Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Não quero ser santa pela metade, escolho tudo".

Santa Teresinha do Menino Jesus

1 de Outubro




"Não quero ser santa pela metade, escolho tudo".

A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma" e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.

Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de outubro de 1897 dizendo suas últimas palavras: "Oh!...amo-O. Deus meu,...amo-Vos!"

Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada "Patrona Universal das Missões Católicas" em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
                                           

Dia da Secretaria

Oração da Secretária


SENHOR,
Diante de ti, que és o criador e a fonte maravilhosa de todos os dons, quero agradecer-te pelo meu trabalho e a minha profissão.
Eu te ofereço a minha árdua tarefa, no compromisso pessoal e profissional de ser prestativa e generosa, acolher e servir com alegria, saber falar e saber ouvir, perdoar e pedir perdão, atuar com integridade e sinceridade, ter paciência e equilíbrio diante dos impasses, ser compreensiva e solidária, esforçando-me por manter um bom relacionamento e o bem-estar comum.
Às vezes, Mestre, sinto-me frágil, pequena e até mesmo insegura para tomar decisões que competem a minha função.
Mas tu me conheces profundamente, sabes de todas as minhas intenções. Por isso, peço-te, que me inspires e me orientes, dando-me sabedoria e serenidade.
Ilumina-me, para cumprir meu trabalho com dignidade e exercer minhas atividades com segurança e alegria.
Senhor! Que além de funcionária eu seja também colaboradora, companheira e amiga de todos, sem distinção.
Obrigada, Senhor, pelo meu trabalho, pelo pão de cada dia, pela minha vocação de servir e colaborar.
Amém!

Curiosidade

São Jerônimo é o Santo protetor das Secretárias. Ele foi secretário do Papa Dâmaso, que governou a Igreja Católica de 367 a 384 e seu dia é 30 de setembro.

"Ignorar as Escrituras, é ignorar a Cristo".

São Jerônimo

30 de Setembro



 

São Jerônimo Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande "tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras": São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: "Ignorar as Escrituras, é ignorar a Cristo".

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de amante dos estudos em Roma. Estando na "Cidade Eterna", Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e esforçava-se por decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Em Roma, Jerônimo teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, Jerônimo apresentava-se como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). Cerca do fim desta permanência em Roma, Jerônimo recebeu o Batismo.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma, e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o "Dia da Bíblia" no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.

São Jerônimo, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Santos Arcanjos Miguel,Gabriel e Rafael

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

29 de Setembro



Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra "Arcanjo" significa "Anjo principal". E a palavra "Anjo", por sua vez, significa "mensageiro".

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: "Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. "Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu". (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa "Força de Deus" ou "Deus é a minha proteção". É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: 'Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'..." a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome "Deus curou" ou "Medicina de Deus", restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. "Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Nota da CNBB: Vencer a corrupção com mobilização social

                                                                          
O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília de 20 a 22 de setembro de 2011, manifesta sua solidariedade e apoio às últimas manifestações populares contra a corrupção e a impunidade, que corroem as instituições do Estado brasileiro.
A crescente interpelação da sociedade para melhor qualificar, social e eticamente, os seus representantes e outros poderes constituídos, se expressou como nova forma significativa do exercício da cidadania. Reveladora dessa consciência cidadã foi, além das atuais marchas contra corrupção, a mobilização durante a Semana da Pátria, que recolheu mais de 150 mil petições via internet em favor da campanha “Vamos salvar a Ficha Limpa”, fruto de ação popular que, neste mês completa um ano.
Atentos para que estas mobilizações se resguardem de qualquer moralismo estéril, incentivamos sua prática constante, com objetivos democráticos, a fim de que, fortificadas, exijam do Congresso Nacional uma autêntica Reforma Política, que assegure a institucionalidade do País.
O Estado brasileiro deve fazer uso dos instrumentos legais para identificar, coibir e punir os responsáveis por atos de corrupção. Sem comprometimento ético, no entanto, será impossível banir de nosso meio a longa e dolorosa tradição de apropriação do Estado, por parte de alguns, para enriquecimento de pessoas e empresas.
Neste sentido, insistimos nas propostas apresentadas, em nota conjunta da CNBB com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no dia da Pátria:
“Para tornar vívido o sentimento de independência em cada brasileiro, devem os poderes eleger PRIORIDADES que reflitam a vontade da população, destacando-se: no Executivo, a necessidade de maior transparência nas despesas, a efetiva aplicação da lei que versa sobre esse tema, bem como a aplicação da “Lei da Ficha Limpa” aos candidatos a cargos comissionados, que também deveriam ser reduzidos.
No Legislativo, a extinção das emendas individuais ao Orçamento, a redução do número de cargos em comissão, o fim do voto secreto em todas as matérias e uma reforma política profunda, extirpando velhas práticas danosas ao aperfeiçoamento democrático.
No âmbito do Judiciário e do Ministério Público, agilidade nos julgamentos de processos e nos inquéritos relativos a crimes de corrupção e improbidade por constituírem sólida barreira à impunidade, bem como o imediato julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade sobre a Lei Complementar n. 135/2010 (Ficha Limpa)”.
Que o Espírito Santo ilumine todos os que, no exercício de sua cidadania, trabalham pela construção de um Brasil novo, justo, solidário e democrático.
Brasília-DF, 22 de setembro de 2011
P – Nº 0913/11
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB Ad hoc
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Bento XVI pede que jovens da Alemanha sejam chamas de esperança

