Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

segunda-feira, 30 de abril de 2012

São José Operário

                                   
A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: "Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!" O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.

O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres."

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: "Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa... O Senhor é Cristo" (Col 3,23-24).

São José Operário, rogai por nós!

Oração à São José Operário

Para pedir emprego
Oh! meu querido Santo Trabalhador, que em vida fizestes a vontade de Deus através do trabalho, abra as portas do comércio para que eu possa conseguir um emprego.
Dai-me forças e coragem para não desistir no primeiro não.
Que eu tenha a disposição de Santa Teresa D'Ávila, a simplicidade de Maria de Nazaré, a força de Santo Antonio.
Orienta os nossos governantes para a distribuição dos bens do país.
Protege as nossas famílias para que não se deixem vencer pela seca, pelo medo, pela violência, pela falta de trabalho e dê esperança no Domingo da ressurreição.
Meu São José, padroeiro dos trabalhadores, não me deixe sem o pão de cada dia e sem prespectiva de um novo dia para minha família.
Prometo, com o dinheiro do meu futuro emprego, ajudar uma instituição de caridade a divulgar essa devoção.
Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Leia um texto da Bíblia. Mt.2, 13-23 e reze uma Ave-Maria e um Pai-Nosso

Oração a São José (São Pio X )

Oração à São José I

Oh! glorioso São José, a quem foi dado o poder de tomar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos.
Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Oh! Pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança.
Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão.
Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa família que jamais houve, sede o pai e protetor da nossa e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.
São José do Perpétuo Socorro rogai por nós que recorremos a vós.

Salmo 90


Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente, dize ao Senhor: "Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio". (Salmo 90, 1s).

Confie em Deus, abra seu coração e ele agirá.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

4o Domingo da Páscoa- Dia do Bom Pastor

 
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas -
Hoje, o quarto domingo da Páscoa, chamado o Domingo do Bom Pastor, nós celebramos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas. No Evangelho, Jesus se apresenta como o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. A parábola está dividida em três partes, e continua amanhã e depois.
A comparação é muito viva, porque seus ouvintes eram, na maioria, pastores. Jesus é o nosso Bom Pastor e nós somos as suas ovelhas. Ele cuida de nós com carinho, inclusive carregando nas costas as ovelhas que se afastam do rebanho (Lc 15,1-10). Deus ama você por inteiro, isto é, com as suas falhas e tudo. Por isso que ele vai atrás de você, quando você peca. Não só vai atrás mas, com carinho põe você nas costas e traz de volta para o rebanho. Como é bom sabermos disso! Faz-nos felizes e alegres, em meio às lutas da vida.
“O mercenário, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e devora. Pois ele é apenas mercenário e não se importa com as ovelhas.” Nós cristãos nos preocupamos com as ovelhas desgarradas, que estão à mercê dos mercenários, pessoas que têm outros interesses que não são o bem das ovelhas. Queremos trazer todas para o rebanho do Bom Pastor, pois assim elas estarão protegidas e se salvarão.
Redil é o curral de ovelhas. Ele geralmente é grande e cabem muitos rebanhos, que passam a noite juntos para se defenderem dos animais predadores. Quando começa o dia, é só o pastor chamar que as suas ovelhas vêm.
“Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem.” Deus nos deu um dom, chamado “sensus fidelium”. A tradução literal é: O sentido dos fiéis. São Clemente traduzia esse dom chamando-o de “nariz católico”: Os cristãos têm um “faro” pelo qual percebem se uma pessoa está falando em nome da Igreja de Jesus Cristo, ou não.
“Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir.” “Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor” (Mc 6,34). Era por isso que Jesus não parava, vivia pregando a Palavra de Deus, curando os doentes e fazendo todo tipo de bem ao povo. Ele sabia que o povo está sujeito a milhares de mercenários e de lobos, que não se interessam pelas ovelhas e querem apenas aproveitar-se delas.
Nesta parábola do Bom Pastor, Jesus vê a sociedade divida em quatro grupos: 1) As ovelhas, isto é, o povo em geral. 2) Os lobos são os exploradores do povo. 3) Os mercenários são aqueles que só cumprem o que está mandado, pensando não no povo, mas no seu salário ou nos seus interesses. 4) E felizmente existem os bons pastores que continuam o trabalho de Jesus, cuidando bem das ovelhas e indo atrás das ovelhas afastadas. Pena que estes são poucos! “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” (Mt 9,37-38). O desejo de Jesus é que haja “um só rebanho e um só pastor”. Este é também o nosso desejo e a nossa luta.
Certa vez, Jesus estava andando com os Apóstolos e anoiteceu. Noite muito escura, de modo que não podiam mais andar. Pedro foi até uma casa e bateu. Veio o dono da casa e ele lhe disse: “A gente queria um pouso. É possível?” O homem falou: “Sim. Nós damos um jeito”. Pedro ficou meio sem graça e disse: “Acontece que eu não estou sozinho. Há mais doze ali na estrada”. O homem assustou-se, mas pensou um pouco, conversou com a esposa e respondeu: “Mande-os entrar aqui. A gente dá um jeito”. Pedro chamou o grupo, eles entraram e lavaram os pés enquanto a dona da casa preparava algo para comerem. Eles comeram e foram dormir. No outro dia, agradeceram e foram embora.
Muitos anos se passaram e aquele dono da casa morreu. Quando foi chegando à porta do céu, encontrou doze parentes seus que estavam tristes, porque S. Pedro não os havia deixado entrar. Disse-lhes que o lugar deles era o inferno. Então falaram para o homem que acabava de chegar: “A gente estava esperando você, porque sabíamos que você vinha logo. Converse lá, dê um jeito”.
O homem aproximou-se da porta, S. Pedro olhou a ficha dele e disse: “Sua ficha é pesada. Seu lugar seria o inferno. Mas você acolhia os peregrinos. E, como Jesus disse: ‘Eu era peregrino e me acolheste, por isso venha para o Reino’, você está admitido. Pode entrar”.
Nesta hora o homem falou: “Mas eu não estou sozinho. Tenho mais doze ali atrás!” Pedro olhou bem para ele e se lembrou da hospedagem lá na terra. Emocionado, usou a mesma frase que o homem havia usado para ele: “Pode chamar todos eles; a gente dá um jeito”. Assim todos entraram no céu e fizeram a festa, a festa que não tem mais fim.
Os peregrinos são como ovelhas desgarradas. Precisamos acolhê-los.
Neste Dia Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, peçamos a Maria Santíssima, a Mãe da Igreja, que interceda por nós junto do seu Filho, para que tenhamos muitas e santas vocações!
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
 
