caminho do Calvário” – Lc. 23,26-29
Dia 26 de março: Capela de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Canela)
Dia 27 de março: Catedral Metropolitana
Quinta dor
“A morte de Jesus na cruz” – Jo. 19, 28-30
Dia 27 de março: Matriz do Sagrado Coração de Jesus (Bairro Colina)
Dia 28 de março: Catedral Metropolitana
Sexta dor
“Maria recebe o corpo de Cristo morto em seus braços” – Lc. 23,50-53
Dia 28 de março: Igreja de Santa Cruz (Bairro Barro Preto)
Dia 29 de março: Catedral Metropolitana
Sétima dor
“O corpo de Cristo é colocado na sepultura” – Mc. 15,46
Dia 29 de março: Capela de Nossa Senhora das Graças (Bairro Jardim Inconfidentes)
Dia 30 de março: Catedral Metropolitana
Após a celebração, procissão do depósito da imagem de Nossa Senhora das Dores para a capela de São Vicente.
Missa do Crisma e da Unidade
Dia 31 de março – Sábado
10:00h – Celebração Eucarística presidida pelo Sr. Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha e concelebrada pelos Padres da Arquidiocese na Catedral Metropolitana.
19:00h – Via Sacra da Catedral para a Igreja de São Pedro.
Semana Santa
Dia 01 de abril – Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
Dia Nacional da Coleta da CAMPANHA DA FRATERNIDADE
“Partilhar, é antes de tudo ofertar um pouco de si mesmo, aos irmãos e irmãs!
07:00h – Celebração Eucarística na Catedral e na Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Cabanas)
08:00h – Bênção e distribuição de ramos na Igreja de Santa Cruz (Bairro Barro Preto), procissão para a Matriz do Sagrado Coração de Jesus. Celebração Eucarística.
10:00h – Celebração Eucarística na Catedral.
18:00h – Bênção e distribuição de ramos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário.Procissão para a Praça da Sé. Celebração Eucarística presidida pelo Sr. Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha.
Dia 02 de abril – Segunda-feira Santa
06:00h – Oração do Oficio Divino na Catedral.
06:30h – Celebração Eucarística na Catedral e na Matriz do Sagrado
Coração de Jesus.
19:00h – Celebração Eucarística na Catedral. Trasladação da Imagem do Senhor dos Passos para a Igreja de N. Senhora do Rosário.
Sermão do Pretório pelo Padre Luiz Antônio Reis Costa.
Dia 03 de abril – Terça-feira Santa
06:00h – Oração do Oficio Divino na Catedral.
06:30h – Celebração Eucarística na Catedral e na Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
19:00h – Celebração Eucarística na Igreja de N. Senhora do Rosário e na Capela de São Vicente. Procissão do Encontro com a visitação dos passos da paixão e tradicional canto dos motetos.
Sermão do Encontro pelo Revmo. Pe. Valter Magno de Carvalho, na Praça Minas Gerais.
Dia 04 de abril – Quarta-feira Santa
06:00h – Oração do Oficio Divino na Catedral.
06:30h – Celebração Eucarística na Catedral e na Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
19:00h – Celebração Eucarística na Capela de N. Senhora da Boa Morte.
Em seguida, procissão de Nossa Senhora das Dores para a Catedral e Sermão da Soledade pelo Revmo. Monsenhor Celso Murilo dos Reis.
A seguir Oficio de Trevas.
19:00h – Via Sacra saindo da Igreja de Nossa Senhorado Rosário para a Comunidade de Santa Ifigênia.
19:00h – Via Sacra saindo da Igreja de Nossa Senhora Aparecida para a Comunidade Santa Clara.
Triduo Pascal
05 de abril – Quinta-feira Santa
06:00h – Oração do Ofício Divino na Catedral Missa da Ceia do Senhor e Adoração
“Neste dia a Igreja nos convida à partilha, ofertando alimentos que serão doados aos mais necessitados”.
18:00h – Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
19:00h – Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Cabanas).
20:30h – Matriz do Sagrado Coração de Jesus (Bairro Colina).
Catedral
19:00h – Concelebração Eucarística presidida pelo Sr. Arcebispo. Cerimônia de Lava-pés e sermão do Mandatum. Trasladação do Santíssimo e adoração até as 24:00h. Desnudação dos Altares
Dia 06 de abril – Sexta-feira Santa
“Dia de Jejum e abstinência de carne.”
06:00h – Via-Sacra saindo da Catedral para a Cartuxa de Dom Viçoso.
Via-Sacra saindo da Gruta de São Judas no Bairro São Cristóvão para a Capela de Nossa Senhora Aparecida no Bairro Canela.
09:00h – Ofício de Trevas na Catedral Metropolitana, presidido pelo Sr. Arcebispo com a presença das
Irmandades e Ordem Terceira Franciscana.
15:00h – Solene Ação Litúrgica:
Paróquia Sagrado Coração de Jesus:
- Matriz do Sagrado Coração de Jesus (Colina)
- Capela de Santa Cruz (Barro Preto)
- Capela de Nossa Senhora Aparecida (Canela)
- Capela de Nossa Senhora das Graças (J. Inconfidentes)
- Capela de São Francisco (Maquiné)
- Igreja de Nossa Senhora. do Rosário (Rosário)
- Comunidade de Santa Ifigênia (Alto do Rosário)
- Gruta de São Judas (São Cristóvão)
- Comunidade de São Miguel (Fonte da Saudade).
Paróquia de Nossa Senhora da Assunção:
- Catedral Metropolitana – Presidida pelo Sr. Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha
- Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Cabanas)
- Capela de São José (cartucha)
- Capela de São Vicente (Chácara)
- Capela de Santo Antônio (Santo Antônio)
- Capela de São Gonçalo (São Gonçalo).
19:00h – Descendimento da Cruz na Praça Minas Gerais e
procissão do Senhor Morto para a Catedral.
Sermão do Descendimento pelo
Revmo. Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Páscoa da Ressurreição
Dia 07 de abril – Sábado Santo
09:00h – Ofício de trevas na Catedral com a participação das Irmandades e Ordem Terceira.
Solene Vigília
18:00h – Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Bairro Rosário).
19:00h – Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Cabanas).
20:00h – Catedral Metropolitana presidida pelo sr. Arcebispo.
22:00h – Matriz do Sagrado Coração de Jesus (Bairro Colina).
Dia 08 de abril – Domingo da Ressurreição
Celebrações de Páscoa
07:00h – Catedral Metropolitana.
08:00h – Igrejas de Nossa Senhora do Rosário ( Bairro Rosário) e de Nossa Senhora Aparecida (Bairro Cabanas).
10:00h – Catedral Metropolitana e Matriz do Sagrado Coração de Jesus (Bairro Colina).
17:00h – Celebração Eucarística, presidida pelo Sr. Arcebispo, na Praça dos Ferroviários
e procissão da Ressurreição para a Catedral Metropolitana
Sacerdotes Presentes
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Monsenhor Celso Murilo Souza Reis
Vigário Geral da Arquidiocese
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Vigário Paroquial da Paróquia Santa Rita de Cássia em Viçosa
Padre Lauro Sergio Versiani Barbosa
Vigário Paroquial da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus e Reitor do Seminário
Arquidiocesano São José
Padre Valter Magno de Carvalho
Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção em Barbacena e Vigário Episcopal da
Região Mariana Sul.
Padre Geraldo Dias Buziani
Vigário Paroquial da Catedral de Mariana
Pe. José Carlos dos Santos
Vigário paroquial da Catedral e Reitor do Santuário de Nossa Senhora do Carmo
Padre Marco Antônio Mappa
Vigário Paroquial da Paróquia da Catedral de Mariana
Padre Braulio Sergio Mendes
Vigário Paroquial da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus
Padre Luiz Antônio Reis Costa
Administrador paroquial da Paróquia de Bom Jesus do Monte em Furquim e Diretor
Espiritual do Seminário São José.
Diácono Vicente de Paula Sampaio Lima
Auxiliar da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus
Agradecimentos
Às pastorais, Movimentos, Irmandades e Ministérios de Canto das paróquias da cidade.
Às Corporações Musicais: XV de Novembro, São Vicente e XVI de Julho.
À Polícia Civil e Militar.
Ao Museu Arquidiocesano de Arte Sacra.
Ao Seminário São José da Arquidiocese de Mariana.
Roteiro das Procissões
Dia 30 de março: Procissão do depósito de Nossa Senhora das Dores.
- Praça da Sé, Rua Frei Durão, Rua Dom Viçõso, Rua Cônego Amando, Rua Dom João V e Praça São Vicente.
Dia 01 de abril: Procissão de Ramos.
- Praça do Rosário, Rua Monsenhor Horta, Rua Alphonsus de Guimarães, Rua Direita e Praça da Sé.
Dia 02 de abril: Procissão do depósito de Nosso Senhor dos Passos.
- Praça da Sé, Rua Direita, Rua Alphonsus de Guimarães, Rua Teófilo Otoni, Rua Monsenhor Horta e Praça do Rosário.
Dia 03 de abril: Procissão do Encontro.
- Nosso Senhor dos Passos: Praça do Rosário, Rua Monsenhor Horta, Rua Teófilo Otoni, Rua Alphonsus de Guimarães, Rua Direita, Ladeira Valdemar Moura Santos e Praça Minas Gerais.
- Nossa Senhora das Dores: Praça São Vicente, Rua Cônego Amando, Rua Dom Viçoso, Praça Gomes Freire e Praça Minas Gerais.
- Procissão do Calvário: Rua Dom Silvério, Rua das Mercês, Rua Dom Viçoso, Praça Gomes Freire, Rua Frei Durão e Praça da Sé.
Dia 04 de abril: Procissão da Soledade.
- Capela Nossa Senhora da Boa Morte, Rua do Seminário, Rua Dom Viçoso, Praça Gomes Freire, Rua Frei Durão e Praça da Sé.
Dia 06 de abril; Procissão de Nosso Senhor Morto.
- Praça Minas Gerais, Rua Dom Silvério, Rua das Mercês, Rua Dom Viçoso, Praça Gomes Freire, Rua Frei Durão e Praça da Sé.
Dia 08 de abril: Procissão da Ressurreição.
- Praça dos Ferroviários, Rua Santa Cruz, Avenida Manoel Leandro Correa, Avenida Getúlio Vargas, Praça Tancredo Neves, Rua Josafá Macedo, Rua
Direita e Praça da Sé.
“Pedimos aos moradores que enfeitem as sacadas e janelas das ruas por onde passarão as procissões.”
Observações:
- As celebrações serão organizadas pelas equipes de liturgia, tendo como animadores os Grupos de canto das paróquias e corais da cidade.
- Sua doação para a Campanha da Fraternidade poderá ser ofertada no último Domingo da quaresma ou no Domingo de
Ramos.
- Faça sua confissão e participe ativamente das celebrações do Setenário das Dores e da Semana Santa.
- Pedimos aos que se prepararem para o sacramento da confissão que não deixem para quinta-feira e sexta-feira santa podendo haver acúmulo de pessoas, impossibilitando o
atendimento a todos.
- Durante as celebrações e procissões pedimos que seja favorecido o clima de recolhimento e oração.
Realização:
- Paróquia de Nossa Senhora da Assunção
- Paróquia do Sagrado Coração de Jesus
Apoio:
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
Visto:
Dom Geraldo Lyrio Rocha – Arcebispo de Mariana
Pe. Nedson Pereira de Assis – Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da
Assunção
Pe. Luiz Cláudio Vieira – Pároco da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus
26 março, 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Subsídio Liturgia da Palavra

