Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Bento XVI: "As tribulações nada podem com quem é amparado pela graça divina"


Tristeza por tudo o que aconteceu nos últimos dias no Vaticano, mas também confiança e apoio do Espírito Santo à Igreja e encorajamento aos seus colaboradores mais estreitos. Foi o que manifestou Bento XVI na manhã de quarta-feira, 30 de maio, durante a audiência geral na Praça de São Pedro.
“Os acontecimentos verificados nestes dias, acerca da Cúria e dos meus colaboradores, causaram tristeza no meu coração, mas nunca se ofuscou a certeza firme de que, não obstante a debilidade do homem, as dificuldades e as provas, a Igreja é guiada pelo Espírito Santo e o Senhor nunca lhe fará faltar a sua ajuda para a apoiar no seu caminho. Contudo, multiplicaram-se as ilações, amplificadas por alguns meios de comunicação totalmente gratuitas e que foram muito além dos fatos, oferecendo uma imagem da Santa Sé que não corresponde à realidade. Por isso, desejo renovar a minha confiança e o meu encorajamento aos meus colaboradores mais diretos e a todos os que, quotidianamente, com fidelidade, espírito de sacrifício e no silêncio, me ajudam no cumprimento do meu ministério”, disse o pontífice.
Na audiência geral, o Papa tinha dedicado a catequese à oração nas Cartas de são Paulo, ressaltando em particular a dinâmica do diálogo entre “o ‘sim’ fiel de Deus e o ‘amém’ confiante dos fiéis”.
Ao recordar os sofrimentos e as aflições enfrentadas pelo apóstolo, Bento XVI convidou os fiéis “a não se deixarem vencer pela tribulação e pelas dificuldades, mas a viver todas as situações unidos a Cristo”. Na oração, afirmou, “podemos também nós, em concreto, sentir o conforto que vem de Deus”. E isto, acrescentou, “fortalece a nossa fé, porque nos faz experimentar de maneira concreta o ‘sim’ de Deus ao homem”. Um ‘sim’ ao qual “respondemos com o nosso ‘sim’, com o nosso ‘amém’ e deste modo temos a certeza do ‘sim’ de Deus”, afirmou.
De resto, observou o Pontífice, “toda a história da salvação é um progressivo revelar-se desta fidelidade de Deus, não obstante as nossas infidelidades e negações”. Confirma-se o fato, continuou o Papa, de que o Senhor que “nunca se cansa  de ter paciência conosco e com a sua misericórdia imensa precede-nos sempre e oferece-nos a medida do seu amor, que não calcula e não tem medidas. Por conseguinte, a oração é o encontro com um Deus que renova a sua fidelidade inabalável, para nos doar o seu conforto no meio das tempestades da vida e fazer-nos viver, unidos a Ele, uma existência cheia de alegria e de bem”, completou o Papa.
No final da audiência, o pensamento do Papa dirigiu-se às populações da Emília, no norte da Itália, atingidas pelos novos tremores de terra.

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