Padre Queiroz

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Bento XVI: "A oração é o respiro da alma e da vida"

                                   
Quarta-feira é dia de Audiência Geral. O dia finalmente primaveril favoreceu a presença de inúmeros fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro, para ouvir a catequese de Bento XVI.
O Papa prosseguiu sua série de reflexões sobre a oração, recordando que para a comunidade cristã ela é prioritária, é sua seiva vital e seu alimento. Nos primórdios da Igreja, a comunidade cristã se encontrou diante do problema de atender aos necessitados.
Nos Atos dos Apóstolos, se relata a decisão tomada, após oração e discernimento, de instituir um grupo de sete homens de boa reputação para exercer mais especificamente o serviço da caridade para com os mais desfavorecidos, essencial para a Igreja. Assim, os Apóstolos poderiam se concentrar na oração e no serviço da Palavra, próprio do seu ministério, sem a pressão de outras atividades que poderiam distrai-los.
Os Apóstolos sabiam da importância seja da contemplação, seja do trabalho caritativo, mas compreendiam a primazia da oração e da proclamação do Evangelho. É a oração que nos torna capazes de ver as coisas de uma maneira nova, e de responder a elas com sabedoria e amparados pelo Espírito Santo.
Por isso, disse o Pontífice, que a atividade pastoral na Igreja começa e se encerra sempre com a oração, pois é o que dá sentido, força e esperança a todo o nosso atuar. Sem ela, se corre o risco de esquecer a alma profunda de nossas atividades, que correm o risco de tornarem automáticas, ditadas somente por critérios pessoais. "Que a oração e a palavra de Deus iluminem o nosso cotidiano e nossas decisões. Deste modo, responderemos a todo desafio e situação com inteligência, compreensão e fidelidade aos desígnios de Deus."
No final da sua catequese, Bento XVI fez uma síntese em várias línguas. Eis o que disse em português:
"Queridos irmãos e irmãs, a Igreja, desde o início, se deparou com situações imprevistas, às quais procurou dar resposta à luz da fé, guiada pelo Espírito Santo. Assim, com o crescimento do número dos discípulos, os fiéis de língua grega começaram a queixar-se que as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado. Os Apóstolos, embora cientes de que a prioridade da sua missão era o anúncio da Palavra de Deus, todavia não ignoravam a necessidade de dar assistência aos fracos, pobres e indefesos, segundo o mandato de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Por isso, foram escolhidos sete homens de boa fama para o serviço da caridade, ao passo que os Apóstolos se dedicariam inteiramente à oração e ao serviço da Palavra. Este exemplo nos ensina que, no meio das atividades de cada dia, não devemos perder de vista a prioridade da nossa relação com Deus na oração. Num mundo acostumado a avaliar tudo segundo os critérios da produtividade e eficiência, é importante lembrar que, sem a oração, a nossa atividade se esvazia, convertendo-se em puro ativismo, que nos deixa insatisfeitos. A oração deve ser para nós como que a respiração da alma e da vida. Saudação cordial aos diversos grupos de brasileiros e demais peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente aos fiéis da Diocese de Serrinha acompanhados do seu Bispo, Dom Ottorino Assolari. No meio dos inúmeros afazeres diários, é justamente na oração, alimentada pela Palavra de Deus, que encontrareis novas luzes para vos guiar em cada momento e situação. E que Deus vos abençoe a vós e vossas famílias."

terça-feira, 24 de abril de 2012

Deus é fiel à aliança


Lendo nossa história, a história do povo de Deus, percebemos que está marcada pelo sofrimento e opressão. Deus não nos abandona, mesmo quando vivemos situações de morte e escravidão, pois Ele é o Deus fiel às suas promessas de liberdade e vida para todos.

Na liturgia do quarto domingo da Quaresma, tanto a segunda leitura como o Evangelho centralizam com clareza a misericórdia, o amor e a salvação operada por Deus em nosso favor. São as razões de nossa alegria. No Evangelho, Jesus fala com Nicodemus – como qualquer um de nós, um discípulo atento – e lhe diz uma frase que todos deveríamos anotar em um papel e guardar na carteira ou no bolso e, mais importante, no coração: “De tal modo Deus amou o mundo que lhe deu seu filho único”.

