Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Nota da Pastoral da Juventude em solidariedade às vítimas da tragédia ocorrida no RS

Sigamos no compromisso com a vida da juventude!
“Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Na sua grande misericórdia ele nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança.” (1Pd 1,3)
A Pastoral da Juventude recebe com profunda tristeza e dor a notícia da tragédia que aconteceu nesta madrugada do dia 27 de janeiro em Santa Maria/RS. Tragédia que ceifou a vida de mais de 233 jovens e deixou outros/as tantos/as feridos/as. Projetos de vida e sonhos foram interrompidos abruptamente pela fatalidade e pela falta de cuidado.
Nossa solidariedade a todos os familiares, amigos/as e conhecidos/as dos/das jovens vítimas dessa terrível tragédia. Choramos juntos/as por tantas vidas interrompidas. Entre as vítimas se encontravam a jovem Maria Mariana Ferreira, do Grupo de Jovens ASPA – Amigos Semeando Paz e Amor, da Paróquia Nossa Senhora de Aparecida – Santa Maria. Unimo-nos à Arquidiocese de Santa Maria, à PJ dessa arquidiocese e à PJ do Rio Grande do Sul para juntos/as nos mobilizarmos no socorro e cuidado com os/as feridos/as e com as famílias dos/as falecidos/as.
Igualmente manifestamos nossa solidariedade e apoio a todos/as, que doando suas vidas, estão contribuindo no cuidado, no atendimento e no socorro aos/às feridos/as e às famílias dos/as falecidos/as.
Convocamos toda a sociedade brasileira a ser cuidadora da vida da juventude, promovendo ações pela vida, efetivando políticas públicas de juventude e garantindo os direitos dos/as jovens em nosso país.
Diante da morte não podemos nos calar. Não podemos aceitar que a morte tenha a última palavra. Aprendemos a ter esta postura por meio do seguimento a Jesus Cristo, o Jovem de Nazaré. Que a memória desses jovens falecidos/as e feridos/as nos comprometa sempre mais com a vida da juventude, em especial com os/as que mais sofrem e estão à margem da sociedade. Gastemos nossas vidas no cuidado, no serviço e no amor incondicional à juventude.
Na Páscoa de Cristo temos a certeza que a morte não tem a última palavra, por isso, apesar da dor e da tristeza, sigamos, juntos/as, no compromisso com a vida da juventude.  A Juventude Quer Viver!

Coordenação Nacional e Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude

28 janeiro, 2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ordenação Diaconal



A Arquidiocese de Mariana convida para a Celebração Eucarística na qual serão ordenados os diáconos Adelson Laurindo Sampaio Clemente, Antônio Adriano Vale, Edir Martins Moreira e Thiago José Gomes, pela imposição das mãos do Arcebispo Metropolitano de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha. No dia 16 de fevereiro, às 10hs na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção em Mariana – MG.
Clique aqui para ver o cartaz

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Bento XVI: "Nada é maior do que conhecer Cristo e comunicá-Lo aos outros"


A Capela Sistina acolheu na manhã deste domingo, 13 de janeiro, a Celebração Eucarística presidida pelo Papa Bento XVI por ocasião da Festa do Batismo do Senhor.
Sob o monumental afresco de Michelangelo, nesta tradicional cerimônia, Bento XVI ministra o Sacramento do Batismo a filhos de funcionários do Vaticano. Nesta ocasião, foram 20 recém-nascidos.
Trata-se de uma das celebrações mais singulares, onde a solenidade se mistura a choros de bebês e à vivacidade de seus irmãos, que circulam com naturalidade pela Capela Sistina, à revelia dos mais de 500 anos da obra-prima renascentista.
Comentando a liturgia do dia, Bento XVI dedicou sua homilia ao significado do Batismo, à alegria que este sacramento representa ao enriquecer a Igreja com novos filhos – manifestando a presença viva do Espírito Santo.
A festa de hoje remete ao Batismo de Jesus pelas mãos de João. Mas Jesus tem necessidade de penitência e de conversão?, questionou o Pontífice. Justamente Aquele que é sem pecado, se coloca entre os pecadores. Deste modo, Jesus se mostra solidário conosco, com a nossa dificuldade de nos converter, de deixar nossos egoísmos, de abandonar nossos pecados.
É exatamente isso o que acontece com o Batismo: a união profunda e eterna com Jesus. Mergulhando no mistério da sua morte, que é fonte de vida, participamos da sua ressurreição, para renascer a uma vida nova.
Este é o prodígio que também hoje se repete a essas crianças, disse o Papa. “Recebendo o Batismo, elas renascem como filhos de Deus, chamando-O com plena confiança: ‘Abbá’, Pai. Elas se tornam membros vivos do único corpo que é a Igreja, e são capazes de viver a plenitude de sua vocação à santidade.”
A seguir, Bento XVI se dirigiu aos pais, afirmando que, pedindo o Batismo a seus filhos, eles manifestam a alegria de serem cristãos e de pertencerem à Igreja. É a alegria de nos reconhecermos filhos de Deus, de nos sentirmos acolhidos num abraço de amor, do mesmo modo que uma mãe carrega e abraça seu filho.
Esta alegria, explicou ainda o Papa, orienta o caminho de cada cristão e toda a existência humana, e está baseada numa relação pessoal com Jesus. “É Ele, de fato, o sentido da nossa vida.” Quem experimenta esta amizade com Ele, não está disposto a renunciar à própria fé por nada neste mundo, porque sabe que não existe nada maior do que conhecer Cristo e comunicá-Lo aos outros.
Às madrinhas e padrinhos, Bento XVI recordou a importante tarefa de apoiar e ajudar as obras educativas dos pais. "Saibam sempre oferecer às crianças o bom exemplo, através do exercício das virtudes cristãs."
Mas não é fácil manifestar abertamente aquilo em que se acredita, especialmente no contexto em que vivemos – analisou o Pontífice -, diante de uma sociedade que considera frequentemente fora de moda e fora da realidade aqueles que vivem da fé em Jesus.
Jesus não limita nossa liberdade pessoal; pelo contrário, Ele exerce sobre nós uma ação libertadora do amor de Deus, que nos faz sair do nosso egoísmo, para nos conduzir a uma vida plena, em comunhão com Deus e aberta aos outros.
Bento XVI concluiu sua homilia confiando os recém-nascidos à proteção da Virgem Maria, e fazendo votos de que as sementes das virtudes teologais infundidas no coração das crianças possam atingir a plena maturidade, para fazer de cada uma delas uma verdadeira testemunha do Senhor.

