Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Deus rompeu o silêncio do Universo", diz o Papa na primeira sessão do Sínodo


Os trabalhos da 13a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização foram abertos na manhã desta segunda, 08, com a oração das Laudes, presidida pelo Papa, na Sala Paulo VI.
Bento XVI se dirigiu aos 262 padres sinodais de todo o mundo com as seguintes palavras: “O cristão não deve ser morno; este é o mais grave perigo para o cristianismo de hoje: a tepidez desacredita o cristianismo” – refletiu o Papa, .
“O fogo é luz, é calor, força de transformação: a cultura humana começou quando o homem descobriu que podia criar o fogo, que destrói, mas, sobretudo transforma, renova e cria uma novidade, a do homem que se torna luz em Deus”.
Para o Papa teólogo, é importante que no latim cristão, a palavra 'professio' tenha sido substituída pela 'confessio', palavra usada nos tribunais, em processos, e que traz consigo um elemento martiriológico: o testemunho, o risco da morte, a disponibilidade de sofrer. Bento XVI se dirigiu aos padres sinodais:
“Isto é muito importante, pois garante credibilidade. A fé não é uma coisa qualquer, que posso até deixar cair. Sabemos que para nós, a confissão não é uma palavra vazia, é mais do que a morte. Quem a faz demonstra que a verdade vale mais do que a vida: é uma pérola preciosa”.
A este propósito o Pontífice recordou que “o lugar da confissão é o coração e a boca, ou seja, a fé não é apenas uma realidade do coração, mas deve ser comunicada, confessada; tende a ser pública, como o fogo que se acende e se alastra, gerando novas chamas. É necessária a coragem da palavra. A confissão é o primeiro alicerce da Evangelização, e não é uma coisa abstrata. Tornando-se visível, é a força do presente e do futuro”.

Trabalhar com otimismo e entuasiasmo
Primeiro dia de trabalho dos Padres Sinodais reunidos no Vaticano para o Sínodo sobre a Nova Evangelização. O Papa Bento XVI esteve presente esta manhã na sala sinodal, onde se realizou a primeira Congregação Geral.
A Congregação teve início com a saudação dos presidentes-delegados e a introdução do Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterovic.
Para Dom Eterovic, um dos desafios para a Nova Evangelização é o individualismo. “A nossa cultura exalta o indivíduo e minimiza a relação necessária entre as pessoas. Exaltando a liberdade individual e a autonomia, é fácil perder de vista a nossa dependência dos outros e a responsabilidade diante do outro.”
A Nova Evangelização não é um programa, disse Dom Eterovic. Trata-se de um modo de pensar, de ver e de agir. “É como uma lente através da qual vemos as oportunidade de proclamar novamente o Evangelho. É também um sinal de que o Espírito Santo continua a trabalhar ativamente na Igreja.”
Para o Secretário-Geral do Sínodo, no centro da Nova Evangelização está a renovada proposta do encontro com o Senhor Ressuscitado, o seu Evangelho e a sua Igreja àqueles que não acham mais atraente a mensagem da Igreja.
“Agora que começamos o nosso trabalho, temos todas as razões para fazê-lo com otimismo e entusiasmo, porque as sementes da Nova Evangelização, semeadas no decorrer dos pontificados de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, estão iniciando a germinar. Nossa tarefa é encontrar o modo para cultivá-las, encorajá-las e acelerar seu crescimento.”
Como nasceu o Sínodo dos Bispos? Pode-se dizer que é fruto do Concílio Vaticano II, pois durante sua realização amadureceu o desejo dos Padres Conciliares de manter vivo o autêntico espírito de colegialidade, para que o Papa pudesse exercitar de maneira mais evidente e mais eficaz a sua união com os Bispos.
Com esta finalidade, o Papa Paulo VI, com o “Motu proprio” Apostolica sollicitudo de 15 de setembro de 1965, instituiu o Sínodo dos Bispos para toda a Igreja.
Com bispos escolhidos de várias partes do mundo, ao Sínodo cabe a tarefa de dar informações e conselhos. Pode ser deliberativo, caso seja esta a vontade do Pontífice. As finalidades gerais do Sínodo dos Bispos são: favorecer uma estreita união e colaboração entre o Papa e os bispos de todo o mundo; reunir informações diretas e exatas acerca dos problemas e das situações da vida interna da Igreja, e ação que esta deve conduzir no mundo atual; e tornar mais fácil o consenso sobre os pontos essenciais da Doutrina e sobre o modo de agir na vida da Igreja.

Três brasileiros ao lado do Papa na abertura do Ano da Fé
Na próxima quinta-feira, dia 11 de outubro, o Santo Padre presidirá uma celebração eucarística que marcará o início do Ano da Fé e o 50° aniversário do Concílio Vaticano II. Foram convidados para concelebrar a missa os líderes das Igrejas Orientais Católicas e os Presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, assim como os 69 prelados que participaram do Concílio Vaticano II. Doze deles já confirmaram presença.
Da América Latina, três padres conciliares do Vaticano II concelebrarão com Bento XVI. Dois são brasileiros: o Cardeal-Arcebispo emérito de Belo Horizonte, Dom Serafim Fernandes de Araújo; e o Bispo emérito de Iguatu, Ceará, Dom José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago. Dom José de Jesús Sahagún, Bispo emérito de Ciudad Lázaro Cárdenas, em Michoacán, no México, é o terceiro latino-americano.
Também concelebrando com o Papa estará Dom Raymundo Damasceno Assis, Cardeal-Arcebispo de Aparecida, e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
No dia seguinte, dia 12 de outubro, Bento XVI celebrará novamente com os padres conciliares no túmulo de São Pedro.

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