O amor de Deus é um amor louco, sem medida. Se Deus nos pedisse conselho, qualquer um de nós falaria para ser mais prudente em sua forma de amar. E lhe recordaríamos o ditado de que “a virtude está no meio”. Provavelmente, Deus nos responderia que não compreendemos o que é o amor. E nos convidaria a ler o famoso capítulo 13 da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – e certamente não seria exagero que a lêssemos de novo.

A segunda leitura é de Paulo – da sua carta aos Efésios – e começa de uma maneira que não deixa em seus ouvintes nenhuma dúvida sobre a forma de ser de Deus e sua relação conosco: “Deus que é rico em misericórdia e nos tem um imenso amor...”. Isso já bastaria para fazer-nos repensar um pouco sobre a maneira tão miserável que temos, às vezes, de viver a nossa fé e nossa relação com Deus. Mas Paulo nos afirma mais ainda que, “quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, (Deus) deu-nos a vida juntamente com Cristo”.

Não há muito mais para dizer. Simplesmente meditar muitas vezes sobre essas frases, acolhê-las em nosso coração e permitir que retirem da cabeça muitas idéias preconcebidas que temos sobre um Deus que castiga e está atento às nossas menores faltas; que nos olha com desconfiança e não acredita em nós etc. Em nossas mãos está repudiar o amor e a vida que Deus nos presenteia em Jesus. Podemos fazer isso, mas seríamos tolos se o fizéssemos. Deus não nos pede nada em troca. Dá-nos de presente o amor para que o vivamos e compartilhemos sem medidas. O que mais s pode pedir?

Quaresma é levantar os olhos, reconhecer o amor com o qual Deus nos ama e descobrir que segui-lo é o melhor que podemos fazer com nossa vida. Por isso, já é hora de nós, batizados, fazermos uma boa confissão auricular. Procure o sacerdote de sua Paróquia e se aproxime do confessionário. Veja como isso será bom para o seu crescimento espiritual.

Nossa resposta é dar graças ao Pai do Céu pelo imenso amor com que nos ama e pela misericórdia que derrama sobre nós e compartilharmos esse amor e essa misericórdia, procurando ser concreto e expressar alguma forma real de dividir esse amor com os outros.

Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dom Geraldo fala sobre a importância das Assembleias Gerais para a Igreja no Brasil durante coletiva de imprensa


O arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, destacou a importância das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no cenário atual e, ao longo da história do Brasil, durante a entrevista coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira, 19. O arcebispo participa da 50ª Assembleia Geral da CNBB, evento que reúne mais de 300 bispos de todo o Brasil em Aparecida (SP).
“São 50 Assembleias ao longo dos 60 anos da CNBB. Todas tiveram muita importância tanto para a Igreja quanto para a sociedade”, afirmou dom Geraldo, que foi de 2007 a 2010, presidente da Conferência dos Bispos do Brasil.
O arcebispo completou afirmando que a CNBB tem se posicionado com clareza e prontidão diante das várias questões apresentadas pela sociedade atual.
Dom Geraldo ressaltou que, durante a Ditadura Militar brasileira, muitas vozes da sociedade eram silenciadas e uma das poucas a se pronunciar era a Igreja Católica.
Dom Geraldo explicou, ainda, aos jornalistas que nos primeiros anos da CNBB as Assembleias não eram realizadas anualmente. “Nos anos 60, por ocasião do Concílio Ecumênico Vaticano II não se realizaram Assembleias, com exceção de uma Assembleia eletiva. Cada sessão do Concílio durava cerca de quatro meses e ocupada a atenção dos bispos”, acrescentou.
O ex-presidente da CNBB mencionou que celebrar a 50ª Assembleia é motivo de júbilo. “Hoje comemoramos e conseguimos perceber os marcos do quanto estes encontros representaram para nós, pastores da Igreja, e para todo o povo de Deus”, completou.
Missão Continental“A Igreja se coloca em estado permanente de missão”, afirmou dom Geraldo ao ser questionado sobre os trabalhos da Igreja diante dos desafios de evangelização no Brasil e na América Latina.
Dom Geraldo citou a 5ª Conferência da América Latina e Caribe, realizada em Aparecida, em 2007, que em sua conclusão demonstrou que todos precisam ser discípulos e missionários de Jesus e que esta proposta precisa sempre prosseguir como grande Missão Continental. “A Missão Continental é um estado de espírito que deve perpassar a todas as dimensões da Igreja”, concluiu.
Missal RomanoO arcebispo de Mariana também comentou sobre os trabalhos da Comissão Episcopal para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) na revisão do Missal Romano.
“A revisão tem que ser fiel a tradução do latim. Este é um trabalho demorado pela sua exigência na fidelidade dos textos e riqueza em detalhes”, acrescentou.
Dom Geraldo destacou que é importante reconhecer a necessidade da formação litúrgica mais intensa e mais profunda para favorecer uma participação mais ativa, mais consciente e proveitosa como ensinou o Concílio Vaticano II.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia é responsável por fazer a revisão dos textos litúrgicos. Seu presidente, dom Armando Bucciol, comentou as palavras de dom Geraldo. Segundo dom Bucciol, a revisão da tradução do Missal Romano ainda deve durar alguns anos e é realizada com o auxilio de especialistas.
“Trata-se de uma revisão e adaptação da linguagem que evolui através dos anos e devemos acompanhar essas modificações. A Igreja reza como crê. A oração da Igreja reflete a sua fé, por isso é importante rever e avaliar bem a revisão da tradução do Missal Romano”, completou.
Fonte: Assessoria de Imprensa
50ª AG da CNBB

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A humildade que desce rumo às alturas do Amor!