Angelus: no Ano da Fé, redescobrir a beleza do Batismo
O mau tempo não impediu que fiéis e peregrinos comparecessem à Praça S. Pedro para rezar com Bento XVI a oração do Angelus.
Na alocução que precedeu a oração mariana, Bento XVI recordou que com este domingo, Festa do Batismo do Senhor, se encerra o período litúrgico do Natal.
Jesus, no qual não há sombra do pecado, vai ao rio Jordão para ser batizado por João. Como explicar este gesto que marca o início da vida pública de Cristo? Por que Ele quer realizar um gesto de penitência e conversão?
A resposta, explicou o Pontífice, se resume em uma única palavra: amor, que é o mesmo nome de Deus. Deus mandou ao mundo o seu Filho unigênito para que nós recebêssemos a vida por meio Dele.
O evangelista Lucas narra que, recebido o Batismo, enquanto Jesus rezava, o Espírito Santo desceu sobre ele: esta é a resposta de Deus à oração de Cristo.
Este Jesus é o homem novo que quer viver como filho de Deus, ou seja, no amor. O homem que, diante do mal do mundo, escolhe o caminho da humildade e da responsabilidade, não escolhe salvar a si mesmo, mas oferecer a própria vida pela verdade e pela justiça.
“Ser cristãos significa viver assim”, disse o Papa. “Mas este gênero de vida comporta um renascimento: renascer do alto, de Deus, da Graça. Este renascimento é o Batismo, que Cristo doou à Igreja para regenerar os homens à vida nova.”
A seguir, o Bento XVI mencionou a celebração, minutos antes, em que batizou um grupo de crianças. “Neste momento, gostaria de estender a minha oração e a minha bênção a todos os recém-nascidos; mas, principalmente, gostaria de convidar todos a fazerem memória do próprio Batismo, daquele renascimento espiritual que nos abriu o caminho da vida eterna. Possa cada cristão, neste Ano da Fé, redescobrir a beleza de ter renascido do alto, do amor de Deus, e viver como seu filho.”

Encontro de Folia de Reis e Pastorinhas



Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país. Ela apresenta um caráter profano-religioso, fazendo parte do ciclo natalino, anualmente realizado entre 24 de dezembro a 6 de janeiro, quando se realizam as comemorações do nascimento de Jesus com várias festividades, ou festejos populares: como Congados, Folia de Reis, Império do DivinoReinado do Rosário e Pastorinhas 

Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII(8). Em pesquisa literária, feita por Pergo, levantou-se que a tradição da “Folia de Reis” chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses, ainda no período da colonização. Essa manifestação cultural era realizada em toda a Península Ibérica e era comum a ocorrência de doação e recebimento de presentes enquanto eram entoados cantos e danças nas residências da época. Baseado nessa argumentação, a Folia de Reis teria vindo ao Brasil no século XVI, cerca do ano de 1534, trazido pelos Jesuítas, e servindo como um instrumento na catequização dos índios e, posteriormente, dos negros escravos.
Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal. No estado do Rio de Janeiro, os grupos realizam folias até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião e padroeiro do Estado.
Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos "Santos Reis" e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos6 de janeiro. Trata-se de uma tradição originária de Espanhola que ganhou força especialmente no século XIX e mantém-se viva em muitas regiões do país, sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São PauloMinas GeraisBahiaEspírito SantoParaná,Rio de JaneiroGoiás, dentre outros.















sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Liturgia do Batismo do Senhor – Ano C – 13/01/2013