                                                             
Com o intuito de cumprir o planejamento de formação junto às regiões e paróquias, a Comissão Arquidiocesana de Liturgia já está disponibilizando o subsídio de formação litúrgica, com o título: “A Palavra de Deus na Liturgia” – Vol. 1, o qual tem como objetivo oferecer sólida formação sobre a Liturgia da Palavra e formar e aperfeiçoar atuais e futuros leitores e ministros extraordinários da Palavra. Tal subsídio já está à disposição das paróquias nos Centros Regionais.
Os destinatários deste material, segundo membros da Comissão, são as equipes de liturgia paroquiais, bem como todas as pessoas que, nas comunidades, exercem o ministério de leitor ou salmista, e também para as pessoas que se encaminham para assumir este ministério em sua comunidade.
Este primeiro volume é composto de seis capítulos que podem ser estudados mensalmente, na reunião paroquial de liturgia, bem como nas comunidades e também nas reuniões mensais onde já existe o ministério da Palavra, ou onde se pretende estabelecê-lo. No segundo semestre, será lançado o Volume 2, completando as reflexões sobre a Liturgia da Palavra. O coordenador da Comissão, padre Geraldo Dias Buziani, conta que serão tratados neste primeiro volume questões como noções sobre a Liturgia da Igreja; a compreensão da Revelação de Deus, que passa pela Escritura Sagrada; o sentido teológico-litúrgico da proclamação da Palavra de Deus na Liturgia; orientações litúrgicas relacionadas à Liturgia da Palavra e orientações para proclamar bem a Palavra (postura do corpo, impostação de voz, espiritualidade, uso do microfone etc.).
“Tal subsídio enriquecerá as reuniões paroquiais de Liturgia e estabelecerá uma unidade no trabalho de formação”, garante padre Buziani. “Os temas estudados neste subsídio serão trabalhados também nos encontros regionais e arquidiocesanos. Por isso, a equipe arquidiocesana de liturgia incentiva a todos que possam participar desses encontros, conforme a agenda de cada Região. Não basta adquirir o livrinho, é preciso estudá-lo”, destaca.