                                                                             
Bento XVI alerta novas gerações sobre "inclinação para o mal" e consequências da ausência de Deus.
Milhares de jovens participaram na tarde deste sábado, 24 de setembro, em Friburgo, na Alemanha, de uma vigília de oração com Bento XVI, onde ele recordou o drama de “ditaduras e sistemas totalitários onde até a mais pequena centelha de humanismo foi sufocada”.
“Ao que parece, não obstante o seu progresso técnico, o mundo onde vivemos, em última análise, não se tem tornado melhor. Existem ainda guerras, terror, fome e doença, pobreza extrema e desalmada repressão”, disse, na homilia da celebração que decorreu no centro de exposições de Friburgo, sudoeste alemão.
O Papa convidou os milhares de participantes a superarem a “inclinação para o mal, o egoísmo, a inveja, a agressividade” e assumirem as consequências públicas da fé que professam.
“Permiti que Cristo arda em vós, ainda que isto possa às vezes implicar sacrifício e renúncia. Não tenhais medo de poder perder alguma coisa, ficando, no fim, por assim dizer de mãos vazias”, afirmou.
Antes da homilia, teve lugar o gesto da «entrega da luz», no qual Bento XVI acendeu as velas trazidas pelos jovens, que as levaram aos outros presentes no recinto.
“Não são os nossos esforços humanos nem o progresso técnico do nosso tempo que trazem a luz a este mundo”, diria mais tarde o Papa, recordando este momento.
Para Bento XVI, o ser humano experimenta sempre os limites dos seus esforços “por uma ordem melhor e mais justa”.
“O sofrimento dos inocentes e, enfim, a morte de cada homem constituem uma escuridão impenetrável que pode talvez ser momentaneamente iluminada por novas experiências, como a noite o é por um relâmpago; mas, no fim, permanece uma escuridão acabrunhadora”, indicou.
A fé, disse em seguida, é “uma chama pequena, minúscula, que é mais forte do que a escuridão, aparentemente tão poderosa e insuperável”.
“Cada batizado – ainda antes de poder realizar boas obras ou particulares ações – é santificado por Deus. No batismo, o Senhora acende, por assim dizer, uma luz na nossa vida, uma luz que o catecismo chama a graça santificante. Quem conservar essa luz, quem viver na graça, é efetivamente santo”, apontou.
O Papa afirmou ainda que a “necessidade de outras pessoas” nas coisas importantes da vida se sente de “modo particular na fé”, apelando à participação na vida da Igreja, como “anéis na grande corrente dos crentes”.
Durante a cerimónia, nove jovens deram o seu testemunho pessoal e, no final, rezaram pelos que são “perseguidos” por causa da sua fé, os que passam por “tempos difíceis”, pela “justiça e a sustentabilidade” ecológica e pelos que sofrem com as “drogas” e as “dependências”.
A terceira viagem do Papa à Alemanha, 21ª ao estrangeiro (16ª na Europa), iniciou-se quinta-feira, com passagens por Berlim, Erfurt e Friburgo, prolongando-se até domingo sob o lema ‘Onde há Deus, há futuro’
Discurso do Papa aos jovens durante a vigília de oração

Queridos jovens amigos!
Durante todo o dia, pensei com alegria a esta noite, quando poderia estar aqui junto convosco e estar unido a vós na oração. Talvez alguns de vós tenham estado presentes na Jornada Mundial da Juventude, onde pudemos experimentar a singular atmosfera de serenidade, profunda comunhão e íntima alegria que caracteriza uma vigília noturna de oração. Espero que possamos nós também fazer a mesma experiência neste momento: Que o Senhor nos toque e faça de nós testemunhas jubilosas, que rezam juntas e servem de suporte umas às outras não só nesta noite, mas durante toda a nossa vida.
Em todas as igrejas, nas catedrais e nos conventos, em toda a parte onde se reúnem os fiéis para a celebração da Vigília Pascal, a mais santa de todas as noites começa com o acendimento do círio pascal, cuja luz é transmitida a todos os presentes. Uma minúscula chama irradia-se para muitas luzes e ilumina a casa de Deus que estava às escuras. Neste maravilhoso rito litúrgico que imitamos nesta vigília de oração, desvenda-se-nos, através de sinais mais eloquentes do que as palavras, o mistério da nossa fé cristã. Jesus, que diz de Si próprio: «Eu sou a luz do mundo» (Jo 8, 12), faz brilhar a nossa vida, para ser verdadeiro o que acabamos de ouvir no Evangelho: «Vós sois a luz do mundo» (Mt 5, 14). Não são os nossos esforços humanos nem o progresso técnico do nosso tempo que trazem a luz a este mundo. Experimentamos sempre de novo que o nosso esforço por uma ordem melhor e mais justa tem os seus limites. O sofrimento dos inocentes e, enfim, a morte de cada homem constituem uma escuridão impenetrável que pode talvez ser momentaneamente iluminada por novas experiências, como a noite o é por um relâmpago; mas, no fim, permanece uma escuridão acabrunhadora.
Ao nosso redor pode haver a escuridão e as trevas, e todavia vemos uma luz: uma chama pequena, minúscula, que é mais forte do que a escuridão, aparentemente tão poderosa e insuperável. Cristo, que ressuscitou dos mortos, brilha neste mundo, e fá-lo de modo mais claro precisamente onde tudo, segundo o juízo humano, parece lúgubre e sem esperança. Ele venceu a morte – Ele vive – e a fé n’Ele penetra, como uma pequena luz, tudo o que é escuro e ameaçador. Certamente quem acredita em Jesus não é que vê sempre só o sol na vida, como se fosse possível poupar-lhe sofrimentos e dificuldades, mas há sempre uma luz clara que lhe indica um caminho que conduz à vida em abundância (cf. Jo 10, 10). Os olhos de quem acredita em Cristo vislumbram, mesmo na noite mais escura, uma luz e vêem já o fulgor dum novo dia.
A luz não fica sozinha. Ao seu redor, acendem-se outras luzes. Sob os seus raios, delineiam-se de tal modo os contornos do ambiente que nos podemos orientar. Não vivemos sozinhos no mundo. Precisamente nas coisas importantes da vida, temos necessidade de outras pessoas. Assim, de modo particular na fé, não estamos sozinhos, somos anéis na grande corrente dos crentes. Ninguém chega a crer, senão for sustentado pela fé dos outros; mas, por outro lado, com a minha fé contribuo para confirmar os outros na sua fé. Ajudamo-nos mutuamente a ser exemplo uns para os outros, partilhamos com os outros o que é nosso, os nossos pensamentos, as nossas ações, a nossa estima. E ajudamo-nos mutuamente a orientar-nos, a identificar o nosso lugar na sociedade.
Queridos amigos, diz o Senhor: «Eu sou a luz do mundo; vós sois a luz do mundo». É uma coisa misteriosa e magnífica que Jesus tenha dito de Si próprio e de cada um de nós a mesma coisa, ou seja, que «somos luz». Se acreditarmos que Ele é o Filho de Deus que curou os doentes e ressuscitou os mortos, antes, que Ele mesmo ressuscitou do sepulcro e está verdadeiramente vivo, então compreenderemos que Ele é a luz, a fonte de todas as luzes deste mundo. Nós, ao contrário, não cessamos de experimentar a falência dos nossos esforços e o erro pessoal, apesar das melhores intenções. Ao que parece, não obstante o seu progresso técnico, o mundo onde vivemos, em última análise, não se tem tornado melhor. Existem ainda guerras, terror, fome e doença, pobreza extrema e desalmada repressão. E mesmo aqueles que, na história, se consideraram «portadores de luz», mas sem ter sido iluminados por Cristo que é a única verdadeira luz, para dizer a verdade, não criaram paraíso terrestre algum, antes instauraram ditaduras e sistemas totalitários onde até a mais pequena centelha de humanismo foi sufocada.
Neste ponto, não devemos calar o fato de que o mal existe. Vemo-lo em tantos lugares deste mundo; mas vemo-lo também – e isto assusta-nos – na nossa própria vida. Sim, no nosso próprio coração, existe a inclinação para o mal, o egoísmo, a inveja, a agressividade. Com uma certa autodisciplina, talvez isto se possa, em certa medida, controlar. Caso diverso e mais difícil se passa com formas de mal mais escondido, que podem envolver-nos como um nevoeiro indefinido, tais como a preguiça, a lentidão no querer e no praticar o bem. Repetidamente, ao longo da história, pessoas atentas fizeram notar que o dano para a Igreja não vem dos seus adversários, mas dos cristãos tíbios. Então como pode Cristo dizer que os cristãos – sem ter excluído os cristãos fracos e frequentemente tão tíbios –são a luz do mundo? Compreenderíamos talvez que Ele tivesse gritado: Convertei-vos! Sede a luz do mundo! Mudai a vossa vida, tornai-a clara e resplandecente! Não será caso de ficar maravilhados ao vermos que o Senhor não nos dirige um apelo, mas diz que somos a luz do mundo, que somos luminosos, que resplandecemos na escuridão?
Queridos amigos, o apóstolo São Paulo, em muitas das suas cartas, não tem receio de designar por «santos» os seus contemporâneos, os membros das comunidade locais. Aqui torna-se evidente que cada batizado – ainda antes de poder realizar boas obras ou particulares ações – é santificado por Deus. No batismo, o Senhora acende, por assim dizer, uma luz na nossa vida, uma luz que o Catecismo chama a graça santificante. Quem conservar essa luz, quem viver na graça, é efetivamente santo.
Queridos amigos, a imagem dos santos foi repetidamente objeto de caricatura e apresentada de modo distorcido, como se o ser santo significasse estar fora da realidade, ser ingênuo e viver sem alegria. Não é raro pensar-se que um santo seja apenas aquele que realiza ações ascéticas e morais de nível altíssimo, pelo que se pode certamente venerar mas nunca imitar na própria vida. Como é errada e desalentadora esta visão! Não há nenhum santo, à exceção da bem-aventurada Virgem Maria, que não tenha conhecido também o pecado e que não tenha caído alguma vez. Queridos amigos, Cristo não se interessa tanto de quantas vezes vacilastes e caístes na vida, como sobretudo de quantas vezes vos erguestes. Não exige ações extraordinárias, mas quer que a sua luz brilhe em vós. Não vos chama porque sois bons e perfeitos, mas porque Ele é bom e quer tornar-vos seus amigos. Sim, vós sois a luz do mundo, porque Jesus é a vossa luz. Sois cristãos, não porque realizais coisas singulares e extraordinárias, mas porque Ele, Cristo, é a vossa vida. Sois santos, porque a sua graça atua em vós.
Queridos amigos, nesta noite em que nos reunimos em oração ao redor do único Senhor, vislumbramos a verdade da palavra de Cristo segundo a qual não pode ficar escondida uma cidade situada no cimo de um monte. Esta assembleia brilha nos vários significados da palavra: quer no clarão de inúmeras luzes, quer no resplendor de tantos jovens que acreditam em Cristo. Uma vela só pode dar luz, se se deixar consumir pela chama; permaneceria inútil, se a sua cera não alimentasse o fogo. Permiti que Cristo arda em vós, ainda que isto possa às vezes implicar sacrifício e renúncia. Não tenhais medo de poder perder alguma coisa, ficando, no fim, por assim dizer de mãos vazias. Tende a coragem de empenhar os vossos talentos e os vossos dotes pelo Reino de Deus e de vos dar a vós mesmos – como a cera da vela –, para que o Senhor ilumine, por vosso meio, a escuridão. Sabei ousar ser santos ardorosos, em cujos olhos e coração brilha o amor de Cristo e que, deste modo, trazem luz ao mundo. Eu confio que vós e muitos outros jovens aqui na Alemanha sejam chamas de esperança, que não ficam escondidas. «Vós sois a luz do mundo». Amém.