No processo doCristianismo amar é dispor de si para o outro, é um exercício que está atreladoà imitação de Cristo, isto é, em nos assemelharmos à toda sua capacidade deamar sem reservas. Esta imitação, nem sempre é fácil, e só se torna possível àmedida que caminhamos sinalizados pela a humildade. Para nos fazer entenderesse caminho, tomo emprestado o olhar de um grande santo e doutor da Igreja, SãoGregório, que sabiamente nos dizia que a “humildadeé uma descida rumo às alturas do Amor.” De fato, é através do movimento destasduas virtudes que o Verbo se revela e visita nossa humanidade, tornando-noscapazes de amar. Capacidade singular que impulsiona o homem o tempo todo acontemplar o horizonte da alteridade no rosto e no coração do seu próximo.

Daqui a algunsdias viveremos a mística do Tríduo Pascal, e ali contemplaremos de perto oápice da humildade de Jesus no alto do Calvário, Ele que “sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foiobediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2, 8). Antes de segui-Lo poresse caminho redentor, receberemos d’Ele mais uma vez o fascinante chamado: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei– (Jo 13, 34) – este é o caminho sugerido a nós por Jesus ao término do lava- pés.Dei-vos o exemplo, para que como eu vosfiz, também vos o façais. (ibid., 15). “Agir do mesmo jeito”, eis o nosso chamado.Baseando-se não na força de uma ordem, mas em virtude da natureza e impulso doAmor para o qual fomos gerados.

É interessanteperceber a riqueza de significados revelada minutos antes de deixar omandamento do Amor, quando Jesus se inclina aos pés dos seus amigos para lheslavar os pés. Dentre tantos significados traduzidos naquele cenário, o nossoolhar se prende à sua humildade. Todavia, não no aspecto do serviço, o queseria pertinente refletirmos, mas, a humildade como sinal redentor do seu Amor.Ao inclinar-se para lhes deixar limpos de toda a sujeira, o Bom mestredirige-se ao “húmus”, à terra que se achava nos pés daqueles a quem tantoamava. Os latinos chamam esse gesto de “humilitas”, isto é, humildade. Comefeito, a expressão “humilde” tem sua raiz no vocábulo latino – “húmiles”- e aimagem de um servo inclinado à terra (húmus), amplia o seu significado. Ali coma humildade que lhe é própria, Cristo ao descer não alcança tão somente os pésdaqueles homens, mas também os seus corações, elevando-os ao Seu Amor até o fim!

Queridos irmãos, o exercício do Cristianismo é isso. É um cenário no qual somos chamadoso tempo inteiro a protagonizar em nossas relações uma “disposição ao outro”, pormeio da humildade e do Amor. Penso que dessa forma a gente amplia o horizontede sentido de nossos amores, amizades e encontros... De igual maneira também ohorizonte de significado da nossa, vocação, missão e Igreja. Parece trocadilho,mas deste modo, acabamos realmente “descendo às alturas” do coração do outro,tocando aquilo que ele tem de mais belo e encantador: a capacidade de amar eser amado.

Bento XVI: "Estamos ainda plenos com a alegria da Páscoa"


O Papa Bento XVI voltou da residência pontifica de Castel Gandolfo, na manhã desta quarta-feira, 11 de abril, para realizar a Audiência Geral junto a fiéis e peregrinos, na Praça São Pedro, no Vaticano. Na ocasião, o Santo Padre retomou o tema da Páscoa.
“Estamos ainda plenos com a alegria a Páscoa”, iniciou o Papa, que discorreu sobre como a Páscoa de Jesus transformou seus discípulos. “Na noite da Ressurreição – lembrou o Pontífice –, Jesus entra lá onde eles (os discípulos) estavam fechados por medo dos judeus, e lhes diz: ‘que a paz esteja convosco’”. Bento XVI prosseguiu explicando que, “ao mostrar-lhes suas chagas, Jesus quer mostrar que ele é aquele que foi crucificado”. “E então, da tristeza e do pranto, os discípulos passam à alegria, essa alegria que nasce do fato de ver Jesus”.
O Santo Padre continuou afirmando que “a paz que Jesus lhes dá não é uma simples saudação, mas um dom, o dom do Ressuscitado aos seus amigos”, mas “ela é também uma entrega, essa paz é para todos, e os seus discípulos devem levá-la ao mundo”. Bento XVI ressaltou que Jesus doa seu Espírito para que o medo seja vencido e indica onde podemos encontrar o “Senhor Ressuscitado que transforma nossas vidas”, ou seja, “na escuta de sua Palavra e na fração do pão”.
Em português, o Papa fez um resumo da sua catequese e saudou os fiéis e peregrinos lusófonos, seguido de sua Bênção apostólica:
“Queridos irmãos e irmãs,
Impregnados de alegria espiritual pelo triunfo de Cristo sobre o pecado e a morte, vejamos a transformação que a Páscoa operou no coração dos primeiros discípulos. Na tarde do dia da Ressurreição, os discípulos estavam trancados em casa, com medo dos judeus. Contudo, esta situação muda quando Jesus Ressuscitado chega ao meio deles, saudando-os: «A paz esteja convosco». Esta saudação faz os discípulos superarem qualquer temor: a paz, dom da salvação, torna-se para a comunidade fonte de alegria e certeza de vitória. Esta paz, adquirida por Cristo com o seu sangue, deve ser levada pelos os discípulos ao mundo inteiro. Também hoje o Ressuscitado entra em nossas casas e nos nossos corações, apesar de, às vezes, as portas estarem fechadas. Só Ele pode atravessar estas portas e fazer retomar o caminho a quem vive desanimado e sem esperança. Foi isto que experimentaram os dois discípulos de Emaús. Através da escuta da Palavra e do gesto de partir o pão, eles reconheceram a Jesus. Também nós, escutando a palavra de Deus e participando na Eucaristia, experimentamos Cristo presente junto de nós, dando-nos alegria e paz, vida e esperança.
Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, de modo particular para os brasileiros aqui presentes. Deixai-vos encontrar por Cristo Ressuscitado, pois só Ele tem o poder de dar a vida e fazer renascer como filhos de Deus: Ele libertar-vos-á do medo e dará pleno sentido às vossas vidas. Ide em paz!”.