segunda-feira, 12 de março de 2012

4º Domingo da Quaresma – Ano B – 18/03/2012

“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações.” (Is 66, 10s)
Estamos vivendo um momento de aproximação do teatro da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este é o domingo LAETERE, ou seja, o domingo em que os paramentos podem ser róseos. Por isso, todos nós somos convidados a restaurar nossas vidas em Cristo Senhor.
Na Quaresma, a liturgia relaciona a caminhada de Israel com a revelação em Cristo e a nossa salvação pela fé, professada no Batismo. Por isso, pela recepção do Batismo o fiel é convidado a formar uma comunidade de luz e de misericórdia.
A primeira leitura – (2Cr 36,14-16.19-23) Deus encarregou Ciro de reconstruir o Templo. O final de 2Cr esboça uma teologia da história de Israel – que findou, pelo Exílio, em 587 aC. O Cronista pensa como Jeremias e Ezequiel: Deus advertiu bastante, pela boca dos profetas, mas Israel não obedeceu e os reis quiseram fazer a sua própria vontade: por isso veio o Juízo: a destruição de Jerusalém e o exílio de sua elite. Mas a última palavra de Deus é de misericórdia: como ele fez destruir, assim, também faz reconstruir. Para isso, usa-se do vencedor dos babilônios: Ciro, o persa. Deus castiga mas não para destruir, mas para renovar o homem.