Bento XVI pede unidade dos católicos e ação diante dos desafios

                                                               
Bento XVI desafiou hoje os católicos na Alemanha a permanecerem unidos entre si e com o Papa para enfrentar “os grandes desafios do presente e do futuro”, criticando os “fiéis rotineiros”.
“A Igreja na Alemanha continuará a ser uma bênção para a comunidade católica mundial, se permanecer fielmente unida aos sucessores de São Pedro [Papa] e dos Apóstolos [bispos], se tiver a peito de variados modos a cooperação com os países de missão e se nisto se deixar «contagiar» pela alegria na fé das jovens Igrejas”, disse, na homilia da missa, no aeroporto turístico de Friburgo, no sudoeste alemão, perante dezenas de milhares de pessoas.
Depois de afirmar que “não são as palavras que contam, mas o agir, os atos de conversão e de fé”, Bento XVI declarou mesmo que “agnósticos que, por causa da questão de Deus, não encontram paz e pessoas que sofrem por causa dos nossos pecados e sentem desejo dum coração puro estão mais perto do Reino de Deus de quanto o estejam os fiéis rotineiros, que na Igreja já só conseguem ver o aparato sem que o seu coração seja tocado pela fé”.
“Em última análise, a renovação da Igreja só poderá realizar-se através da disponibilidade à conversão e duma fé renovada”, prosseguiu.
O Papa percorreu o recinto durante vários minutos, antes do início da missa, a bordo do papamóvel, saudado pelos presentes com bandeiras da Alemanha e do Vaticano.
Num gesto habitual, Bento XVI beijou vários bebês que lhe foram apresentados pelo seu secretário particular, antes de chegar ao altar, onde se encontravam os bispos das 27 dioceses alemãs, católicos germânicos e de outros países limítrofes.
A homilia papal começou com uma reflexão sobre o “dom da liberdade”: “Quando vemos as coisas tremendas que sucedem por causa dela, assustamo-nos. Mantenhamos a confiança em Deus, cujo poder se manifesta sobretudo na misericórdia e no perdão”.
“Para que o poder da sua misericórdia possa tocar os nossos corações, requer-se a abertura a Ele [Deus], é preciso a disponibilidade de abandonar o mal, levantar-se da indiferença e dar espaço à sua Palavra. Deus respeita a nossa liberdade; não nos constrange”, precisou Bento XVI.
O Papa quis ainda deixar uma palavra de “profunda gratidão a tantos colaboradores, contratados ou voluntários, sem os quais a vida nas paróquias e na Igreja inteira seria impensável”.
“Quero exprimir a minha gratidão e o meu apreço a todos quantos estão empenhados na Cáritas alemã ou noutras organizações, ou então que disponibilizam generosamente o seu tempo e as suas forças para tarefas de voluntariado na Igreja”, acrescentou.
Neste dia final da visita o Papa almoça com os membros da Conferência Episcopal Alemã e reúne-se com os magistrados do Tribunal Constitucional Federal.
O último encontro da viagem é dedicado por Bento XVI aos “católicos comprometidos na Igreja e na sociedade”, antes da cerimônia de despedida, no aeroporto de Lahr, cerca de 50 quilômetros a norte de Friburgo
A terceira viagem à Alemanha, 21ª ao estrangeiro (16ª na Europa), iniciou-se na quinta-feira e contou com passagens por Berlim, Erfurt e Friburgo, tendo como lema ‘Onde há Deus, há futuro’.
A chegada a Roma está prevista para as 20h45 (menos uma em Lisboa), após seis voos, 12 discursos, três homilias, duas saudações e mais de 2750 quilômetros percorridos em 84 horas e meia.