Dom Geraldo publica novas orientações quanto à queima de fogos em festas na Arquidiocese


O arcebispo metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, após ouvir o Conselho Presbiteral, em sua reunião ordinária, realizada no dia 4 de março, editou as Orientações e Normas arquidiocesanas referentes ao uso de fogos de artifício nas festas religiosas.
Estabelecidas por dom Luciano Pedro Mendes de Almeida em 2004, então arcebispo de Mariana, o documento contém informações direcionadas ao clero arquidiocesano e aos membros dos Conselhos Pastorais das comunidades e paróquias. Nele, o arcebispo deixa claro que “as paróquias da Arquidiocese de Mariana estão proibidas de realizar, sob sua responsabilidade, queima de fogos e espetáculos pirotécnicos”.
A seguir, leia na íntegra a Circular publicada oficialmente na página da Arquidiocese de Mariana na internet nesta terça-feira, 10 de abril:
Mariana, 10 de abril de 2012
Circular: GA 01.12
Assunto: Queima de fogos de artifício
Ao Revmo. Clero,
Aos Conselhos Pastorais das Comunidades e Paróquias,
Saudação, paz e bênçãos no Senhor.
Em data de 10 de setembro de 2004, o saudoso Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida dirigiu carta aos presbíteros e às comunidades paroquiais a respeito do uso de fogos de artifício nas festas religiosas.
Recordo suas sábias ponderações: Para a queima de fogos, “não basta criar mecanismos para prover uma maior responsabilidade e segurança. Para além de todos os riscos, é também necessário refletir que, diante de tantas necessidades materiais e sociais de nossas comunidades e famílias, diante de tanta fome e exclusão social, como ‘queimar’ tanto dinheiro destinando aos fogos, ao invés de priorizar a vida e as necessidades de nossos irmãos e irmãs mais pobres? Nossa consciência, face à realidade social conflitante, nos interpela a gestos mais concretos de fraternidade. Esses espetáculos que encantam e atraem a atenção de tantos e são de grande tradição em muitos de nossos municípios e comunidades paroquiais, sobretudo na celebração de seus padroeiros, podem causar verdadeiras tragédias, como morte, queimaduras graves, mutilação e danos à natureza”.
Reafirmo as determinações de Dom Luciano e, depois de ouvir o Conselho Presbiteral de nossa Arquidiocese, em sua reunião ordinária, no dia 04 de março de 2012, acrescento novas orientações que buscam atender ao contexto em que hoje nos encontramos, em relação à matéria em questão:
1. As Paróquias da Arquidiocese de Mariana estão proibidas de realizar, sob sua responsabilidade, queima de fogos e espetáculos pirotécnicos.
2. As Paróquias não devem permitir a utilização do adro das igrejas ou outros espaços e imóveis paroquiais para aí se realizar queima de fogos.
3. Onde for necessário, recomendo que nos programas e convites de festas religiosas conste que a Paróquia não autoriza nem aprova a queima de fogos ou a realização de espetáculos pirotécnicos, e por isso se exime de qualquer responsabilidade pelos atos de iniciativa particular ou de órgãos públicos.
4. O Pároco deve enviar ofício, com protocolo, ao Corpo de Bombeiros, à Polícia Militar e ao Ministério Público locais, informando expressamente que a Paróquia não promove e não autoriza a utilização de fogos de artifício e que, se houver este tipo de manifestação, toda responsabilidade recai sobre aqueles que a promoverem ou patrocinarem. O Departamento Jurídico da Arquidiocese de Mariana poderá oferecer minuta para tal correspondência.
5. Onde se fizer necessário, estas orientações devem ser encaminhadas às Irmandades, Confrarias, Ordens Terceiras, Associações Religiosas, Comissões de Festas ou outras entidades eclesiásticas, sob forma de protocolo ou contra recibo em cópia assinada pelo responsável pela entidade, devendo ficar tudo resguardado no arquivo paroquial.
Se outras instituições ou pessoas promoverem tais atividades, em festas religiosas, solicitamos que apresentem um termo de isenção de responsabilidade da Paróquia e da Arquidiocese de Mariana, acompanhado de toda a documentação pertinente.
Aos que, por sua iniciativa e própria responsabilidade, promoverem queima de fogos ou espetáculos pirotécnicos, em festas religiosas, recomendamos que tenham o cuidado fundamental de contratar uma empresa idônea, devidamente registrada e possua profissional treinado e com carteira de blaster (especialista em queima de fogos) para cuidar dos preparativos e acionar os fogos. Nesse caso, exija-se que a empresa contratada tome todas as providências legais necessárias, entre elas:
• Pedido de autorização ao órgão policial competente para promover a queima de fogos.
• Escolha do local mais adequado para posicionar os fogos e fazer o isolamento exigido para que não haja risco de os fogos atingirem pessoas, casas, matas, rede elétrica e outros.
• Depois que os fogos já tiverem sido posicionados e o isolamento feito, a empresa contratada deve solicitar uma vistoria do Corpo de Bombeiros. Caso o município não possua Corpo de Bombeiros, deve recorrer à unidade do município mais próximo para obter a referida vistoria, a fim de que seja verificado se todas as medidas de segurança foram adotadas.
Alertamos, ainda, aos promotores dos eventos de iniciativa particular que, qualquer autorização ou alvará para essa atividade de risco, como é o caso da queima de fogos, assim como a escolha e aprovação do local adequado para tal, deve ser proveniente única e exclusivamente dos órgãos públicos com competência técnica de aprovação e fiscalização, bem como das autoridades civis responsáveis pela segurança pública. Contudo, em hipótese alguma, tal autorização receberá o aval das Paróquias ou da Arquidiocese de Mariana.
Na certeza de que estas orientações serão observadas em cada comunidade de nossas Paróquias, sobre todos invoco as bênçãos de Deus, por intercessão de Nossa Senhora da Assunção e São José, Padroeiros da Arquidiocese de Mariana.
+ Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo Metropolitano
12 abril, 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Semana Santa em Mariana-MG