Caros fiéis,
O trecho que relaciona o episódio referente a Israel, narrado neste domingo, à primeira vista não parece ilustrar o Evangelho. Contudo, é bom que se observe que a liturgia de hoje apareça atravessada de um fio homogêneo: a passagem da morte à vida, das trevas à luz, do pecado à reconciliação, do pecado à graça santificante. Israel estava morto, a terra e a cidade estavam destruídos. E, pior do que tudo isso, o povo hebreu estava exilado. Mas, Deus fez o povo hebreu reviver, levando-o de volta. E isso, sem mérito da parte daquele Povo, mas pelo intermédio de um pagão, o rei Ciro, conforme relata a primeira leitura, que se apresenta a si mesmo como encarregado de Javé para realizar esta obra.
Na mesma linha de entendimento, a segunda leitura fala de nossa revivificação com Cristo, numa terminologia eminentemente batismal. Acentua fortemente a gratuidade desse agir de Nosso Deus. Não foi por nossos méritos, mas porque Deus assim o quis, em sua grande e insondável misericórdia. O que não quer dizer que não precisamos fazer nada. Não somos salvos pelas obras, mas para as obras, para as obras boas que Deus nos preparou em sua eterna providência. A Carta aos Efésios(Ef 2,4-10) apresenta Deus que restaurou a nossa vida em Cristo. Todos os homens afastaram-se de Deus e estão mais perto da morte do que da vida. A isso responde o texto deste domingo: Deus nos corressuscitou em Cristo e nos deu um lugar na sua vida. Morto mesmo é quem está entregue ao seu egoísmo; para reviver, precisa de amor que seja maior do que o seu fechamento à riqueza da graça, que Deus nos demonstra em Jesus Cristo. Esta maravilha do amor deve manifestar-se, também, na vida dos que assim são renovados: devem realizar a caridade que Deus desde sempre sonhou para eles.
Irmãos e irmãs,
Da morte de Jesus nasce a vida. Por isso, celebramos este domingo que é chamado de Domingo da Alegria, conforme canta a antífona da entrada: “Alegra-te, Jerusalém! Exultai e alegrai-vos, vós todos que estáveis tristes!”. É o domingo do amor de Deus, do amor narrado – primeira leitura retirada do Livro das Crônicas -; do amor anunciado – segunda leitura; e do amor plenamente revelado na pessoa de Jesus Cristo – Evangelho. Um amor surpreendente e único de Jesus que assume a condição humana, inclusive a morte. Da morte de Jesus, porém, nasce a vida, a vida eterna. Da maldição da cruz brota a graça salvadora para as criaturas.
Nicodemos era fariseu, magistrado e membro do Sinédrio. Foi um dos poucos da classe dominante a reconhecer que na pessoa de Jesus havia alguma coisa a mais que profeta. Mas se manteve sempre com discrição, tanto que foi procurar Jesus pela noite, ou seja, às escondidas. Foi Nicodemos quem teve a oportunidade para defender Jesus, estando presente e agindo com desenvoltura no sepultamento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Caríssimos irmãos,
Deus amou o mundo, assim anuncia o Evangelista João (cf. Jo 3,14-21). Mundo significa o universo e as criaturas criadas. Mundo pode significar a humanidade invadida pelo mal, que não quer receber a doutrina salvadora de Jesus, que se opõe ao Reino de Deus, especialmente nos grandes momentos da paixão, morte e ressurreição. Por isso, Jesus anunciou: “Coragem, eu venci o mundo!” (Jo 16,33).
É, pois, necessário fazer uma transposição de mundo para o sentido da liturgia de hoje: “Deus amou o mundo” (Jo 3, 16a). Esse amor de Deus mistura dois sentidos: o de enviar o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. O mundo é englobado por tudo: pecadores, ovelhas desgarradas, corações transviados, os Zaqueus, os Dimas, as Madalenas, os Judas. A condição para todos é a mesma: crer que no nome do Filho único de Deus.
Crer é ter a experiência de Cristo, como temos do alimento, da alegria, das cores. Crer implica entrar em contacto com o Mistério da Salvação. É preciso estar em comum união com Cristo, o que implica falar, agir, viver, conviver com o mistério da Cruz, que é escândalo para uns, loucura para outros, e poder e sabedoria de Deus para os cristãos verdadeiros, porque enquanto o mundo gira a Cruz permanece de pé.
A cruz não é um incidente de percurso. A cruz está prevista e querida por Deus, ainda que espante o modo de pensar humano. Aqui reside a novidade da liturgia de hoje: na Páscoa podemos vestir as vestes da luz, da salvação, da comunhão com Deus, sob a condição de ser levantado com o Cristo na cruz.
A salvação que vem da Cruz é certa. Cristo não mente. Não será por acaso que, no momento em que se fala da salvação que vem da Cruz, menciona-se a palavra “verdade” e a palavra “luz”. Quem age conforme a verdade, se aproxima da luz. João aproxima no seu Evangelho a verdade da luz. Luz, com um sentido maior que claridade, significa presença de Deus e o estado em que se encontram os que foram redimidos por Jesus. São Paulo diz que os cristãos são filhos da luz, isto é, vivem envolvidos por Deus.
Jesus se identificou com a verdade e é um único caminho da verdade e da vida. Agir conforme a verdade significa pautar o pensamento, o sentimento e a ação no modo de agir, sentir e pensar de Jesus. Como São Francisco, que fez da verdade um critério básico do seguimento de Cristo, iluminando sua vida e seu agir, podemos seguir o que nos ensinou Pio XI a respeito do pobre frade de Assis: “um quase Cristo redivivo”.
Meus irmãos,
Como batizados, podemos nos perguntar: participamos da comunidade? Nossa comunidade reflete a luz de Cristo? Nosso mundo é um pouco melhor porque nossa comunidade existe?
No momento em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil nos propõe um tema específico para meditação durante a Quaresma, por meio da Campanha da Fraternidade, busquemos nos identificar com tão salutar proposta e posicionemo-nos em defesa da dignidade humana, contra todas as formas de violência, construindo um mundo de paz. Isso porque cremos em Cristo e crer nEle significa segui-Lo. Crer em Cristo significa amá-Lo. Crer em Cristo significa viver nEle e por Ele em Deus.
Aproximamo-nos da grande Festa da Páscoa. Por isso, somos chamados à alegria de uma estreita preparação para esta festa da misericórdia, da redenção, do amor. Não há lugar para a tristeza onde o amor está vencendo. A certeza do amor de Deus nos enche de consolação e nos afasta de qualquer atitude de desesperança e de tristeza.
Apesar de nossas contínuas infidelidades, Deus, misericordioso e sempre fiel à sua aliança, incansavelmente nos chama à obediência filial e à reconciliação. Que Deus nos ajude e nos ilumine a perceber os sinais de amor presente na vida quotidiana, porque da morte gloriosa de Cristo nasceu a vida plena.
Caríssimos irmãos,
Nesta ocasião especial de uma experiência mística especial, em que a liturgia nos propõe a meditação da misericórdia de Deus que sempre se nos derrama como bálsamo em nossas chagas, abertas pelo pecado, as rosas deste domingo, no prenúncio da primavera (lembrando que estamos às vésperas da estação das flores nos trópicos), nos antecipa, por meio da Santa Igreja e, mais ainda, da participação à Sagrada Eucaristia, o gozo eterno que desfrutaremos no céu.
Na Antigüidade cristã, este Domingo era chamado Dia das Rosas, pois os cristãos se presenteavam mutuamente com as primeiras rosas da primavera. No século X, entrou na liturgia deste dia a singular Bênção da Rosa, sendo que em Roma a rosa passou a ser de ouro. O Papa ia à Basílica estacional de Santa Cruz de Jerusalém, levando na mão uma rosa de ouro que significava a alegria pela proximidade da Páscoa e, regressando, presenteava com ela o prefeito de Roma.
Dessa solenidade derivou o costume, ainda hoje em vigor, do Soberano Pontífice benzer neste dia uma rosa de ouro e a oferecer a uma pessoa, a uma igreja ou a uma instituição, em sinal de particular atenção. No Brasil há três rosas de ouro: uma que foi ofertada à Princesa Isabel, em 1888, pelo papa Leão XIII, pela abolição da escravatura; uma outra oferecidas à Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em 1966, pelo papa Paulo VI, devido à monumentalidade de sua edificação; e o papa Bento XVI, em visita àquele Santuário Nacional, em 2007, ofereceu a simbólica rosa de ouro à Senhora Aparecida.
Neste dia, a Santa Igreja faz como que uma pausa na penitência quaresmal e demonstra alegria pelo toque do órgão, pelos ornamentos dos altares e pela cor rósea dos paramentos. Toda a missa respira alegria e júbilo pela grande festa que se aproxima.
Vivendo esse momento especial da liturgia, procederemos, após o Ofertório da Missa, a bênção das rosas. Na oração. Pediremos a Deus a graça de, ao experimentar a fragrância de tão belas rosas, sejamos reconciliados “no odor dos vossos ungüentos e, cheios de alegria e exaltando de fé, corramos ao encontro das festas que se aproximam”, a alegria pascal. Amém.
Pe. Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Diocese da Campanha - MG