Papa reza o Ângelus em Friburgo e recorda o “sim” de Maria
Na conclusão da Santa Missa nesta manhã em Friburgo, sul da Alemanha, Bento XVI rezou com os cerca de 100 mil fiéis ali reunidos a oração do Ângelus. Nas palavras que precederam a oração mariana o Santo Padre sublinhou que o Ângelus no recorda sempre o início histórico da nossa salvação.
O Arcanjo Gabriel - continuou o Papa - apresenta à Virgem Maria o plano de salvação de Deus, segundo o qual Ela deveria tornar-se a Mãe do Redentor. Maria fica perturbada. Mas o Anjo diz-Lhe uma palavra de consolação: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus». Deste modo, Maria pode dizer o seu grande «sim».
“Este «sim» a ser serva do Senhor é a adesão confiante ao plano de Deus e à nossa salvação. E, finalmente, Maria diz este «sim» a todos nós que, junto da Cruz, Lhe fomos confiados como filhos (cf. Jo 19, 27). E nunca mais revoga esta promessa. E é por isso que Ela deve ser chamada feliz, antes bem-aventurada, porque acreditou no cumprimento daquilo que Lhe foi dito da parte do Senhor” (cf. Lc 1, 45).
Agora, ao rezarmos o Ângelus - destacou ainda Bento XVI -, podemos unir-nos ao «sim» de Maria e aderir confiadamente à beleza do plano de Deus e da providência que Ele, na sua graça, reservou para nós. Então, também na nossa vida o amor de Deus tornar-se-á quase carne, tomará progressivamente forma. Não devemos ter medo no meio das nossas preocupações sem fim. Deus é bom.
Ao mesmo tempo, - finalizou - podemos sentir-nos apoiados pela comunidade de tantos fiéis que nesta hora rezam o Ângelus conosco, em todo o mundo, através da televisão e do rádio.

