Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bispos do Brasil refletem sobre os 50 anos do Vaticano II


Nesta terça-feira, 5 de fevereiro, teve início o primeiro ciclo de palestras do Curso dos Bispos, oferecido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. A edição de 2013 deste tradicional encontro, realizado no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, dará continuidade aos temas abordados nos anos anteriores e terá como foco principal "Cinquenta anos após o Concílio Vaticano II - Liturgia, Missões e Leigos".
A manhã começou com Missa presidida pelo Núncio Apostólico do Brasil, Dom Guiovanni d'Aniello e logo em seguida, o primeiro conferencista, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antônio Cañizare iniciou a palestra sobre as renovações Litúrgicas do Concílio Vaticano II. O Cardeal destacou, entre outros aspectos a liturgia como a celebração do mistério de Cristo. Nela está o ponto de chegada de todas as ações da Igreja e também o de partida.
Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, Arcebispo de Sorocaba, SP, destacou como principal ponto da palestra a participação na liturgia:
— Na Liturgia a Igreja se expressa, ela expressa os seus mistérios e se alimenta de seus mistérios. Me chamou muito a atenção na palestra quando o Cardeal chamou a atenção para a ideia da participação na liturgia que não pode consistir em uma mera criatividade, de ações, de funções, de novidades, mas a participação deve se dar a partir de uma compreensão profunda do mistério celebrado, afirmou.

Com 117 participantes inscritos, o Curso dos Bispos é promovido com a finalidade de proporcionar um momento de partilha e convivência entre o episcopado brasileiro. Ao longo destas 22 edições, o Curso dos Bispos já contou com diversos conferencistas, entre eles, o Papa Bento XVI, quando este ainda era Cardeal. Segundo Dom Giovanni d'Aniello o curso é um momento de comunhão:

— É uma alegria ter chegado aqui para participar deste curso de bispos e não é pela primeira vez para mim. Já participei anteriormente, mas este ano é a primeira vez que participo como Núncio. E o que sinto agora é a mesma coisa que nos anos anteriores. Este é um momento de confraternização, um momento de amizade com os bispos, com aqueles que participam do mesmo sentido eclesial, que querem dar testemunho desta unidade entre eles e, sobretudo, da unidade com a Igreja inteira, com a Igreja Universal. (...) Então, esse é um momento muito importante porque o bispo se encontra, se conhece melhor, fala-se de um mesmo assunto. É um momento precioso, então para mim é uma alegria vir e testemunhar essa participação, esta unidade e esta comunhão, disse.

Já no final da manhã, o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, segundo expositor do dia, proferiu sua palestra de tema "O Bispo: mestre, guia e formador". A palestra abordou o papel do leigo na sociedade e como o Bispo deve estimular o testemunho e a participação do laicato dentro da Igreja. Para o conferencista um dos grandes dons do Concílio Vaticano II está a descoberta da beleza do laicato:
— O Papa João Paulo II repetia sempre que a Igreja atual devia muito ao Concilio Vaticano II. E por em prática os ensinamentos do Concilio, assimilar a sua doutrina, é o seu único modo de "pagar" essa dívida para com o Concílio. E um dos grandes dons do Concílio Vaticano II é a descoberta da grandeza, da beleza do papel do apostolado dos leigos nos tempos de hoje. No tempo do Concílio se dizia que tinha se iniciado a "era do laicato" na Igreja e essa era dura até os nossos tempos. Penso que aqui na America Latina o empenho do laicato é particularmente forte, contou.
Segundo o Cardeal Arcebispo Emérito de São Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo afirmou que a palestra foi esclarecedora e objetiva:
— Esta Conferência foi muito oportuna, muito precisa e objetiva. Eu creio que aquilo que o Cardeal numerou: as qualidades características do leigo, todas elas são importantes. Eu creio que se deixar de lado uma característica não seria completo. É um cuidado maior para o ministério episcopal não deixar se omitir na formação do leigo e dar o sentido de que o leigo tem que ser um testemunho. Não pode haver só bons pregadores, mas sobretudo devemos ter bons testemunhos, opinou.
Após o almoço houve um momento de diálogo com os conferencistas e em seguida, Cardeal Antônio Cañizare proferiu a terceira conferência do dia. Nesta palestra, o Cardeal falou sobre o "novo movimento litúrgico hoje". Nesta sua abordagem, o Cardeal esclareceu sobre a natureza deste novo movimento

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