“Batizado o Senhor, os céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob forma de pomba. E a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor!” (cf. Mt 3, 16s).
Solenidade memorável a liturgia da Igreja nos apresenta nesta quadra inicial do ano de 2013: recordamos o Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a precípua finalidade de relembrarmos o nosso Batismo. Batismo que nos introduz na vida da Igreja, lavando nosso pecado original e nos tornando membros da única e santa Igreja de Jesus Cristo. Como especialista em direito o que mais me fascina é a assertiva dos tratadistas canônicos que afirmam com grande cúria: “Pelo Batismo tornamos cidadãos do céu, fiéis com direitos e com deveres na Igreja de Cristo, aptos para a vida de comunidade”.
Batismo que significa uma renovação dos compromissos com a nova evangelização e uma fidelidade ao projeto de Deus, expresso na ação e nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também com a solenidade do Batismo do Senhor encerramos o tempo santo do Natal.
Irmãos e Irmãs,
A primeira indagação de nossa liturgia de hoje deve ser a seguinte: Por que Jesus foi batizado? Para que batizar uma pessoa, que é Deus, e que não tinha pecado original? O Batismo de Jesus tem um significado especial, porque ele assinala o início da vida pública de Nosso Senhor. Toda a narrativa do Evangelho de Lucas fala das qualidades daquele que vem salvar a humanidade: maior que o grande e penitente, o profeta João Batista, filho muito amado do Pai, cheio do Espírito Santo que desce sobre ele em forma corpórea, e com ele permanecerá e dele será a testemunha através dos tempos; será o Cordeiro de Deus, que carregará todos os pecados, ou seja, será o salvador, o redentor da humanidade, o caminho que une o céu à terra, o garante da fidelidade da nova e eterna aliança.
O batismo que hoje lembramos caminha para outro batismo que recordaremos na Páscoa: a morte e ressurreição de Jesus. Quando os filhos de Zebedeu pedem a Jesus o privilégio de se assentarem um à direita e outro à esquerda na glória, Jesus lhes pergunta: “Aguentareis ser batizados com o batismo com que tenho de ser batizado?”(cf. Mc 10,38). Tudo isso para indicar que é pela morte que Jesus se torna a pedra fundamental de um novo mundo. E é pelo batismo que nós somos introduzidos nesse mundo novo, mas será pela morte a nós mesmos que nos tornamos pedras vivas da Casa de Deus, para usar uma expressão do primeiro Apóstolo, São Pedro.
No Evangelho de hoje (cf. Lc 3,15-16.21-22) João Batista, o precursor, o último profeta do Antigo Testamento, anuncia que Jesus vai batizar com o Espírito Santo, pois ele estava batizando com água. Manifestação ou anúncio do poder messiânico de Jesus, porque a força do Espírito Santo é capaz de purificar, de fortalecer, de restaurar, de quebrar as cadeias dos prisioneiros, de dar luz aos cegos e, sobretudo, de justificar, isto é, de fazer a criatura humana cumprir a vontade de Deus com amor filial. Assim, quem cumprir este caminho, pode ser como o Espírito de Jesus, o espírito da Santidade.
Meus irmãos,
O mandato do Batismo é do próprio Senhor Jesus que na hora da Ascensão, aludindo ao poder que tinha no céu e na terra, mandou batizar a todos os povos (cf. Mt 28,18-19). Assim, São Paulo, com grande cúria, numa de suas epístolas aos Efésios ensinou que: “Fortes selados com o selo do Espírito Santo” e este selo será o bilhete para a herança eterna, para a vida em Deus, para a vida da graça e da santidade.
Porque se deixar batizar? Não somente para se ver livre do pecado original, mas mais do que tudo isso, é aceitar a Jesus, é ter consciência da vida de fé que é chamado a participar da comunidade.
Outra dimensão importante do batismo é a dimensão missionária, porque todos nós queremos ver Jesus no clamor dos bispos brasileiros, dentro do mutirão da nova evangelização, e, particularmente, dentro do espírito permanente das missões que nos iluminou a V Conferência Geral do Episcopado Latino americano de Aparecida. Ver Jesus é exercitar nosso batismo, que é acima de qualquer coisa estabelecer uma santa sintonia entre as profecias anunciadas na primeira leitura e a missão de Jesus, professada no Evangelho pela manifestação do Espírito Santo, e colocada em prática pela Igreja militante que peregrina neste mundo de contradições, de sofrimento e de dor.
Caros irmãos,
A liturgia de hoje não deixa de mencionar nosso próprio batismo e a filiação divina. De fato, se nós continuamos realizando o sinal de João Batista, é exatamente porque queremos unir-nos com Jesus que, neste sinal, assumiu a vontade de Deus e sua missão. Nosso batismo, portanto, nos torna partícipes da missão do Servo e Filho amado. Também nos qualifica como filhos, embora a nossa vida, com a graça de Deus, ainda deverá tornar-nos plenamente o que somos chamados a ser.
Assim o Espírito Santo de Deus desceu sobre Jesus enquanto rezava. Ele desce também sobre a comunidade dos fiéis reunida em oração, comemorando sua descida sobre Jesus no Rio Jordão. Ele nos fará reconhecermos como filhos e filhas muito amados de Deus em Jesus Cristo e dar testemunho desta vida no mundo. Essa é a nossa missão, nesta peregrinação que iniciamos com Jesus no início do tempo comum. Amém!