Na íntegra, homilia pronunciada por Bento XVI em Friburgo: Diante de Deus “não contam as palavras, mas o agir, a ação de conversão e de fé”.
Amados irmãos e irmãs,
Com particular emoção volto aqui para celebrar a Eucaristia, a ação de graças, com tanta gente vinda de diversas partes da Alemanha e dos países limítrofes. A nossa ação de graças, queremos dirigi-la sobretudo a Deus, em Quem vivemos e nos movemos; mas quero agradecer também a todos vós pela vossa oração em favor do Sucessor de Pedro, para que ele possa continuar a desempenhar o seu ministério com alegria e segura esperança, confirmando os irmãos na fé.
«Ó Deus, que manifestais a vossa onipotência sobretudo com a misericórdia e o perdão…»: rezamos na coleta de hoje. Na primeira leitura, ouvimos dizer como Deus, na história de Israel, manifestou o poder da sua misericórdia. A experiência do exílio babilonense fizera o povo cair numa crise de fé: Por que sucedera aquela desgraça? Seria Deus verdadeiramente poderoso?
Há teólogos que, à vista de todas as coisas terríveis que acontecem hoje no mundo, dizem que Deus não pode ser onipotente. Diversamente, nós professamos Deus, o Onipotente, o Criador do céu e da terra. Sentimo-nos felizes e agradecidos por Ele ser onipotente; mas devemos, ao mesmo tempo, dar-nos conta de que Ele exerce o seu poder de maneira diferente de como costumam fazer os homens. Ele próprio impôs um limite ao seu poder, ao reconhecer a liberdade das suas criaturas. Sentimo-nos felizes e agradecidos pelo dom da liberdade; mas, quando vemos as coisas tremendas que sucedem por causa dela, assustamo-nos. Mantenhamos a confiança em Deus, cujo poder se manifesta sobretudo na misericórdia e no perdão. E estejamos certos, amados fiéis, de que Deus deseja a salvação do seu povo. Deseja a nossa salvação. Sempre, mas sobretudo em tempos de perigo e transtorno, Ele está perto de nós, o seu coração comove-se por nós, inclina-se sobre nós. Para que o poder da sua misericórdia possa tocar os nossos corações, requer-se a abertura a Ele, é preciso a disponibilidade de abandonar o mal, levantar-se da indiferença e dar espaço à sua Palavra. Deus respeita a nossa liberdade; não nos constrange.
No Evangelho, Jesus retoma este tema fundamental da pregação profética. Narra a parábola dos dois filhos que são convidados pelo pai para irem trabalhar na vinha. O primeiro filho respondeu: «“Não quero”. Depois, porém, arrependeu-se e foi» (Mt 21, 29). O outro, ao contrário, disse ao pai: «“Eu vou, senhor.” Mas, de fato, não foi» (Mt 21, 30). À pergunta de Jesus sobre qual dos dois cumprira a vontade do pai, os ouvintes respondem: «O primeiro» (Mt 21, 31). A mensagem da parábola é clara: Não são as palavras que contam, mas o agir, os atos de conversão e de fé. Jesus dirige esta mensagem aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, isto é, aos peritos de religião no povo de Israel. Estes começam por dizer «sim» à vontade de Deus; mas a sua religiosidade torna-se rotineira, e Deus já não os inquieta. Por isso sentem a mensagem de João Baptista e a de Jesus como um incômodo. E assim o Senhor conclui a sua parábola com estas palavras drásticas: «Os publicanos e as mulheres de má vida vão antes de vós para o Reino de Deus. João Baptista veio ao vosso encontro pelo caminho que leva à justiça, e não lhe destes crédito, mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram nele. E vós, que bem o vistes, nem depois vos arrependestes, acreditando nele» (Mt 21, 31-32). Traduzida em linguagem do nosso tempo, a frase poderia soar mais ou menos assim: agnósticos que, por causa da questão de Deus, não encontram paz e pessoas que sofrem por causa dos nossos pecados e sentem desejo dum coração puro estão mais perto do Reino de Deus de quanto o estejam os fiéis rotineiros, que na Igreja já só conseguem ver o aparato sem que o seu coração seja tocado pela fé.
Assim, a palavra de Jesus deve fazer-nos refletir; antes, deve abalar a todos nós. Isto, porém, não significa de modo algum que todos quantos vivem na Igreja e trabalham para ela se devam considerar distantes de Jesus e do Reino de Deus. Absolutamente, não! Antes, este é o momento bom para dizer um palavra de profunda gratidão a tantos colaboradores, contratados ou voluntários, sem os quais a vida nas paróquias e na Igreja inteira seria impensável. A Igreja na Alemanha possui muitas instituições sociais e caritativas, onde se cumpre o amor do próximo de forma eficaz, mesmo socialmente e até aos confins da terra. Quero exprimir a minha gratidão e o meu apreço a todos quantos estão empenhados na Cáritas alemã ou noutras organizações, ou então que disponibilizam generosamente o seu tempo e as suas forças para tarefas de voluntariado na Igreja. Tal serviço requer, primariamente, uma competência objetiva e profissional; mas, no espírito do ensinamento de Jesus, exige-se algo mais, ou seja, o coração aberto, que se deixa tocar pelo amor de Cristo, e deste modo é prestado ao próximo, que precisa de nós, mais do que um serviço técnico: o amor, no qual se torna visível ao outro o Deus que ama, Cristo. Neste sentido, interroguemo-nos: Como é a minha relação pessoal com Deus na oração, na participação na Missa dominical, no aprofundamento da fé por meio da meditação da Sagrada Escritura e do estudo do Catecismo da Igreja Católica? Queridos amigos, em última análise, a renovação da Igreja só poderá realizar-se através da disponibilidade à conversão e duma fé renovada.
No Evangelho deste domingo, fala-se de dois filhos, mas misteriosamente por detrás deles há ainda um terceiro filho. O primeiro filho diz «não», mas depois cumpre a vontade do pai. O segundo filho diz «sim», mas não faz o que lhe foi ordenado. O terceiro filho diz «sim» e faz também o que lhe foi ordenado. Este terceiro filho é o Filho Unigênito de Deus, Jesus Cristo, que aqui nos reuniu a todos. Ao entrar no mundo, Ele disse: «Eis que venho (…) para fazer, ó Deus, a vossa vontade» (Heb 10, 7). Este «sim», Ele não se limitou a pronunciá-lo, mas cumpriu-o. Diz-se no hino cristológico da segunda leitura: «Ele, que era de condição divina, não quis ter a exigência de ser posto ao nível de Deus. Antes, a Si próprio Se despojou, tomando a condição de escravo, ficando semelhante aos homens. Tido no aspecto como simples homem, ainda mais Se humilhou a Si mesmo, obedecendo até à morte e morte na cruz» (Flp 2, 6-8). Em humildade e obediência, Jesus cumpriu a vontade do Pai, morreu na cruz pelos seus irmãos e irmãs e redimiu-nos da nossa soberba e obstinação. Agradeçamos-Lhe pelo seu sacrifício, ajoelhemos diante do seu Nome e, juntamente com os discípulos da primeira geração, proclamemos: «Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai» (Flp 2, 11).
A vida cristã deve medir-se continuamente pela de Cristo: «Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus» (Flp 2, 5) – escreve São Paulo ao introduzir o hino cristológico. E, alguns versículos antes, exorta: «Se há em Cristo alguma consolação, algum conforto na caridade; se existe alguma participação nos dons do Espírito Santo, alguns sentimentos de ternura e misericórdia, então completai a minha alegria, mantendo-vos unidos nos mesmos sentimentos: conservai a mesma caridade, uma alma comum, um mesmo e único sentir» (Flp 2, 1-2). Assim como Cristo estava totalmente unido ao Pai e era-Lhe obediente, assim também os seus discípulos devem obedecer a Deus e manter entre si um mesmo sentir. Queridos amigos, com Paulo ouso exortar-vos: Tornai plena a minha alegria, permanecendo firmemente unidos em Cristo! A Igreja na Alemanha vencerá os grandes desafios do presente e do futuro e continuará a ser fermento na sociedade, se os sacerdotes, as pessoas consagradas e os leigos que acreditam em Cristo, na fidelidade à vocação específica de cada um, colaborarem em unidade; se as paróquias, as comunidades e os movimentos se apoiarem e enriquecerem mutuamente; se os batizados e os crismados, em união com o Bispo, mantiverem alta a chama de uma fé intacta e, por ela, deixarem iluminar a riqueza dos seus conhecimentos e capacidades. A Igreja na Alemanha continuará a ser uma bênção para a comunidade católica mundial, se permanecer fielmente unida aos Sucessores de São Pedro e dos Apóstolos, se tiver a peito de variados modos a cooperação com os países de missão e se nisto se deixar «contagiar» pela alegria na fé das jovens Igrejas.
Com a exortação da unidade, Paulo associa o apelo à humildade: «Não façais nada por rivalidade, nem por vanglória; mas, por humildade, considerai os outros superiores a vós mesmos, sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros» (Flp 2, 3-4). A vida cristã é uma «existência-para»: um viver para o outro, um compromisso humilde a favor do próximo e do bem comum. Amados fiéis, a humildade é uma virtude que hoje não goza de grande estima. Mas os discípulos do Senhor sabem que esta virtude é, por assim dizer, o óleo que torna fecundos os processos de diálogo, fácil a colaboração e cordial a unidade. Humilitas, a palavra latina donde deriva «humildade», tem a ver com humus, isto é, com a aderência à terra, à realidade. As pessoas humildes vivem com ambos os pés na terra; mas sobretudo escutam Cristo, a Palavra de Deus, que ininterruptamente renova a Igreja e cada um dos seus membros.
Peçamos a Deus a coragem e a humildade de prosseguirmos pelo caminho da fé, de nos saciarmos na riqueza da sua misericórdia e de mantermos o olhar fixo em Cristo, a Palavra que faz novas todas as coisas, que é para nós «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14, 6), que é o nosso futuro. Amém.