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ordenação Diaconal

                                                     
A Catedral da Sé de Mariana recebe nesse sábado, 10 de março, os acólitos Leandro Ferreira Neves, Mauro Fonseca Silva e Sérgio José da Silva para a Celebração Eucarística na qual, pela oração consecratória e imposição das mãos de dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo metropolitano, serão ordenados diáconos para o serviço da Igreja.
A celebração será realizada às 10 horas, em Mariana.

CNBB publica nota pelo Dia Internacional da Mulher

Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, de 7 a 9 de março, saudamos todas as mulheres pela celebração do Dia Internacional da Mulher. Alegra-nos perceber que, cada dia mais, cresce a consciência da dignidade da mulher e de sua específica contribuição na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Esta data histórica nos convida, antes de tudo, a agradecer às mulheres por sua vocação e missão na Igreja e no mundo.
Servimo-nos, assim, da Carta às Mulheres, do Beato João Paulo II, para dizer nosso obrigado à mulher-mãe, que se faz ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única e que se torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz; à mulher-esposa, que une o seu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida; à mulher-filha e mulher-irmã, que levam ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da sua sensibilidade, intuição, generosidade e constância; à mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dá à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, à edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade; à mulher-consagrada, que se abre com docilidade e fidelidade ao amor de Deus; à mulher, pelo simples fato de ser mulher que, com a percepção que é própria da sua feminilidade, enriquece a compreensão do mundo e contribui para a verdade plena das relações humanas (cf. Carta às Mulheres. João Paulo II, 1995).
Nosso agradecimento se estende também às mulheres cuja presença e atuação marcam fortemente a vida da nossa Igreja. Sua vocação evangelizadora, vivida no exercício dos vários ministérios, é fundamental à Igreja no desempenho de sua missão de tornar presente entre nós o Reino de Deus.
O Dia Internacional da Mulher nos conclama, ainda, a aplaudir as mulheres por suas conquistas ao longo de uma história marcada pela discriminação e pelo preconceito. É cada vez mais forte sua presença na família, no mundo do trabalho, na ciência, na educação, na política, na Igreja e na sociedade. Somos testemunhas do papel decisivo da mulher no processo da redemocratização do País. Não sem razão, comemoramos em 2012 os 80 anos do voto feminino, uma conquista histórica.
Apesar dos grandes avanços obtidos pelas mulheres, o Dia 8 de março continua a ser uma data para recordar e denunciar as inúmeras situações de violação de seus direitos e de sua dignidade. Milhares delas são vitimas da discriminação, do desrespeito étnico-cultural, do tráfico para exploração sexual e laboral e de inúmeras outras formas de violência. Para muitas, o lar, lugar sagrado de proteção, converteu-se em espaço de dor e sofrimento. A Lei Maria da Penha é outra vitória das mulheres, que vem combater esta violência doméstica de que são vítimas.
Neste contexto, a CNBB reafirma o apelo do Documento de Aparecida: “É urgente escutar o clamor, muitas vezes silenciado, de mulheres que são submetidas a muitas maneiras de exclusão e violências em todas as suas formas e em todas as etapas de suas vidas” (Documento de Aparecida n. 454).
Que Maria, modelo de mulher, seja sempre inspiração para todas as mulheres na vivência de sua vocação ao amor e ao cuidado da vida, em todas as suas dimensões, lutando por uma sociedade igualitária, de fraternidade e de paz.
Brasília – DF, 8 de março de 2012
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 8 de março de 2012