A Primeira Leitura(cf. Is. 42,1-4.6-7), de Isaías, descreve aquele homem justo – cuja identidade a distância do passado apagou – que animou o povo judaico durante o exílio babilônico. A escola de Isaías lhe consagrou quatro cantos: os cantos do “Servo de Javé”. No primeiro canto, lido hoje ouvimos a eleição deste servo predileto de Javé, para levar ao povo e mesmo às “ilhas”(os continentes, os outros povos) a verdadeira religião, isto é, o verdadeiro conhecimento do Deus de misericórdia e fidelidade. Ele é aliança com os povos, luz das nações, para restaurar a paz e a felicidade de todos os oprimidos. Reconhecemos aqui o quase trágico universalismo dos judeus, que, no seu Exílio, tomaram consciência de serem as testemunhas do verdadeiro Deus no meio das nações.
A Segunda Leitura(cf. At 10,34-38) é o resumo do “querigma” ou anúncio dos Apóstolos ao mundo, proclamando a missão de Jesus como Messias e Filho de Deus, a partir de seu batismo por João. Em At 10, esta proclamação é feita aos pagãos, amigos do centurião Cornélio, o que dá um tom específico de universalismo a esta leitura.

Pe. Wagner Augusto Portugal-
Vigário Judicial da Diocese da Campanha - MG

Para se reunir em torno da Palavra de Deus e da oração do Rosário...



Como fruto permanente do Centenário da Arquidiocese de Florianópolis, queremos que cada família escolha ao menos uma noite por semana, para se reunir em torno da Palavra de Deus e da oração do Rosário.
A escolha do texto bíblico a ser lido fica a critério da própria família: poderá ser lida uma das leituras da Liturgia Eucarística do dia; ou, então, algum outro texto bíblico.
Na recitação do Rosário (Terço), rezem-se os mistérios do dia respectivo ou os que forem julgados mais conveniente para a ocasião.

O Rosário: como rezá-lo
Começa-se o Rosário (Terço) fazendo o Sinal-da-Cruz. Em seguida, reza-se o Creio (síntese das verdades que guiam nossa vida), um Pai-Nosso, três Ave-Marias (em honra da Santíssima Trindade) e o Glória-ao-Pai. Depois de cada Glória-ao-Pai, costuma-se rezar a prece ensinada por Nossa Senhora em Fátima, na segunda aparição (13.06.1917): Ó meu Jesus, perdoa-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem. 
Tem início, então, a meditação dos mistérios, ao se anunciar um mistério, costuma-se dizer: “No... (primeiro, ou no segundo, etc.) mistério contemplamos...”. Reza-se, então, um Pai-Nosso, seguido de dez Ave-Marias, do Glória ao Pai e da oração Ó meu Jesus. 
Depois de completar cinco dezenas de Ave-Marias, termina-se o Terço com a Salve Rainha.
Mistérios da alegria (gozosos)(segundas-feiras e sábados)
1. A Anunciação do anjo Gabriel a Nossa Senhora (Lc 1,26-38).
2. A visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel (Lc 1,39-56).
3. O nascimento de Jesus em Belém (Lc 2,1-20).
4. A apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22-38).
5. A perda e o encontro de Jesus no Templo (Lc 2,41-50).
Mistérios da luz (luminosos)(quintas-feiras)
1. O Batismo de Jesus no Rio Jordão (Mt 3,13-17). 
2. Nas bodas de Caná, Jesus transforma água em vinho (Jo 2,1-11). 
3. O anúncio do Reino de Deus e o convite à conversão (Mc 1,14-15). 
4. A transfiguração de Jesus no Monte Tabor (Mc 9,2-8). 
5. A instituição da Eucaristia (Mt 26,26-29).
Mistérios da dor (dolorosos) 
(terças e sextas-feiras) 
1. A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras (Lc 22,39-46). 
2. A flagelação de Jesus (Mt 27,26). 
3. A coroação de espinhos (Mt 27,27-31). 
4. Jesus a caminho do Calvário (Lc 23,26-32). 
5. A crucifixão e morte de Jesus (Lc 23,33-46).
Mistérios da glória (gloriosos) 
(quartas-feiras e domingos) 
1. A ressurreição de Jesus (Lc 24). 
2. A ascensão de Jesus ao céu (Lc 24,51-52). 
3. Avinda do Espírito Santo (At 2,1-13). 
4. A assunção de Maria ao céu (cf. Ef 1,4). 
5. A coroação de Maria (cf. Ap 12, 1).
 

Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro



Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.
Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.
Em Natal
A programação de lançamento nacional será em Brasília, na sede da CNBB e também na cidade de Natal (RN), arquidiocese que deu início à Campanha, em 1962.
O arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da arquidiocese em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.
O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), da CNBB.
Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.
Segundo o padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva.
Origem da CF
cfA primeira Campanha foi realizada na arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese. A comunidade rural de Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do administrador apostólico da arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Bento XVI: "Viver a fé todos os dias, concretamente"