                                                                               
Milhares de fiéis participaram da Semana Santa, em Mariana, com muita fé e devoção.Veja abaixo álbum com fotos das celebrações do Tríduo Pascal e do Domingo da Ressurreição, acompanhado pelos fiéis que ornamentaram as ruas com os tradicionais tapetes de serragem e participaram das procissões e celebrações ao longo do dia. Nos links, acompanhe o que aconteceu ao longo de toda a Semana Santa na primaz de Minas Gerais.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Terça Feira Santa marcada pela procissão do Encontro em Mariana.


Um dos mais importantes momentos realizados ao longo da Semana Santa, senão o mais significativo de todos aqueles que antecedem os ritos do Tríduo Pascal, aconteceu na noite dessa terça-feira, 3, em Mariana. O encontro das imagens de Nossa Senhora das Dores e de Nosso Senhor dos Passos foi marcado pelo forte momento de fé, acompanhado por milhares de fiéis.
O ponto alto da noite, o encontro de Maria com seu filho Jesus rumo ao calvário, se deu, como tradicionalmente ocorre todos os anos, no histórico cenário da Praça Minas Gerais, no adro da igreja de Nossa Senhora do Carmo. O Sermão do Encontro, proferido pelo pároco da paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Barbacena, e vigário episcopal da Região Sul, padre Valter Magno de Carvalho, traduziu a paixão de Cristo e as dores de Maria à realidade vivenciada pela sociedade no mundo de hoje.
Tomando como base as reflexões propostas pela Campanha da Fraternidade 2012, padre Valter relacionou as dores de Cristo com a cruz do sofrimento daqueles que encaram intermináveis filas nos postos de saúde espalhados por todo o país à espera de um atendimento. No entanto, segundo o vigário, atrás daquilo que ele chama de chagas, se encontra a salvação.
Para ele, tal momento vivido por muitos durante esta noite do encontro teria sua explicação na tradição da Igreja que se fundamenta no gesto da Mãe que não se curva diante de tantas injustiças cometidas contra seu Filho. Segundo o padre, o significado pleno deste encontro só faz sentido através do relacionamento entre os irmãos. “Somos criados para vivermos em sociedade, com os outros. Criados com o amor de Deus, pois vivemos para relacionarmos com as pessoas”, disse.
Se referindo a Conferência de Aparecida, padre Valter lembrou que naquela ocasião os bispos, então reunidos, apontaram o verdadeiro encontro com Cristo na Igreja e na comunidade eclesial. “Assuma e viva ativamente sua comunidade, agindo na fé com os ensinamentos de Jesus”.
Voltando sua reflexão para Maria, o sacerdote lembrou que, nesse momento, ela é a Senhora das Dores, mãe que entrega seu filho para a salvação. “Este é o encontro do amor. Tão forte que não temos palavras. Maria vê no rosto de seu filho o sofrimento daqueles que morrem nas filas dos hospitais sem atendimento digno de saúde”, comentou novamente fazendo referências ao tema da Campanha da Fraternidade (Fraternidade e Saúde Pública).
Após o encontro, as imagens percorreram as ladeiras do Centro Histórico de Mariana, sempre acompanhadas pelos fiéis, seguindo com a visitação dos passos da paixão, rumo à Praça da Sé, finalizando a procissão na Catedral Metropolitana.
A seguir, confira a programação das celebrações desta quarta-feira Santa:
Dia 04 de abril – Quarta-feira Santa
6 horas – Oração do Oficio Divino na Catedral.
6h30 – Celebração Eucarística na Catedral e na Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
19 horas – Celebração Eucarística na Capela de N. Senhora da Boa Morte.
Em seguida, procissão de Nossa Senhora das Dores para a Catedral e Sermão da Soledade pelo Revmo. Monsenhor Celso Murilo dos Reis.
A seguir Oficio de Trevas.
19 horas – Via Sacra saindo da Igreja de Nossa Senhorado Rosário para a Comunidade de Santa Ifigênia.
19 horas – Via Sacra saindo da Igreja de Nossa Senhora Aparecida para a Comunidade Santa Clara.