Visita do Papa na Alemanha: Análise da imprensa local
Neste domingo de sol e calor humano, circundado por uma multidão nesta cidade baluarte dos católicos no sul da Alemanha, o Papa encerra a sua 21a viagem apostólica, terceira em seu país natal.
O grande momento do dia foi a missa celebrada esta manhã, às 10h, no aeroporto turístico de Friburgo, com a participação de cerca de 100 mil fiéis. Para a Eucaristia vieram fiéis do país e das nações próximas (França e Suíça), assim como os bispos das 27 dioceses da República Federal. Muitos dos 35 mil jovens com quem se reuniu ontem à tarde, na Vigília, também estiveram presentes, depois de passar a noite nas instalações do aeroporto, distante 8 km da cidade.
Depois do intenso programa dos últimos dias, nem a agenda de hoje poupa o Pontífice de uma série de encontros, como o particularmente significativo com os juízes da Corte Constitucional Federal, um testemunho da importância que Bento XVI atribui à Constituição alemã, redigida mais de 60 anos atrás como texto-base para a reconstrução da democracia na Alemanha depois da ditadura nazista.
À tarde, no Teatro de Concertos da cidade, o Papa encontra-se com os católicos engajados na Igreja e na sociedade, antes de se dirigir ao aeroporto de Lahr, de onde parte para Roma, e de lá, diretamente para Castel Gandolfo.
Enquanto isso, a imprensa alemã começa a fazer um balanço da missão do Papa compatriota no país. Como era de se esperar, os jornais dão muito destaque ao incidente ocorrido em Erfurt antes da missa, sábado. O “Bild” escreve: “Momentos de medo durante a visita do Papa!”, mas depois que a polícia redimensionou o caso, a imprensa pôs a questão em segundo plano, dedicando espaço principalmente à Vigília com os jovens em Friburgo e ao encontro com o ex-chanceler Helmut Kohl. O cotidiano descreve a alegria da Vigília afirmando que muitos dos jovens presentes usavam bonés e camisetas da JMJ de Madri. O encontro com Kohl, em cadeira de rodas, é definido “tocante”.
“Der Spiegel” traz uma crônica da Vigília descrevendo um Papa de 84 anos “jovem entre os jovens” e faz uma reflexão sobre o significado de “visita pastoral”, uma expressão – escreve – que soa por vezes hipócrita mas que nesta ocasião, é certeira. O Papa encontrou seu rebanho: cerca de 3 mil jovens, entusiasmados e carinhosos, ao seu redor. Sob um céu sem nuvens, um sol que se punha no horizonte e temperaturas de verão, 30 mil jovens de toda a Alemanha comemoraram o “seu” Bento, gritando o seu nome como em uma torcida. Havia grupos de escoteiros, associações rurais de jovens, coroinhas, movimentos de fraternidade, jovens pais com seus bebês, padres e freiras com tênis nos pés. Toalhas de pic-nic, sacos de dormir e colchões de viagem cobriam o gramado.
“Der Spiegel” destaca uma frase do Papa: “O perigo para a Igreja não vem de seus adversários mas dos cristãos ‘mornos’”. O jornal publica ainda que a coalizão “Friburgo sem Papa” entregou mais de 5 mil assinaturas à Prefeitura para protestar contra a assinatura do Pontífice no Livro de Ouro da cidade, por sua posição sobre homossexualidade e papel das mulheres na Igreja.
O “Frankfurter Allgmeine Zeitung” titula seu artigo com outra frase de Bento XVI: “A caricatura da figura dos santos, como se eles fossem fora do mundo, personalidades heróicas e inimitáveis”. “Não é assim – diz o Papa, convidando os jovens a terem coragem e serem santos ardorosos”.
O “Suddeutsche Zeitung” escreve que em Friburgo o Papa foi acolhido com grande calor e na Vigília foi aclamado pelos jovens como um “popstar”. Publica também entrevistas a jovens, muitos dos quais afirmam não ver diferenças entre católicos e luteranos e discordam da Igreja sobre temas como a homossexualidade e o papel das mulheres nas estruturas eclesiais. Sobre o encontro com o Comitê Central dos Católicos Alemães, repercute a frase: “a verdadeira crise da Igreja no Ocidente é a crise da fé”, recordando também o pronunciamento aos ortodoxos: “nossas Igrejas estão muito próximas”.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Padre Pio


   Fica comigo Senhor-       Oração de Padre Pio


075 Padre Pio
Oração:
Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.
Padre Pio

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mensagem para refletir

                                                                                
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo! Se você é gentil, podem acusá-lo de egoísta, interesseiro. Seja gentil assim mesmo! Se você é um vencedor terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo! Se você é bondoso e franco poderão enganá-lo. Seja bondoso e franco assim mesmo! O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para a outra. Construa assim mesmo! Se você tem paz e é feliz, poderão sentir inveja. Seja feliz assim mesmo! O bem que você faz hoje, poderão esquecê-lo amanhã. Faça o bem assim mesmo! Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo! Veja você que, no final das contas é entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros!
Madre Teresa de Calcutá
                                                          

Reflexão

                                                                                   
“Nada te perturbe, nada te assuste, tudo passa. Deus nunca muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!” Santa Tereza d’Avila