Nesta quarta-feira, 9 de janeiro, o Papa Bento XVI recebeu fiéis e turistas na Sala Paulo VI, no tradicional encontro das quartas-feiras.
Na audiência, o Pontífice fez uma longa catequese em italiano, explicando o sentido da encarnação, o “mistério do Verbo, Filho de Deus, que se fez carne”.
“Com a encarnação – disse o Papa – Deus não nos dá apenas alguma coisa, mas nos dá a si mesmo, entregando-nos seu Filho por nós. E é assim que nós devemos agir em nossos relacionamentos: movidos pela gratuidade e pelo amor”.
A este ponto, Bento XVI introduziu um segundo elemento em sua catequese: “Os presentes que trocamos com pessoas amigas, como o fizemos no Natal, podem ser gestos convencionais, mas geralmente expressam carinho; são sinal de amor e de respeito”. “Esta ‘doação’ no Natal nos recorda que Deus, naquela noite Santa, se fez carne, assumiu a nossa humanidade e nos ‘doou’ a sua divindade”.
O Papa continuou lembrando outro aspecto importante da encarnação: o extraordinário realismo do amor de Deus, que quis entrar em nossa história carregando sobre si o peso da vida humana: “Ele nos ensina que nossa fé não tem a ver apenas com a inteligência e o coração, mas deve tocar e orientar toda a nossa vida, concretamente”.
E enfim, Bento XVI concluiu afirmando que “aquele menino, o Filho de Deus que contemplamos no Natal, nos mostra quem é o homem, o verdadeiro rosto do ser humano, e como, seguindo-o, dia após dia, realizamos o projeto de Deus para nós”.
O Papa pediu que todos meditemos sobre a grande e maravilhosa riqueza do Mistério da Encarnação, deixando que o Senhor nos ilumine e nos transforme cada vez mais, à imagem de seu Filho, feito homem por nós.
Resumindo sua catequese em português, Bento XVI disse:
“O Filho Unigênito de Deus encarnou e fez-Se homem, para nos tornar participantes da sua natureza divina. Entre os usos e costumes do período natalício, conta-se a troca de presentes em sinal de amizade e estima. Pois bem! Na Noite de Natal, vimos Jesus assumir a nossa humanidade, para nos dar a sua divindade: ao fazer-Se carne, quis dar-Se a Si mesmo aos homens. Jesus é o presente maior. Quem não consegue dar algo de si mesmo, dá sempre demasiado pouco! Por vezes, procura-se compensar ou substituir com coisas materiais o compromisso de nos darmos a nós próprios. O mistério da encarnação mostra que Deus não procede assim; não Se limita a dar-nos coisas, mas quis dar-Se a Si mesmo no seu Filho Unigênito. Ele fez-Se verdadeiramente um de nós, para nos comunicar a sua própria vida; e fê-lo, não com a investida de um soberano que subjuga o mundo com o seu poder, mas com a humildade dum Menino. Em Jesus, manifesta-se plenamente o homem ao homem”.
“Uma cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, a quem agradeço a presença e desejo a riqueza imensa e inesgotável que é Cristo, o Deus feito homem. Revesti-vos de Cristo! E, com Ele, o vosso Ano Novo não poderá deixar de ser feliz. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção”.
Na conclusão da audiência, o Papa concedeu a todos a sua bênção.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Introdução à Teologia Cristã




Estamos iniciando nova turma do curso de Teologia para leigos (Introdução á Teologia Cristã), do Centro de Estudos Teológicos (CETE) da Faculdade Arquidiocesana de Mariana (FAM). Como nos diz o documento de Aparecida: ‘’A formação dos leigos e leigas deve contribuir para a sua atuação como discípulos e missionários no mundo, na perspectiva do diálogo e da transformação da sociedade. É urgente uma formação específica para que possam ter incidência no vasto campo da política, economia, cultura, nas várias ciências e outras realidades abertas á evangelização’’(documento de Aparecida. nº283).


Pe. José Geraldo Coura
Vigário Episcopal  Região Mariana Norte


Pe. Luiz Cláudio Vieira
Coordenador do CETE-Mariana Norte

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Reze pelas intenções do Papa neste mês de janeiro


Neste primeiro mês de 2013, o Papa Bento XVI pede orações para que os cristãos conheçam a Cristo e aprofundem sua fé, e faz um pedido especial em prol dos que vivem no Oriente Médio.

Como intenção geral, o Santo Padre reza "para que, neste Ano da Fé, os cristãos aprofundem o conhecimento do mistério de Cristo e testemunhem a própria fé com alegria".

E na intenção missionária, Bento XVI roga "para que as comunidades do Oriente Médio recebam, do Espírito Santo, a força da fidelidade e da perseverança, particularmente quando são discriminadas".

Todos os meses o Santo Padre confia suas intenções ao Apostolado da Oração, uma iniciativa que é seguida por milhões de pessoas em todo mundo.

Bento XVI: Que 2013 traga espaço para boas notícias e o silêncio



O Papa Bento XVI presidiu nesta segunda-feira, 31 de dezembro, no Vaticano, uma cerimônia de agradecimento a Deus pelo ano que passou, pedindo que 2013 traga mais espaço para o silêncio e para as boas notícias.

— O mal faz mais barulho do que o bem: um assassinato brutal, a propagação da violência, injustiças graves fazem notícia; pelo contrário, os gestos de amor e de serviço, o cansaço quotidiano suportado com fidelidade e paciência, muitas vezes na sombra, não aparecem, enfatizou o Papa, na homilia da cerimônia.