Mariana: Segunda-feira Santa reflete sobre a prisão de Jesus

                           
“Semana Santa, o que tem ela de Santa se ela não transforma a nossa vida”, se não nos faz mais Santos(as)?”, questionou o padre Luiz Antônio Reis Costa logo no início do seu sermão, realizado na noite desta segunda-feira, 2, na Catedral da Sé.
Mesmo diante do fenômeno da secularização, do alto investimento das empresas de turismo, com apelo ao lazer, para aproveitar o que chamam de ‘feriadão’, as celebrações da Semana Santa na cidade de Mariana, através do envolvimento e participação do povo de Deus, com a consciência de que este é um tempo altamente sagrado propício à oração, voltados para o Cristo que, morrendo e ressuscitando, nos convida morrer para o mal e ressurgir para a vida.
Nesta segunda-feira da Semana Santa os fiéis se reuniram para refletir sobre o julgamento do filho de Deus. A grandeza de Deus cedeu espaço para a pequenez humana, para ser por nós questionada, insultada e blasfemada. Jesus de Nazaré, Deus feito homem, se fez objeto da maldade da falsidade, dos interesses mesquinhos. Foi submetido à guarda do Pretório, levado perante Anás, Caifás e Pilatos.
“A liturgia da Igreja possui formas belíssimas para expressar a oração do Povo de Deus, principalmente no período da Quaresma e da Semana Santa. No decorrer da Quaresma encontramos um responsório do Ofício Divino que revela um aspecto fundamental do mistério da nossa salvação. Nele rezamos dizendo ‘o sangue de Jesus nos purifica e de todos os nossos erros nos liberta’. Diante dessa oração podemos nos perguntar: ‘Como o sangue de Jesus pode nos purificar e libertar? O que realmente significam tais palavras?’”, disse o padre.
A resposta, segundo padre Luiz, deve ser buscada na fonte de toda a oração da Igreja: a Palavra de Deus. “Ali aprendemos que sangue significa muito mais do que o líquido vital que corre em nossas veias. Sangue significa a vida, a vida doada por amor, a salvação. Desta forma, é a vida de Jesus que nos purifica e liberta (cf. 1Jo 1,9; Ap 12,10-11). Mas como se dá isso concretamente? Através do discipulado. Ou seja, na medida em que me converto em discípulo de Jesus e assumo a vida dele como a minha vida ocorre uma purificação e uma libertação na minha própria existência. Assumir a vida do Senhor como referência fundamental para a nossa vida e nos empenharmos em crescer na união com ele, é isso que nos liberta e salva”, comentou.
“A multidão reunida no pretório de Pilatos clamou sobre si o sangue de Jesus”, continuou sua reflexão. “’Que o sangue dele caia sobre nós e nossos filhos’ (Mt 27,25). Fizeram isso no sentido de assumirem a responsabilidade pela morte de Jesus, tido por eles como um falso messias. Nós hoje também clamamos sobre nós o sangue de Cristo, mas não o fazemos por revolta ou como rejeição ao Senhor. Clamamos sobre nós o sangue de Cristo e fazemos isso como uma oração e um compromisso. Queremos permanecer em sua Palavra, conformar nossas vidas à Vida dele e nos tornarmos cada vez mais seus discípulos”, disse finalizando sua reflexão.
Acompanhe a programação da Semana Santa na cidade de Mariana. Veja a programação desta terça-feira, 3:
Dia 03 de abril – Terça-feira Santa
06:00h – Oração do Oficio Divino na Catedral.
06:30h – Celebração Eucarística na Catedral e na Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
19:00h – Celebração Eucarística na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e na Capela de São Vicente. Procissão do Encontro com a visitação dos passos da paixão e tradicional canto dos motetos. Sermão do Encontro pelo Revmo. Pe. Valter Magno de Carvalho, na Praça Minas Gerais.