Símbolos da JMJ são acolhidos por mais de 100 mil em São Paulo

                                                                        
“Queridos jovens sintam-se todos convidados a participar deste grande evento de peregrinação que está movimentando a Igreja e o Brasil inteiro. Lembrem-se, vocês são os protagonistas desta bonita festa que é o símbolo maior de nossa fé. Bem-vindos à Jornada Mundial da Juventude”.
Com essas palavras o núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, convidou os mais de 100 mil que lotaram o Campo de Marte (SP), para assistir as atrações musicais e participar da missa de acolhida da Cruz e Ícone de Nossa Senhora, da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que chegou ontem, 18, em São Paulo para sua peregrinação de dois anos pelas dioceses do país.
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O evento, intitulado Bote Fé, aconteceu das 9h às 21h, contou com a presença de cardeis, arcebispos, bispos, padres, representantes do Governo Federal, Estadual e Municipal, de paróquias, comunidades, grupos de jovens, além de 1100 voluntários de apoio e centenas de ministros extraordinários da comunhão.
baldisserilorenzonuncioDepois de seguirem pela cidade em carro aberto, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora chegaram ao Campo de Marte, às 16h, no início da missa, ponto alto das festividades de acolhida dos símbolos. Após passar por um corredor, formado no meio da multidão, os símbolos foram postos no altar, levando ao delírio os 100 mil presentes.
O núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, explicou que a Cruz não é um simples objeto de madeira, mas “Cristo que passa”. Ele também destacou o ardor missionário que deve caracterizar a peregrinação. “Nosso redentor nos chama a uma nova aurora de fidelidade à missão que temos recebido de difundir a fé pelos quatro cantos da nossa querida nação brasileira. Por isso, não guarde a felicidade de Cristo apenas para você, comunique aos outros a alegria de nosso Pai. O mundo necessita do testemunho de Deus. Penso que a presença de todos aqui, nesse momento, é a prova maravilhosa da fecundidade do mandato de Cristo à Igreja”, disse dom Lorenzo.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

15 de Setembro dia de Nossa Senhora das Dores


DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES
Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.
A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.
As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores

Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Eis as promessas:

1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.


 
Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
 
Eis as Graças:

1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.



O TERÇO DAS SETE DORES
DA VIRGEM MARIA.


Início:

D- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
R- Amém!
D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!
R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.
D- Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!
R- E vos seguimos no caminho da fé!

Oração Inicial:

Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos mérito de Vossas Dores e lágrimas, a graça...(pedir a graça)

1ª Dor - Profecia de Simeão

Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias 

2ª Dor - Fuga para o Egito

O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias


3ª Dor - Maria procura Jesus em Jerusalém

Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias


4ª Dor - Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário

Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias


5ª Dor - Maria ao pé da Cruz de Jesus

Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias


6ª Dor - Maria recebe Jesus descido da Cruz

Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias


7ª Dor - Maria deposita Jesus no Sepulcro

Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).

1 Pai Nosso; 7 Ave Marias

Exaltação da Santa Cruz

                                                                        
A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.

A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)

No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)

Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!”

A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dom Raimundo Damasceno Comemora seus 25 anos de Episcopado no Seminário de Mariana

                                                                                                                                                                                                                                                               
 Mineiro de Capela Nova (localizada no Campo das Vertentes), 74 anos, dom Raymundo Damasceno Assis retornou para as terras mineiras para celebrar os 25 anos de vida no episcopado. O ex-aluno do Seminário de Mariana, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB presidiu uma missa realizada na capela do Seminário São José –Instituto de Teologia – na noite dessa terça-feira, 13, quando foi homenageado pelo seu jubileu de prata episcopal.
Durante Celebração Eucarística em ação de graças pela vida e ministério de dom Damasceno, o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, falou de sua grande satisfação em receber o arcebispo e alegria de toda a comunidade do Seminário com a nomeação do arcebispo ao cardinalato (em novembro de 2010). “O Seminário de Mariana se rejubilou com esta nomeação. Entre os quase 50 alunos bispos que passaram por aqui, três se tornaram cardeais”, disse dom Geraldo se referindo ao arcebispo de São Paulo e Aparecida (SP), dom Carlos Carmelo Cardeal de Vasconcelos Motta; a dom Frei Lucas Cardeal Moreira Neves (Salvador – BA), e agora, ao próprio dom Damasceno.
Segundo dom Geraldo, Mariana tem vínculos muito profundos com Aparecida. “Não só porque se chama Mariana, nossa cidade e sede desta Arquidiocese, mas porque guarda preciosas recordações em sua rica história”, dizia. Ele ainda completou citando dom Oscar de Oliveira em sua obra Virgem Maria: Mãe de Deus e Mãe dos homens (Editora Dom Viçoso, 1968). “É no seio da Vila do Ribeirão do Carmo que Dom Frei João da Cruz, Bispo da Diocese do Rio de Janeiro, que ainda abrangia toda a Capitania de São Paulo e quase toda a de Minas, a 5 de maio de 1743 assina o decreto canônico, erigindo a capela de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que seria mais tarde a Basílica Nacional da celeste padroeira do Brasil. Coincidentemente, dois anos mais tarde, achando-se novamente em Mariana, o mesmo Bispo Dom Frei João da Cruz, em preparativos para a criação desta Diocese, e ciente de já haver sido edificada a capela de Aparecida, autorizou por Provisão de 22 de maio de 1745 a sua bênção litúrgica e o culto divino da mesma”.
Desta forma, ainda segundo dom Geraldo, o culto a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, é oficializado em Mariana. “Não a laço mais profundo do que este. Nenhuma diocese tem um vínculo com Aparecida como a Arquidiocese de Mariana pela comprovação desse fato histórico e extraordinário. Mas, sem dúvida alguma, esse vínculo, hoje, se expressa de forma tão eloquente na pessoa de dom Raymundo”, finalizou dizendo mais uma vez que o Seminário de Mariana se orgulha em tê-lo entre os ex-alunos.
Durante a homilia, dom Damasceno fez seus agradecimentos ao que chamou de generosas homenagens. Contou como ingressou na vida religiosa deixando sua terra natal, ainda menino, aos dez anos, aceitando o convite de um irmão Marista que o levou para Mendes (RJ) para concluir os estudos do ensino fundamental. Ali, segundo afirmou, ele teve a certeza de que queria seguir o caminho da religiosidade.
Ao final da celebração, concelebrada por dom Francisco Barroso Filho (bispo emérito de Oliveira – MG) e por dom Geraldo, o cardeal concedeu uma entrevista à revista do Seminário de Mariana Gens Seminarii e ao Departamento Arquidiocesano de Comunicação – DACOM.
Agradecendo o convite de dom Geraldo para que ele pudesse celebrar esse momento de ação de graças, comentou satisfeito o ex-aluno. “Celebrar meu jubileu de prata episcopal aqui em Mariana, no Seminário Maior São José, na companhia dos formadores, seminaristas e alguns familiares e de tantas outras pessoas, é motivo de muita alegria e honra. Esse momento me permite recordar o passado. A celebração dessa noite faz voltar à minha memória aquelas belas experiências no meu tempo de formação, e devo muito à Arquidiocese de Mariana, aos formadores daquele tempo e aos colegas que me ajudaram, seja de uma forma ou de outra, na minha ordenação, no meu episcopado”, comentou dom Damasceno falando desse momento de emoção e recordação quando esteve no Seminário de Mariana no período de 1955 a 1957 (Seminário Menor) e de 1958 a 1960 no Maior.
Quanto ao seu retorno à terra natal para celebrar esse importante momento de sua vida, dom Raymundo falou de suas expectativas. “Capela Nova me traz boas recordações. Mesmo tendo saído de lá muito cedo. Volto, agora, com muita alegria e satisfação e, certamente, serão momentos de muitas recordações daqueles momentos felizes da infância e de outros em que estive na cidade, seja para minha ordenação sacerdotal, episcopal e de visitas esporádicas”.
Diante desses 25 anos no episcopado, após ter vivido inúmeras experiências em sua vida religiosa, atualmente o cardeal está à frente da presidência da CNBB e, quanto a esta nova etapa, ele falou dos desafios que têm adiante. “Os nossos desafios são grandes, como nos falam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Temos como desafio recuperar essa dimensão missionária da Igreja. Queremos que ela [Igreja], no Brasil e na América Latina, seja realmente missionária. Sendo assim, todos os cristãos, bispos, sacerdotes, todos os batizados devem estar comprometidos com o anúncio do Evangelho, pela Palavra e pelo seu testemunho de vida, de uma vida coerente na família, no trabalho e na sua profissão”, comentou.
                                                                                                                                                 