Bento XVI sustentou, neste contexto, que as pessoas não se podem limitar apenas às notícias para perceber o mundo e a vida.

— Temos de ser capazes de permanecer no silêncio, na meditação, na reflexão calma e prologada; devemos saber parar para pensar, disse.

De acordo com o Papa, esta é uma maneira de encontrar “cura” para as “feridas inevitáveis do cotidiano” e chegar à “sabedoria que permite avaliar as coisas com olhos novos”.

A cerimônia incluiu a proclamação do hino “Te Deum” (nós te louvamos, Senhor), um dos mais antigos hinos litúrgicos da Igreja, que se canta em celebrações solenes de ação de graças.

— Qualquer que seja o andamento do ano, fácil ou difícil, estéril ou rico de frutos, nós damos graças a Deus, disse Bento XVI numa reflexão a partir deste hino.

O Papa destacou que no “Te Deum”, cantado neste dia em milhares de igrejas, se encontra uma “sabedoria profunda”:

— Esta sabedoria faz-nos dizer que, apesar de tudo, há bem no mundo e este bem está destinado a vencer graças a Deus, o Deus de Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado.

Projetando 2013, no qual a Igreja Católica prossegue o Ano da Fé iniciado em outubro, Bento XVI deixou votos de que os próximos meses levem a uma “maior consciência de que o encontro com Cristo é a fonte da verdadeira vida e de uma esperança sólida”.

— A fé arrisca-se a ficar obscurecida em contextos culturais que são obstáculos para o seu enraizamento pessoal e a sua presença social, alertou.

O Papa desafiou os cristãos à coerência de vida, em particular os que são pais, para que deem um exemplo enquanto “educadores da fé”.

Dirigindo-se aos fiéis de Roma, Bento XVI destacou a “complexidade da vida numa grande cidade” e a cultura que “muitas vezes surge com indiferente na relação com Deus”.

Este testemunho, frisou o Papa, implica o apoio aos que vivem “situações de pobreza e de marginalização, bem como as famílias em dificuldade, especialmente quando têm de assistir pessoas doentes e com deficiência”.

O primeiro dia de 2013 será assinalado por Bento XVI por uma missa na Basílica do Vaticano, às 9h30min, na solenidade litúrgica de Maria Santíssima, Mãe de Deus, e 46º Dia Mundial da Paz.

Bento XVI: "O homem é feito para a paz, que é dom de Deus"