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Deus quis precisar das mulheres
Um dos maiores dons que Deus concedeu à humanidade foi a capacidade da geração da vida humana. Deus nos fez participantes diretos no lindo processo de trazer ao mundo uma pessoa. E para que essa graça acontecesse, o Senhor mesmo quis precisar da mulher como uma integrante essencial desse processo vital do ser humano.



Desde a criação do mundo, as mulheres fazem parte desse processo de geração dos homens e mulheres que o próprio Deus Pai escolheu que viessem a nascer. Assim são inúmeros os argumentos que podemos apresentar para validar a importância delas. Aqui me ative ao valor da geração da vida, mas poderia construir uma lista gigantesca de dons manifestados ao mundo por meio das mulheres. Ainda destaco que essa fecundidade da mulher não se restringe ao útero, pois são inúmeros os filhos gerados também no coração.

Elas são parte integrante do projeto de salvação do Senhor. Assim precisam confiar em Deus porque, hoje, existe uma verdadeira guerra velada, uma conspiração contra elas, um grande esforço para desfigurar sua feminilidade. Deus quer que você, mulher, cuide-se muito bem, porque Ele quer precisar de você como precisou da Virgem Maria.

Você não pode dar “bobeira”, não pode “cair na cantadinha” do mundo. Deus precisa de você! Seus filhos, seu marido, sua família e toda a sociedade precisam de você. Fixe o seu coração em Deus, ponha a sua meta em Jesus. Você é muito mais do que o sal, a luz e o fermento, dos quais o Senhor falou. Por isso, não perca a sua qualidade de “sal”, “fermento” e, principalmente, de “luz” para este mundo.

Gostaria, a partir da Virgem Maria e das inúmeras mulheres da Bíblia, que foram instrumento de salvação para tantos, prestar essa simples e forte homenagem a todas as mulheres do mundo! Quero reconhecer a sua dignidade de mulher a partir da santidade da Virgem Maria. Que essa palavra se cumpra: “Bendita és entre as mulheres”, que Nossa Senhora seja como um modelo de vida para todas as mulheres e que elas possam, com a própria vida, bendizer a Mãe de Deus.

Reconheço, com alegria, que um grande número dos nossos sócios evangelizadores é do sexo feminino. Sem em nada desvalorizar os homens que são nossos sócios, gostaria muito de pedir licença para aqui deixar o meu agradecimento especial a todas as sócias e companheiras de evangelização.

A todas vocês: meu muito obrigado e que vocês tenham consciência de que sua sensibilidade e inteligência têm sido usadas por Deus para ser canal de sustento para toda nossa obra. Muito obrigado, porque você assumiu conosco essa missão! Quero terminar deixando para todas vocês a minha gratidão e minha bênção.

Deus as abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 7 de março de 2012

Cruz e Vitória

                                                                                                  
A vida tem começo, iter e chegada. O início depende de cuidados, de atenção e proteção, tudo dentro de um processo de amadurecimento. A caminhada pode ser longa, como também curta. Ela tem em vista uma chegada vitoriosa, fruto das dificuldades e cruzes enfrentadas com objetividade e muita coragem.

Na visão misteriosa de Jesus, o caminho da vitória e da glória é a cruz. Isto é uma ideia incompatível com as realidades, já de seu tempo, como também com a cultura atual. Apesar dos sofrimentos, que atingem grande parte das pessoas, o que se aspira é o “gozo”, a felicidade e vida tranquila. Querem dizer que o sofrimento é desumano.

Abraão foi convocado por Deus para sacrificar o seu único filho, Isaac. O patriarca foi experimentado em sua fé, como muitos outros em suas vidas. O importante é que a recompensa, para quem assume com maturidade, é certa. A vitória deve ser fruto de determinação e critério no enfrentamento.

A fé em Deus nos iguala, seja na morte, que veio por Adão, ou na vida, que vem de Cristo. Encaremos um caminho de sofrimentos e vitórias, de tristezas e alegrias, mas tudo deve ser com objetivos consistentes e claros. Ter sempre a certeza de que Deus é por nós e nos acolhe em sua vida.

Dentro da mística cristã, é fundamental saber quem é Jesus Cristo. Ele é aquele que diz: “Quem quiser seguir-me, pegue sua cruz” (Mc 8, 34). O fracasso da cruz é caminho de vitória. É como o fato da transfiguração que revela a realidade da ressurreição. Este é o grande pensamento da quaresma.

Ser discípulo é anunciar a cruz e seguir o Mestre sem carreirismo e disputa pelo poder, como estava na mente de alguns dos apóstolos, e na mente de muita gente hoje. É ter a “veste branca" da justiça e de comprometimento com a vida. Os fracassos aparentes são transformados em vitória. Isto não é tão fácil para ser entendido na prática, a não ser escutando a Palavra de Deus.

Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
www.bispado.org.br

terça-feira, 6 de março de 2012

Encontro de Formação para os Grupos de Reflexão





Sob a orientação do seminarista Antônio Adriano, aconteceu, na tarde deste domingo, dia 04 de março, o encontro de formação para os Grupos de Reflexão de nossa paróquia; com 63 pessoas, das diferentes comunidades, estavam presentes em nosso salão paroquial para refletir sobre a importância da verdadeira liderança cristã.

O encontro teve início com a meditação e reflexão do Evangelho de Marcos, capítulo 9, versículos de 33 a 37, que nos convida à humildade, à disponibilidade e ao serviço para com os nossos irmãos e irmãs. Feita as devidas considerações e partilhas, passamos a nos debruçar sobre o livro de Neemias e pudemos constatar algumas características essenciais na vida de uma liderança cristã. Sinteticamente destacamos sete características, a saber:

1ª – sua paixão pelo projeto. Paixão, visão, entusiasmo, ação e determinação são absolutamente essenciais para qualquer projeto. Neemias mal dormia de tanto ficar pensando nas dificuldades a enfrentar, e imaginando-se envolvido na realização do projeto.

2ª – sua habilidade para motivar os outros. De que vale a liderança se não puder motivar as pessoas à ação? Líderes como Neemias inspiram os outros a darem o melhor de si.

3ª – sua espiritualidade. O diário de Neemias está cheio de orações, constantemente lembrando o povo da presença e proteção de Deus.

4ª – sua firmeza e paciência ante a oposição. Neemias suportou tudo (sarcasmo, fofoca, ironia, ameaças e falsas acusações), recusando-se a permitir que isso o desviasse de seu ideal.

5ª – seu prático e equilibrado domínio da realidade. Neemias fez os trabalhadores persistirem diligentemente em suas tarefas, mas também colocou homens protegendo o muro caso ocorresse um ataque. Os bons líderes mantêm o equilíbrio necessário entre ser confiante e cauteloso.

6ª – estava disposto a trabalhar duro e permanecer altruísta. Neemias é o protótipo do líder servidor.

7ª – teve disciplina para terminar o serviço. Mesmo quando a tarefa perde o brilho, os bons líderes não procuram outro trabalho. Neemias registrou: “Acabou-se, pois, o muro... em cinqüenta e dois dias” Missão concluída!

Após analisarmos e comentarmos cada uma dessas características, confeccionamos uma carta que tinha como perguntas orientadoras:

1 – Quem me convidou para fazer parte dos Grupos de Reflexão?

2 – Quais são os motivos que me fizeram assumir este trabalho na comunidade?

3 – Além do próprio Deus, o que me dá forças para não desistir desta caminhada?

4 – Qual é a graça que ainda devo alcançar enquanto líder? (Limites)

5 – O que tenho a agradecer a Deus enquanto líder? (Alcances)

6 – Enquanto líder, o que gostaria de dizer à minha comunidade?

Feita a partilha da mesma, encerramos nosso encontro agradecendo a Deus pelos bons frutos da formação, uma vez que nosso principal objetivo (motivar os participantes a viver o verdadeiro espírito da liderança cristã) foi alcançado. No final, houve uma partilha de lanches, a exemplo das primeiras comunidades cristãs que tinham tudo em comum. 

14 de Março: Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida

 
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) convoca todas as entidades, organizações, pastorais, redes, ativistas e movimentos sociais a inserirem-se e nos ajudarem a realizar as mobilizações que marcarão o Dia Internacional de Lutas Contra as Barragens, pelos rios, pela água e pela vida, na jornada do 14 de março. Nesta data, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético que, historicamente, tem causado graves consequências sociais, econômicas, culturais e ambientais. Segundo o relatório da Comissão Mundial de Barragens (órgão ligado à ONU), no mundo, cerca de 80 milhões de pessoas foram atingidas direta ou indiretamente pela construção de usinas hidrelétricas.
Os últimos anos foram marcados pelo avanço das grandes empresas nacionais e estrangeiras no controle das riquezas naturais e minerais, da água, das sementes, dos alimentos, do petróleo e da energia elétrica. Todos estes bens tornam-se mercadorias e são explorados pelos setores da indústria que se abastecem com o alto consumo de energia. Para o MAB é necessário construir um novo modelo de desenvolvimento, centrado na busca de condições dignas de vida para a classe trabalhadora.
Movimentos de resistência contra este modelo se fortalecem e agora, mais do que nunca, faz-se necessária a realização de grandes jornadas de lutas que deverão ir para além do 14 de março, devem avançar para a Rio + 20, que acontece em junho no Rio de Janeiro, e para combater todas as estruturas injustas desta sociedade. Em se tratando do modelo energético, a crise nas atividades econômicas abrem a possibilidade de discutir uma reestruturação profunda, que parta das necessidades reais de superação das contradições do atual modelo e que carregue os princípios da soberania energética a partir de um projeto popular.
Cada vez mais nosso compromisso é de nos organizarmos e de nos inserirmos nas lutas contra as transnacionais, pelos direitos dos trabalhadores, na defesa dos rios, da água e da vida. As manifestações da semana do 14 de março serão realizadas para pedir solução para a enorme dívida social e ambiental deixada pelas usinas já construídas e para fortalecer a luta por um outro modelo energético. Portanto, essa luta não é apenas da população atingida pelos lagos, pois todo o povo é atingido pelas altas tarifas da energia, pela privatização da água e da energia, pelo dinheiro público investido em obras privadas. Cabe a nós fazermos a luta de resistência e construirmos um novo modelo energético e de sociedade!