Além desses, dom Damasceno apontou tantos outros desafios como, por exemplo, a defesa da vida de uma maneira integral e da pessoa humana, lembrando que a Igreja está para servir a humanidade.
Logo em seguida, o arcebispo de Aparecida recebeu outras homenagens do Seminário de Mariana encerrando a noite com um jantar oferecido pelas casas de formação e o arcebispo metropolitano de Mariana.
Dom Raymundo segue para Capela Nova para, nesta quinta-feira, 15, participar do encerramento da festa da Padroeira e celebrar, junto com toda a cidade, seu jubileu. A Celebração Eucarística terá início às 17 horas com transmissão ao vivo pela TV Canção Nova, e será realizada no adro da igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores. Logo em seguida, acontece uma sessão de homenagens ao cardeal.
                                                                                                                 

Começa o Fórum de Liturgia do Regional Leste II da CNBB

                                                                                
Começou ontem, dia 12 de setembro, em Belo Horizonte, o Fórum de Liturgia promovido pelo Regional Leste II da CNBB. Com o tema Fé e religiosidade na celebração do mistério pascal, o fórum abordará as três dimensões: liturgia, música e espaço celebrativo.
Na abertura do encontro, dom Paulo Machado, bispo de Uberlândia e presidente da Comissão de Liturgia do regional Leste II, deu as boas vindas aos participantes, convidando a aproveitarem o máximo das atividades ao longo da semana. Assessorando o fórum Luziene Cristina Silva (fonoaudióloga) – “A arte de comunicar”-; padre José Cândido – “Teologia da comunicação”; padre Almir, padre Guanair e dom Paulo – “Ministérios litúrgicos”; padre Fábio – “Cantar a Liturgia”; padre Nédson Pereira – “Mistagogia do espaço celebrativo”.

Representam a Arquidiocese de Mariana estão Maria Antônia Rosa Godoi (Ponte Nova), Carmelita Coelho Pereira (Viçosa), Eliana Francisca Martins (Viçosa), Tereza Cristina Leal Silva (Ouro Branco), o diácono Werques Henrique Ribeiro (Porto Firme) e o padre Geraldo Dias Buziani (Mariana). O fórum termina na próxima sexta-feira, 16, às 12 horas. Acompanhe as reflexões que serão postadas em nosso blog ao longo do encontro. Acesse-o pelo link LITURGIA ARQ. na lateral deste site ou diretamente pelo endereço liturgiamariana.blogspot.com.
Mesmo estando em sua casa, você ficará informado de todos os trabalhos que estão sendo desenvolvidos ao longo deste evento. Desde já agradecemos o apoio dos regionais que viabilizaram a participação da Arquidiocese

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Cruz da JMJ e o Ícone de de Nossa Senhora passara pelo estado de Minas Gerais

                                                                               
“Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.
Foi com essas palavras que o Beato João Paulo II entregou aos jovens em Roma, no dia 22 de abril de 1984, aquela que ficaria conhecida como Cruz da Jornada, ou Cruz dos Jovens. Desde então, ela começou a peregrinar mundo afora, sempre levada pela juventude. Em 2003 junto com ela passou a peregrinar também o Ícone de Nossa Senhora.
CNBB/DivulgaçãoPela primeira vez, os dois símbolos máximos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vão peregrinar pelo Brasil. Serão meses num itinerário que percorrerá todo o país e também passará pelos vizinhos do Cone Sul. Ao longo desse trajeto, os jovens terão a oportunidade de reavivar a fé e de sentir o gostinho do que será a JMJ 2013, que acontecerá no Rio de Janeiro.
A Cruz da JMJ e o Ícone de Maria chegam ao Brasil no dia 18 de setembro e serão recebidos em São Paulo com uma grande festa, o Bote Fé. A partir daí iniciam a peregrinação, que será concluída no Rio de Janeiro. A ideia é que os dois símbolos passem por todos os 17 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Estão também previstas 19 grandes festas nas capitais brasileiras, todas com o nome “Bote Fé”.
Depois do dia 18 de setembro, a Cruz e o Ícone vão peregrinar, até o dia 30 de outubro, pelas sete províncias eclesiásticas do Regional Sul 1 da CNBB, que corresponde ao estado de São Paulo – o mais populoso do país e o que tem o maior número de dioceses, 50. Daí os símbolos seguem para o Regional Leste 2, composto por Minas Gerais e Espírito Santo, onde ficarão ao longo de todo o mês de novembro. No mês seguinte, será a vez do Regional Nordeste 3, composto pelos estados da Bahia e de Sergipe.
A peregrinação seguirá ao longo de todo o ano de 2012. Em dezembro, a Cruz e o Ícone deixam o Brasil e visitam Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina. Já em Janeiro de 2013 retornam para concluir o itinerário no Sul do Brasil. A etapa final acontecerá no Sul de Minas, no Vale do Paraíba (SP) e, finalmente, no estado do Rio de Janeiro, onde os símbolos chegam em abril de 2013.
Veja, no quadro a seguir, quando a Cruz e o Ícone visitarão cada regional. Os roteiros específicos da peregrinação dentro de cada regional serão divulgados à medida em que eles forem definidos.