O Papa Bento XVI celebrou na manhã deste 1º dia de 2013, na Basílica de São Pedro, a missa da Solenidade de Maria Santíssima, a Santa Mãe de Deus.
No início de sua homilia, o Santo Padre destacou como “é particularmente significativo que no início de cada novo ano Deus projeta sobre nós, seu povo, a luminosidade de seu santo Nome que é pronunciado três vezes na solene fórmula da bênção bíblica. E não menos significativo é que ao Verbo de Deus seja dado oito dias após o seu natal – como nos narra o Evangelho de hoje – o nome de Jesus”. "É por este nome que estamos aqui reunidos.”
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Após, Bento XVI saudou os presentes, começando pelos Embaixadores do Corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, seguido por seu Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone. Ao Cardeal Turkson e a todos os componentes do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz agradeceu pelo empenho em difundir a Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que este ano tem como tema “Bem-aventurados os construtores de paz".
Falando sobre a inspiração para a Mensagem do Dia Mundial da Paz deste ano, baseada no Evangelho de São Mateus ‘Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus’, explicou o Santo Padre: “infelizmente, apesar de o mundo ainda estar marcado por ‘focos de tensão e de conflitos causados pelas crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo prevalecimento de uma mentalidade egoísta e individualista expressa inclusive por um capitalismo financeiro desregulado’, bem como por diferentes formas de terrorismo e de criminalidade, tenho a convicção de que ‘as multíplices obras de paz, das quais o mundo é rico, testemunham a inata vocação da humanidade à paz. Em toda pessoa o desejo de paz é aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o desejo de uma vida plena, feliz e bem realizada. O homem é feito para a paz que é dom de Deus”.
E acrescenta: “a bem-aventurança diz que ‘a paz é dom messiânico e obra humana ao mesmo tempo. É paz com Deus, no viver segundo a sua vontade. É paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação’. Sim, a paz é o bem por excelência a ser invocado como dom de Deus e, ao mesmo tempo, a ser construída com todo esforço”.
Ao meditar sobre o fundamento, a origem e a raiz desta paz, Bento XVI destaca a figura de Maria, que permaneceu inabalável diante de tantas dificuldades: “Como podemos sentir a paz em nós, apesar dos problemas, das obscuridades, das angústias? A resposta nos é dada pelas Leituras da liturgia de hoje. Os textos bíblicos, sobretudo o texto extraído do Evangelho de Lucas, pouco antes proclamado, nos propõem contemplar a paz interior de Maria, a Mãe de Jesus. Cumprem-se para ela, durante os dias em que “deu à luz o seu filho primogênito”, muitos eventos imprevistos: não somente o nascimento do Filho, mas antes a viagem cansativa de Nazaré a Belém, o não encontrar lugar no alojamento, a busca fortuita de um refúgio durante a noite; e depois o canto dos anjos e a visita inesperada dos pastores. Em tudo isso, porém, Maria não se perturba, não se agita, não fica transtornada com os fatos maiores do que ela; simplesmente pondera, em silêncio, o que acontece, guarda-o em sua memória e em seu coração, refletindo sobre eles com calma e serenidade”.
E ressalta o Santo Padre: “Essa é a paz interior que queremos ter em meio aos eventos por vezes tumultuados e confusos da história, eventos dos quais muitas vezes não entendemos o sentido e que nos desconcertam”.
O Santo Padre, explicando a identidade de Maria como Mãe de Deus, disse: “segundo a Lei de Moisés, após oito dias do nascimento, a criança deveria ser circuncidada, e naquele momento lhe era dado o nome. Deus mesmo, mediante a sua mensagem, havia dito a Maria – e também a José – que o nome a ser dado ao Menino era “Jesus”. “Aquele nome que Deus já havia estabelecido antes mesmo que o Menino fosse concebido, agora lhe é dado oficialmente no momento da circuncisão. E isso marca uma vez para sempre também a identidade de Maria: ela é “a mãe de Jesus”, ou seja, a mãe do Salvador, do Cristo, do Senhor. Jesus não é um homem como qualquer outro, mas é o Verbo de Deus, uma das Pessoas divinas, o Filho de Deus: por isso a Igreja deu a Maria o título de Theotokos, isto é, “Mãe de Deus”.
E recorda Bento XVI, referindo-se à primeira Leitura: “a paz é dom de Deus e está ligada ao esplendor do rosto de Deus, segundo o texto do Livro dos Números, que transmite a bênção usada pelos sacerdotes do povo de Israel nas assembleias litúrgicas”. “Da contemplação da face Deus nascem alegria, segurança e paz”.
Então Bento XVI explicou o significado concreto do contemplar a face do Senhor: “Significa conhecê-lo diretamente, por quanto é possível nesta vida, mediante Jesus Cristo, no que se revelou. Gozar do esplendor da face de Deus significa penetrar no mistério do seu Nome a nós manifestado por Jesus, compreender algo da sua vida íntima e da sua vontade, a fim de que possamos viver segundo o seu desígnio de amor sobre a humanidade”. “O Filho de Deus feito carne fez-nos conhecer o Pai, fez-nos perceber em sua face humana visível a face invisível do Pai; através do dom do Espírito Santo derramado em nossos corações, fez-nos conhecer que n'Ele também nós somos filhos de Deus”.
E o Santo Padre acrescentou que a contemplação do esplendor da face de Deus Pai em Jesus Cristo, que nos torna também filhos, nos dá “a mesma segurança que o menino tem nos braços de um pai bom e onipotente”, e é nesta contemplação que reside “o princípio daquela paz profunda – “paz com Deus” - que está indissoluvelmente ligada à fé e à graça”. “Nada pode tirar dos fiéis esta paz, nem mesmo as dificuldades e os sofrimentos da vida”.
Por fim, o Pontífice pediu a Virgem Maria, venerada hoje com o título de Mãe de Deus, que nos ajude a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz. “Que nos auxilie e nos acompanhe neste novo ano; alcance para nós e para o mundo inteiro o dom da paz”.
Veja na íntegra a homília de Bento XVI
Queridos irmãos e irmãs!
«Que Deus nos dê a sua graça e a sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós». Assim aclamamos com as palavras do Salmo 66, depois de termos escutado, na primeira leitura a antiga bênção sacerdotal sobre o povo da aliança. É particularmente significativo que, no início de cada ano novo Deus projete sobre nós, seu povo, o brilho do seu santo Nome, o Nome que é pronunciado três vezes na fórmula solene da bênção bíblica. Não menos significativo é o fato de que seja dado ao Verbo de Deus - que «se fez carne e habitou entre nós», como «a luz de verdade que ilumina todo ser humano» (Jo 1, 9.14) -, oito dias depois seu natal - como nos narra o Evangelho de hoje - o nome de Jesus (cf. Lc 2, 21).