terça-feira, 3 de abril de 2012

Domingo de Ramos reúne milhares de fiéis em Mariana


Domingo de Ramos da Paixão do Senhor
Dia Mundial da Juventude
Nas celebrações da Semana Santa, refletindo sobre o mistério redentor do Filho de Deus, as paróquias Nossa Senhora da Assunção e do Sagrado Coração de Jesus em Mariana têm procurado viver com intensidade este tempo favorável oferecido pela Liturgia para a renovação de um compromisso com a Igreja e com a vida humana.
Iniciamos, neste domingo, a Semana Santa recordando a entrada de Cristo em Jerusalém para realizar a entrega de sua vida, pela morte de cruz, em fidelidade ao projeto do Pai. No início da celebração, o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha disse: “Celebrando com fé a memória dessa entrada, seguimos os passos de Jesus, renovando hoje nossa adesão ao seu projeto e, com nossos ramos nas mãos, o aclamamos, Senhor da Vida e da História”.
Em sua homilia, o arcebispo acentuou que “durante as cinco semanas da quaresma, nós nos reunimos nos grupos, estudamos e atuamos na Campanha da Fraternidade, cultivando a oração pessoal e comunitária, a prática da penitência e da solidariedade, e agora ouvindo a narrativa da Paixão segundo Marcos, queremos vivenciar o mistério pascal de Jesus que se realiza em nossa vida”.
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor é também o Dia Mundial da Juventude, por isso, os jovens nucleados nos diversos Grupos de Jovens e na Pastoral da Juventude se organizaram e conclamaram os jovens para participarem desta celebração. Representando a juventude da cidade, os jovens Leonardo Procópio e Luciene Paula Dias, dirigiram a palavra agradecendo ao arcebispo pelo zelo apostólico e apoio à causa da juventude e dizendo à juventude presente na praça. “Queridos amigos, ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (Mt- 28,19). É o lema da próxima Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro. Mais que um encontro que reúne milhões de jovens, a Jornada Mundial da Juventude dá testemunho de uma Igreja viva e em constante renovação”.
“Somos nós jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. Somos convidados a assumirmos com amor a missão de sermos discípulos e a chamar outros discípulos para a comunhão e o convívio com o Senhor. Ser discípulo é ser amigo do Senhor, é comunicar aos outros a luz, a beleza e a alegria de ser discípulo. Essa é a missão que a nossa Igreja precisa levar adiante. Trouxemos conosco hoje a Cruz, representando um dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude. Relembrando, as palavras de Sua Santidade o Papa João Paulo II: ‘Devemos carregar a Cruz de Cristo como símbolo de amor pela a humanidade, e anunciar a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção’”.
Ao término da celebração, dirigindo-se aos jovens, disse dom Geraldo: “A Igreja quer estar junto dos jovens. Ela precisa e quer contar com o dinamismo, o vigor e a coragem da juventude. Mas, os jovens também precisam da Igreja, para ajudá-los no discernimento do rumo a seguir na vida e para apontar-lhes Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida”.
Pe. Luiz Cláudio Vieira
Logo abaixo, veja imagens que marcaram o início da Semana Santa na Arquidiocese de Mariana, na cidade de Mariana, durante missa presidida pelo arcebispo metropolitano, dom Geraldo Lyrio Rocha, na Praça da Sé, Centro Histórico. A Celebração Eucarística realizada no início da noite desse domingo, 1º de abril, reuniu milhares de fiéis das paróquias Nossa Senhora da Assunção e Sagrado Coração de Jesus, visitantes que prestigiam as celebrações da Semana Santa nas histórias cidades de Minas Gerais, além de ter sido concelebrada pelos seus respectivos párocos.
Acompanhe a programação desta segunda-feira, dia 2:
06:00h – Oração do Oficio Divino na Catedral.
06:30h – Celebração Eucarística na Catedral e na Matriz do Sagrado Coração de Jesus.
19:00h – Celebração Eucarística na Catedral. Trasladação da Imagem do Senhor dos Passos para a Igreja de N. Senhora do Rosário. Sermão do Pretório pelo Padre Luiz Antônio Reis Costa.







Papa: Falem do amor com simplicidade, Cristo vos dará força

                                                          
Nesta segunda-feira, 2 de abril, em audiência na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa Bento XVI deixou uma mensagem aos jovens colocando-os como protagonistas da evangelização. Em atenção à próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro em julho de 2013, o Pontífice lançou um novo desafio para os jovens, encorajando-os para que assumam concretamente a tarefa de anunciar a Boa Nova de Cristo.

— Vós sois chamados a cooperar com esta apaixonante tarefa, e vale à pena entregar-se a ela sem reservas. Cristo necessita de vocês para estender e edificar o seu reino de caridade. Isto será possível se vocês o têm como o melhor dos amigos e o confessais levando uma vida segundo o Evangelho, com valentia e fidelidade. (...) Falem do amor com bondade e simplicidade, sem complexos e temores. O próprio Cristo vos dará a força para isto, salientou.

O Papa continuou sua mensagem confirmando a passagem bíblica de 1ª Pedro 4, 10 que diz: “Como bons administradores da multiforme graça de Deus, cada um coloque à disposição dos outros o dom que recebeu”.

— Alguém poderia supor que evangelizar não tem nada a ver consigo ou que é uma possibilidade que supera suas capacidades e talentos. Mas não é assim. Nesta aventura, nada excede. Todos têm uma vocação pessoal que o Senhor quis propor para vossa via de santidade. Quando alguém é conquistado pelo fogo do seu olhar, nenhum sacrifício parece grande para segui-lo e dar o melhor de si mesmo, destacou o Pontífice.

Em sua narrativa, o Sumo Pontífice também falou sobre a Semana Santa – que teve início no Domingo de Ramos, dia 1º de abril – e fez um convite para que os jovens vivam intensamente esse momento.

— Animo-vos a carregar também a vossa cruz, e a cruz da dor dos pecados do mundo, para que entendais melhor o amor de Cristo pela humanidade. Assim, vos sentireis chamados a proclamar que Deus ama o homem e os enviou a seu filho, não para condená-lo, mas para que alcance uma vida plena e com sentido, disse.

Chamando os jovens de “queridos amigos” , Papa Bento XVI ressaltou que a Jornada Mundial da Juventude no Brasil será um marco no caminho da Igreja.

— Queridos amigos, estou seguro que já estais pensando no Rio de Janeiro, onde muitos jovens do mundo inteiro se congregarão, e que, sem dúvida, será um marco no caminho da Igreja, sempre jovem, que quer ampliar o horizonte das novas gerações com o tesouro do Evangelho, força de vida para o mundo, afirmou.

A audiência no Vaticano contou com a presença de cinco mil jovens espanhóis da arquidiocese de Madri e de outras dioceses da Espanha, que participaram da Jornada Mundial da Juventude 2011. Em seu discurso, o Santo Padre agradeceu aos organizadores, aos bispos e às autoridades, que, segundo ele, proporcionaram o bom êxito do evento.

* Fonte e Foto: Canção Nova