Presbíteros e diáconos da Arquidiocese se reúnem para o XXII Encontro Arquidiocesano

                                                                           
A partir da tarde desta segunda-feira, 5, até a próxima quinta-feira, 8, padres e diáconos da Arquidiocese de Mariana estarão reunidos na realização do XXII Encontro dos Presbíteros e Diáconos da Arquidiocese, que contará com a assessoria do professor William Castilho e do padre João Batista Libânio. O evento será realizado na Estalagem das Minas (SESC – Ouro Preto), à luz do tema “A identidade e a espiritualidade do presbítero no processo de mudança de época”.
Prevista para as 15 horas, a abertura contará com a saudação do arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha. Em seguida, o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Marcelo Moreira Santiago fará uma apresentação das propostas do Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE) para este ano de 2012.
Os trabalhos seguem ao longo do dia finalizando com uma proposta de articulação de um projeto vocacional para a Arquidiocese com a orientação do Serviço de Animação Vocacional – SAV.
A seguir, acompanhe a programação completa do Encontro com a proposta de pauta que traz as atividades que serão realizadas ao longo de cada dia:
05 DE MARÇO - SEGUNDA-FEIRA
12h Almoço
14h30 Hora Média
15h Abertura / Saudação do Sr. Arcebispo / Apresentação da Pauta
15h20 Apresentação do PAE (Proposta para 2012) – Pe.Marcelo Santiago (Coordenador de Pastoral)
16h30 Café
17h30 Missa
18h30 Jantar
20h Seminário/Sav (Trabalhar um projeto Vocacional para a Arquidiocese)
06 DE MARÇO - TERÇA-FEIRA
7h Despertar
7h30 Missa e Laudes
8h30 Café
9h Início de trabalhos em grupos (Texto do prof. William Castilho)
10h30 Café
11h Plenária (presença do profº. William Castilho)
12h30 Almoço
14h Hora Média
14h30 Continuação dos trabalhos ( profº. William Castilho)
16h30 Café / Tempo Livre
18h30 Jantar
20h Continuação dos Trabalhos
07 DE MARÇO - QUARTA-FEIRA
7h Despertar
7h30 Missa e Laudes
8h30 Café
9h Início dos trabalhos (William Castilho)
10h15 Café
10h45 Continuação dos trabalhos
12h Almoço
14h Hora Média
14h15 Reflexão do Pe.João Batista Libânio
16h30 Café / Tempo Livre
19h Confraternização
08 DE MARÇO - QUINTA-FEIRA
7h Despertar
7h30 Missa e Laudes
8h30 Café
9h Palavras de Dom Geraldo
10h30 Café
10h45 Continuação da Palavra de Dom Geraldo
12h30 Almoço

segunda-feira, 5 de março de 2012

Comissão de Liturgia Arquidiocesana oferece subsídio de formação: A Palavra de Deus na Liturgia

                                                                 
A Comissão Arquidiocesana de Liturgia, reuniu-se nesta quinta-feira (16/02), para dar encaminhamento às decisões pastorais, vindas da Assembleia arquidiocesana, no que diz respeito à animação da vida litúrgica em nossa Arquidiocese. Nesse intuito, alguns assuntos importantes estiveram na pauta do encontro, como dinamização do projeto de formação litúrgica Vol. 1 “A Palavra de Deus na Liturgia”, discussão sobre orientações acerca da Celebração da Palavra e elaboração de subsídio de formação sobre o Ofício Divino das Comunidades.

Nesse sentido, fazendo cumprir nosso planejamento de formação junto às regiões e paróquias, a Comissão Arquidiocesana já está disponibilizando o subsídio de formação litúrgica, com o título: “A Palavra de Deus na Liturgia” – Vol. 1, o qual tem como objetivo oferecer sólida formação sobre a Liturgia da Palavra e formar e aperfeiçoar atuais e futuros leitores e ministros extraordinários da Palavra. Tal subsídio já está à disposição das paróquias nos centros regionais.


Os destinatários deste material são as equipes de liturgia paroquiais, bem como todas as pessoas que, nas comunidades, exercem o ministério de leitor ou salmista, e também para as pessoas que se encaminham para assumir este ministério em sua comunidade.


Este primeiro volume é composto de 6 capítulos que podem ser estudados mensalmente, na reunião paroquial de liturgia, bem como nas comunidades e também nas reuniões mensais onde já existe o ministério da Palavra, ou onde se pretende estabelecê-lo. No segundo semestre, será lançado o volume 2, completando as reflexões sobre a Liturgia da Palavra. Serão tratados neste primeiro volume: noções sobre a Liturgia da Igreja; a compreensão da Revelação de Deus, que passa pela Escritura Sagrada; o sentido teológico-litúrgico da proclamação da Palavra de Deus na Liturgia; orientações litúrgicas relacionadas à Liturgia da Palavra e orientações para proclamar bem a Palavra (postura do corpo, impostação de voz, espiritualidade, uso do microfone etc.).


Tal subsídio enriquecerá as reuniões paroquiais de Liturgia e estabelecerá uma unidade no trabalho de formação. Os temas estudados neste subsídio serão trabalhados também nos encontros regionais e arquidiocesanos. Por isso, incentivamos a todos que participem desses encontros, conforme a agenda de sua região. Não basta adquirir o livrinho, é preciso estudá-lo.


Com o empenho de todos, sacerdotes e leigos, possamos colher os frutos deste trabalho em nossa Arquidiocese favorecendo para que o povo de Deus possa saborear, de fato, a Palavra de Deus proclamada nas celebrações litúrgicas.