É nesse nome que nós estamos aqui reunidos. Saúdo cordialmente todos os presentes, a começar pelos ilustres Embaixadores do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé. Saúdo com afeto o Cardeal Bertone, meu Secretário de Estado e ao Cardeal Turkson, com todos os membros do Conselho Pontifício Justiça e Paz; sou-lhes particularmente grato por seus esforços na difusão da Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que este ano tem como tema “Bem-aventurados os obreiros da paz”.
Embora o mundo, infelizmente, ainda esteja marcado com «focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado», além de diversas formas de terrorismo e criminalidade, estou convencido de que «as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus. Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: “Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9)» (Mensagem, 1). Esta bem-aventurança «diz que a paz é, simultaneamente, dom messiânico e obra humana.... é paz com Deus, vivendo conforme à sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação» (Ibid., 2 e 3). Sim, a paz é bem por excelência que deve ser invocado como um dom de Deus e, ao mesmo tempo, que deve ser construído com todo o esforço.
Podemos perguntar-nos: qual é o fundamento, a origem, a raiz dessa paz? Como podemos sentir em nós a paz, apesar dos problemas, da escuridão e das angústias? A resposta nos é dada pelas leituras da liturgia de hoje. Os textos bíblicos, a começar pelo Evangelho de Lucas, há pouco proclamado, nos propõe a contemplação da paz interior de Maria, a Mãe de Jesus. Durante os dias em que «deu à luz o seu filho primogênito» (Lc 2,7), Maria deve de afrontar muitos acontecimentos imprevistos: não só o nascimento do Filho, mas antes a árdua viagem de Nazaré à Belém; não encontrar um lugar no alojamento; a procura de um abrigo improvisado no meio da noite; e depois o cântico dos anjos, a visita inesperada dos pastores. Maria, no entanto, não se perturba com todos estes fatos, não se agita, não se abala com acontecimentos que lhe superam; Ela simplesmente considera, em silêncio, tudo quanto acontece, guardando na sua memória e no seu coração, refletindo com calma e serenidade. É esta é a paz interior que queremos ter em meio aos acontecimentos às vezes tumultuosos e confusos da história, acontecimentos cujo sentido muitas vezes não conseguimos compreender e que nos deixam abalados.
A passagem do Evangelho termina com uma menção à circuncisão de Jesus. Conforme a Lei de Moisés, oito dias após o nascimento, o menino devia ser circuncidado, e nesse momento lhe era dado o nome. O próprio Deus, através de seu mensageiro, dissera a Maria - e também a José – que o nome a ser dado para a criança era “Jesus” (cf. Mt 1, 21; Lc 1, 31), e assim aconteceu. Aquele nome que Deus já tinha estabelecido antes mesmo que o Menino fosse concebido, lhe é dado oficialmente no momento da circuncisão. E isto marca definitivamente a identidade de Maria: ela é “a mãe de Jesus”, ou seja a mãe do Salvador, do Cristo, do Senhor. Jesus não é um homem como qualquer outro, mas é o Verbo de Deus, uma das Pessoas divinas, o Filho de Deus: por isso a Igreja deu a Maria o título de Theotokos, ou seja, “Mãe de Deus”.
A primeira leitura nos recorda que a paz é um dom de Deus e está ligada ao esplendor da face de Deus, de acordo com o texto do Livro dos Números, que transmite a bênção usada pelos sacerdotes do povo de Israel nas assembléias litúrgicas. Uma bênção que por três vezes repete o santo Nome de Deus, o nome impronunciável, ligando a cada repetição o santo Nome a dois verbos que indicam uma ação em favor do homem: «O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti. O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz» (6, 24-26). A paz é, portanto, o ponto culminante dessas seis ações de Deus em nosso favor, em que Ele nos dirige o esplendor da sua face.
Para a Sagrada Escritura, a contemplar a face de Deus é a felicidade suprema: «o cobristes de alegria em vossa face», diz o salmista (Sl 21, 7). Da contemplação da face de Deus nascem alegria, paz e segurança. Mas o que significa concretamente contemplar a face do Senhor, tal como se entende no Novo Testamento? Significa conhecê-Lo diretamente, tanto quanto é possível nesta vida, através de Jesus Cristo, no qual Deus se revelou. Deleitar-se com o esplendor da face de Deus significa penetrar no mistério de seu Nome manifestado a nós por Jesus, compreender algo da sua vida íntima e da sua vontade, para que possamos viver de acordo com seu designio de amor para a humanidade. O apóstolo Paulo expressa justamente isso na segunda leitura, da Carta aos Gálatas (4, 4-7), afirmando que do Espírito, que no íntimo dos nossos corações, clama: «Abá! Ó Pai». É o clamor que brota da contemplação da verdadeira face de Deus, da revelação do mistério do Nome. Jesus diz: «Manifestei o teu nome aos homens» (Jo 17, 6). O Filho de Deus feito carne nos deu a conhecer o Pai, nos fez perceber no seu rosto humano visível a face invisível do Pai; através do dom do Espírito Santo derramado em nossos corações, nos fez conhecer que n’Ele nós também somos filhos de Deus, como diz São Paulo na passagem que escutamos: «Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá! Ó Pai» (Gal 4, 6).
Queridos irmãos e irmãs, eis o fundamento da nossa paz: a certeza de contemplar em Jesus Cristo o esplendor da face de Deus, de ser filhos no Filho e ter, assim, na estrada da vida, a mesma segurança que a criança sente nos braços de um Pai bom e onipotente. O esplendor da face do Senhor sobre nós, que nos dá a paz, é a manifestação da sua paternidade; o Senhor dirige sobre nós a sua face, se mostra como Pai e nos dá a paz. Aqui está o princípio daquela paz profunda - «paz com Deus» - que está intimamente ligada à fé e à graça, como escreve São Paulo aos cristãos de Roma (Rm 5, 2). Nada pode tirar daqueles que creem esta paz, nem mesmo as dificuldades e os sofrimentos da vida. De fato, os sofrimentos, as provações e a escuridão não corroem, mas aumentam a nossa esperança, uma esperança que não decepciona, porque "o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5, 5).
Que a Virgem Maria, que hoje veneramos com o título de Mãe de Deus, nos ajude a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz. Que Ela nos ajude e nos acompanhe neste novo ano; que Ela obtenha para nós e para o mundo inteiro o dom da paz. Amém!